
Charge do Iotti (Pioneiro)
Pedro do Coutto
Nos últimos doze meses, a taxa oficial de inflação brasileira, medida pelo IPCA, ficou em 4,68%, segundo o IBGE. No mês de outubro, a variação foi de apenas 0,09%, o menor resultado para esse mês em quase três décadas.
À primeira vista, o dado parece animador: uma inflação baixa, dentro da meta, num cenário de recuperação econômica. Mas para quem vai ao supermercado, paga aluguel, combustível ou a conta de luz, é difícil acreditar que os preços estejam realmente sob controle. Há uma distância evidente entre a frieza do número técnico e o calor da vida cotidiana.
MÉDIAS PONDERADAS – Os índices de inflação são médias ponderadas de milhares de preços em diferentes regiões e faixas de renda. São rigorosos do ponto de vista estatístico, mas nem sempre capturam a experiência concreta do consumidor. Em outubro, por exemplo, o item que mais influenciou o recuo da inflação foi a queda na energia elétrica residencial, de 2,39%, reflexo direto da redução na bandeira tarifária.
Essa queda, embora real, é pontual e administrativa — um ajuste técnico que diminui temporariamente o custo, sem representar uma melhora estrutural no custo de vida. Ao mesmo tempo, outros preços subiram: vestuário aumentou 0,51%, planos de saúde 0,50% e passagens aéreas 4,48%. A categoria de alimentos e bebidas, essencial para as famílias de menor renda, teve variação quase nula (+0,01%), mas isso esconde disparidades regionais e a volatilidade de itens básicos como arroz, feijão e hortaliças.
INTERPRETAÇÃO – Quando o governo e parte da imprensa celebram que a inflação “pode fechar o ano dentro da meta”, é preciso algum cuidado na interpretação. A meta do Banco Central é de 3%, com tolerância até 4,5%. Portanto, os atuais 4,68% ainda ultrapassam ligeiramente o teto.
Falar em “cumprimento da meta” é mais um gesto de conveniência política do que uma precisão técnica. Em tempos de forte polarização, esses números tornam-se instrumentos de narrativa: o governo os usa para demonstrar estabilidade; a oposição, para questionar a desconexão entre o índice e a percepção popular.
O problema central é que a inflação percebida — aquela sentida no bolso — difere da inflação medida. Famílias de baixa renda, por exemplo, gastam proporcionalmente mais com alimentação e transporte, setores que continuam voláteis. Já as classes médias são mais afetadas por serviços, planos de saúde e educação, segmentos que acumulam altas acima da média. O dado oficial, portanto, pode ser verdadeiro, mas incompleto: uma verdade parcial que serve bem à planilha, mas mal à mesa do brasileiro.
REFLEXOS – Há, ainda, um ponto estrutural a observar. A desaceleração da inflação ocorre em meio a uma política monetária restritiva, com juros elevados para conter o consumo e estabilizar expectativas. Esse movimento ajuda a segurar os preços, mas trava investimentos, emprego e renda. A consequência é paradoxal: a inflação cai, mas a sensação de bem-estar não melhora. O cidadão comum, em vez de sentir alívio, sente estagnação — e o discurso de “tudo está sob controle” soa distante.
Em resumo, o dado de outubro é tecnicamente positivo e, sim, merece reconhecimento. Mas é preciso ir além da euforia estatística. A inflação de 0,09% não apaga o fato de que o custo de vida continua alto, que salários seguem comprimidos e que os preços essenciais ainda pesam sobre as famílias.
A matemática diz uma coisa; o carrinho de compras, outra. A política econômica só ganhará credibilidade plena quando a experiência cotidiana confirmar os números do boletim oficial. Até lá, a inflação pode estar sob controle no papel — mas não necessariamente sob controle na vida real.
Caro Pedro, se viu e ouviu, qual tua opinião?
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Não é Pochmann que comanda o setor estatístico para Barba?
caro mestre Pedro
o curso de manipulacao de dados, feito na china,( referência mundial em dados serios e confiaveis) pelo fiel ( à causa ,óbvio) presidente do ibge, pode ajudar um pouquinho só, a clarear estas questões???
e tantas outras pesquisas e dados. sempre favoraveis ao Deus barba e seus feitos gloriosos???
eu, ingenuamente, desconfio que pode ajudar
abs
Lula quebrará o país de novo. Seu negacionismo científico, dizendo que os livros de Economia estão superados, expressa sua santa ignorância do tema.
Não sabe o básico, não se pode gastar mais do que se arrecada. Está fazendo crescer a dívida, logo a parte do orçamento, 42,96 %, 1,997 trilhões que vão pros bolsos dazelites, que diz combater. Quanto vai pras zelites patrimonialistas queridinhas?
Mantém a Economia pelo lado do consumo e não pelo do investimento, fórmula que dará inevitavelmente em falência.
Estes marxistas vulgares, semianalfabetos, pulam, se o leram, a parte mais importante de O Capital, o Livro I — O processo de produção do capital.
A vagabundagem autointitulada “esquerda progressista” em a crença/superstição religo-metafísica de que a riqueza é infinita e que cai do céu. Logo tudo se resume ao seu consumo.
A Economia Estatal não visa o pleno desenvolvimento das forças produtivas, mas a extorsão, dominação e manipulação da Sociedade pelas oligarquias cleptopatrimonialistas intelectuais, midiáticas, culturais, estatais, jurídicas, política, econômicas.
É a extração da mais valia absolutíssima em que, sem nada contribuírem para o processo produtivo, as oligarquias apropriam-se da riqueza produzida por todos.
Há tipos cinco tipos de quem apoia tal política econômica, se assim podemos dizer deste lupanário:
– os membros das elites cleptopatrimonialistas;
– os canalhas oportunistas que faturam com ela, ainda que não façam parte delas;
– os que são regiamente pagos pra esconder o desastre;
– o imbecis, inclusive, sua classe especial os gênicos imbecilizados, autointitulados intelectuais e
– os absolutamente alienados pelos aparelhos repressivos e ideológicos do Aparato Petista.
Saiba mais em: https://www.criticapoliticabrasileira.com/
Loas à vida!
“Essa caixinha de joias é como o Livro da Vida: de capa dura,
defende a esperança ante as perjúrias.
Em cada página, uma promessa para o futuro.
Dentro de cada folha, a coragem para germinar.
A floresta é permeada por poesia,
como vento que faz a semente voar longe, contrariando a gravidade.
Independente da gravidade do clima, as árvores nunca vão desistir.
Elas aprenderam isso ainda quando eram sementes:
Para tornar-se vIDA, é preciso, no mínimo, se entregar por inteiro.
Quem lê árvores aprende segredos que só o silêncio é capaz de ensinar .
Espécie: Peroba-Cetim Local: Cerrado Fractal, Chapada dos Veadeiros(GO) Gravado em: outubro de 2024.”
Video completo no youtube, postamos hoje, link no perfil
Viva Nereu e todos os guardiões do silêncio. por @igorbrios
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Não acredito nessa pesquisas e índices do IBGE. Pois, o atual presidente é um petista radical. Ainda mais que no governo anterior na Argentina, o similar do nosso IBGE na lá manipulava os índices
O que temos é um voo da galinha, pois é insustentável uma Economia que se mantém pelas despesas governamentais, que tem limites.
A extorsão da sociedade via impostos já chegou no limite, 32,32% do PIB. Esta arrecadação vai exclusivamente pra consumo e não investimento. O percentual do orçamento federal destinado a investimentos em 2025 é projetado em 0,6% do PIB, R$ 74,3 bilhões em investimentos diretos do orçamento. Sendo que o investimento total em 2024 fora de 17% do PIB, míseros R$ 11,7 trilhões. Pra se ter uma ideia, em 2023 o investimento da china foi de 41,1% do PIB.
Com um Governo absolutamente irresponsável fiscalmente, gastador, sem qualquer projeto de país, logo de investimentos, tem-se a fórmula exata pra manutenção do atraso e da quebre inevitável da Economia.
Lula e seu aparato dependem da miséria, do atraso e da exclusão para serem eleitos e reeleitos.
Abutres. Não servem nem pra lata de lixo da História.
Este engalobador-mor, rei do kô, a maior farsa e aberração ideológica da História tem que ser estudado. Como consegue imbecilizar, manipular e dominar as mentes e corações de todo um povo deste jeito?
Um inputila elevado à condição de herói!
Delfin Neto manipulava os índices. Dilson Funaro congelou os índices ( Funaro proibiu que os Economistas colocassem nos preços o valor dos ágios cobrados por fora e o valor do dolar no mercado paralelo). A FGV trombou de frente com FHC no início do Palno Real e divulgou índices errados ( ERRADOS) na transição da moeda.