O apoio às ações nasce de um sentimento coletivo de exaustão
Pedro do Coutto
A pesquisa Genial/Quaest analisada por Rafaela Gama, O Globo desta segunda-feira, revela uma radiografia emocional e política da segurança pública no Rio de Janeiro que vai além de simples percentuais. O apoio majoritário às operações policiais de grande porte — como a recente megaoperação contra o Comando Vermelho — nasce de um sentimento coletivo de medo e exaustão.
Não se trata apenas de concordar com o aumento da repressão: trata-se de uma sociedade que vive sob a constante sensação de vulnerabilidade, onde o cotidiano é marcado pela incerteza de transitar pela própria cidade. O dado de que 74% dizem temer retaliação das facções após operações policiais reforça essa percepção de que o Rio vive uma espécie de estado de guerra não declarado, no qual a população sente-se, simultaneamente, refém da violência criminosa e em busca urgente de proteção estatal.
APROVAÇÃO – Nesse contexto, não surpreende que 64% dos entrevistados aprovem a megaoperação, mesmo diante das críticas e das implicações que envolvem civis, territórios vulneráveis e protocolos policiais. O apoio é especialmente expressivo entre eleitores de direita: 92% entre a direita não bolsonarista e 93% entre bolsonaristas.
Já entre eleitores de esquerda, o movimento se inverte: mais da metade reprova a operação, indicando que a visão sobre segurança não é apenas pragmática, mas atravessada pelo pertencimento ideológico. Isso mostra que a segurança pública, longe de ser um consenso técnico, torna-se mecanismo de afirmação política e identitária. Operações policiais passam a ser entendidas não apenas como ações do Estado, mas como símbolos — ora de força e restauração da ordem, ora de autoritarismo e violação de direitos.
REFLEXO – Há ainda um efeito político direto: a operação elevou a aprovação do governador Cláudio Castro. Isso evidencia que a segurança pública tornou-se um ativo eleitoral de alto impacto, capaz de redefinir cenários de apoio político em curto prazo. Porém, a centralidade política da segurança levanta um dilema sensível: quando medidas excepcionais se tornam rotina, corre-se o risco de naturalizar práticas que ampliam o poder coercitivo do Estado sem resolver o problema estrutural da presença do crime nas comunidades.
O combate direto pode conter o avanço armado, mas não substitui políticas sociais, urbanísticas e institucionais de longo prazo, sem as quais a lógica territorial das facções se reconfigura e se adapta.
O quadro que emerge é o de uma população exausta e descrente, que aceita soluções mais duras porque já perdeu a expectativa de um plano estruturado de recuperação da segurança que envolva educação, desenvolvimento local, reordenamento urbano e inteligência policial.
CONSENSO EMOCIONAL – O consenso, embora expressivo, é um consenso emocional — construído sobre medo, desproteção e urgência. E consensos baseados no medo têm pouca estabilidade: podem justificar medidas de exceção que, amanhã, venham a ameaçar direitos civis, garantias democráticas e, sobretudo, os mesmos territórios onde a população já sofre com o abandono do Estado.
A questão central, portanto, não é se a população deseja enfrentar o crime organizado — isso está evidente. A questão é como enfrentar. Se o caminho adotado for guiado apenas pelo desespero, sem uma estratégia de reconstrução institucional e territorial, o Rio continuará a oscilar entre violência criminosa e violência estatal, sem recuperar, de fato, a promessa de cidadania plena.
A pesquisa mostra mais do que números: mostra um grito coletivo por segurança. Mas atender a esse grito exige mais do que operações espetaculares. Exige Estado — não apenas força.
Pavor maior ocasionou OS combinados evdestrambelhados eventos protagonixados p or notórios corruptos, parav”ESTANCAR SUAS SANGRIAS”, objetivando desmoralizar e sepultar a Lava-Ja to e seu s membros”, aterrorizando e pujindo “expecta-dores”!
Teclado sabotador e subversivo, tem pinta de ser khazariano!
Na moral prezados Tribunarios…
Notem…o teor melancólico e insensato deste artigo…Na moral…o autor faz das tripas o coração…para nao deixar “transparecer” sua preferencia ideológica ao atual “sistema” podre que por ora está no “poder”.
Muito …mas muito fraco…e põe a “cereja”… deste sofismo no último parágrafo…Realmente o articulista perdeu o senso do ridículo achando que estás a escrever para “idiotas”…Lamentável…
PS…
No seu ultimo parágrafo o “articulista” pede uma cousa….mas NÃO quer a outra…
O estado pode uma cousa…MAS…o outro lado não PODE….(Ha…Ha…Ha…)
Rip..HF…
YAH NOSSO CRIADOR E SALVADOR SEJA LOUVADO SEMPRE…
Pode ser o ganha-pão dele. Afinal, quem é a favor de propina entre governo e empresários é capaz de qualquer coisa.
Concordo com o Nobre Tribunario….
pontual sua observação.
Saúde e paz para a sua Casa…
YAH NOSSO CRIADOR E SALVADOR SEJA LOUVADO SEMPRE…
Lembro da morte do Mineirinho e do Cara de Cavalo, que foi assassinado com mais de 50 tiros pelos militares da Invernada de Olaria.
Sempre tem um, escolhido para a caçada humana. A bola da vez é o Doca do CV.
É fácil recorrer à violência.
Lourival Sant’Anna no Estadão de domingo, deu o exemplo de Medellín, ocupada por traficantes, paramilitares e guerrilheiros.
Criaram um Comitê: Universidade – Empresa – Estado, que passou a discutir soluções para a cidade. Cada um saia da reunião com uma tarefa. Daí nasceram planos integrados de segurança, transporte, urbanismo, meio ambiente, empreendedorismo, empregabilidade e inovação.
A taxa de homicídios por 100 mil habitantes caiu de 160 em 2000 para 14 em 2020.
Por que não copiam esses planos no Brasil?
Clarice Lispector disse que não tinha esperança de melhora na matança, a propósito do que escreveu sobre Mineirinho, morto com 13 tiros. O repórter perguntou: Então porque você escreve?
Resposta: Sei lá, talvez para desabrochar.
Entendi o que Clarice quis dizer. Desabrochar no sentido de sonhar que um dia não aconteça mais, mesmo duvidando que tudo continuasse do mesmo jeito.
Clarice intuiu, que pior é não fazer nada, deixar para lá, as fotos de corpos estendidos no chão. Hoje são eles, amanhã somos nós.
Sr. Pedro
A população não aguenta mais os Demônios Comunistas, essa raça demoníaca, defender e passar a mão na cabeça dos narco-terroristas-traficantes, assassinos sanguinários, estupradores, bandidos, assaltantes e corruptos que metem a mão no dinheiro público..
Essa é a realidade, ao contrário do Mundo de Faz de Conta e do Paraíso na Terra Cubano que tentam passar esses demoníacos…
Vejo alguns vídeos da Narco-Extrema-Midia Vagabuda Nefasta e Corrupta dar piruetas no ar para passar o paninho aos narco-terroristas….
Os narcolas portam fuzis pelas ruas do Rio de Janeiro e seus colegas de profissão acham a coisa mais normal do mundo um bandido passear com seu fuzil pelas ruas e avenidas mostrando toda a sua gentileza e sensibilidade com as vitimas..
Em nenhum momento os militantes falam sobre as verdadeiras vitimas desse bando de assassinos…
Repare que até o Tucano Rulk ativou o modo narco-afetivo
Com hipocrisia e cinismo mostrou sua verdadeira face e de que lado está….
Em nenhum momento prestou solidariedade as vitimas desses bandidos e as mães que enterram seus filhos…..
Essa militância que tomou conta das redações são seres degenerados, deploráveis, desqualificados, meu repúdio e nojo para todos esses narco-militantes…
Tudo para salvar o PIX do dia 30 que o Pai dos Traficantes faz em suas contas….
aquele abraço
Sr. Pedro
Será que os Militantes Demoniacos Comunas NaziFasci sabem que morrem todos os dias pessoas nas mãos dos narco-terroristas.???
Visivelmente abalada, a mãe também falou sobre o medo constante das famílias diante da violência no Rio. “Todos os dias está acontecendo mortes no Rio de Janeiro e fica por isso mesmo. Aí quando o governo toma uma tenência, aí vem os direitos humanos reclamar e outras emissoras, outras emissoras dizendo que foi uma ‘chacina'”.,