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Criminosos fazem propaganda que se alimenta do vácuo institucional
Pedro do Coutto
A expansão das facções criminosas nas redes sociais, especialmente no Rio de Janeiro, revela uma faceta inquietante da violência contemporânea: o crime organizado agora opera também como uma agência de marketing digital.
Reportagem de Vera Araújo e Felipe Grinberg, publicada em O Globo, mostra como quadrilhas ligadas ao Comando Vermelho utilizam perfis, sites e plataformas para promover atividades ilícitas, exibir consumo ostentatório, divulgar ações comunitárias e, sobretudo, recrutar jovens em comunidades vulneráveis como o Complexo do Alemão e a Penha.
PODER TERRITORAL – Trata-se de um fenômeno que não apenas reforça o poder territorial das facções, mas inaugura uma forma de comunicação que mistura glamour, violência e uma promessa perversa de ascensão social. Esse movimento encontra terreno fértil em áreas onde a presença do Estado é frágil ou inexistente.
Pesquisas sobre governança criminal, como as que analisam o domínio de facções no Rio e em outros países da América Latina, mostram que grupos armados assumem funções públicas, distribuindo benefícios, impondo regras e oferecendo “proteção”.
Nas redes, essa lógica se materializa em postagens que exibem armas e dinheiro, mas também discursos de “paz”, mensagens direcionadas a moradores e até orientações de conduta. É uma forma sofisticada de propaganda que se alimenta do vácuo institucional, como ocorre em outras regiões dominadas por organizações criminosas — caso dos cartéis mexicanos, que utilizam TikTok, Facebook e aplicativos de mensagens para recrutar jovens com promessas de renda, status e pertencimento.
APOIOS SOCIAIS – No Rio, as quadrilhas oferecem remuneração muito acima da disponível em empregos formais, além de apoios sociais que atraem principalmente adolescentes. Em comunidades onde oportunidades são escassas e a insegurança é contínua, a narrativa apresentada pelos criminosos — reforçada pela estética das redes sociais — torna-se sedutora. A normalização do crime, impulsionada pelo glamour digital, transforma o tráfico em alternativa socialmente viável aos olhos de muitos, enquanto amplia o alcance do recrutamento e reforça a autoridade paralela das facções.
O desafio que se impõe ao poder público é profundo e multidimensional. Não basta reprimir o conteúdo nas plataformas ou realizar operações pontuais; é preciso reconstruir a presença do Estado nesses territórios, oferecer políticas públicas consistentes, fortalecer a educação e criar alternativas reais para os jovens. Paralelamente, plataformas digitais precisam atuar de forma mais rigorosa na identificação e remoção de perfis que promovem o crime, em cooperação com órgãos de inteligência e pesquisadores especializados.
NARRATIVAS – Ignorar esse fenômeno é permitir que o tráfico continue migrando das vielas para os feeds, consolidando-se como uma força que age não apenas com armas, mas com narrativas, símbolos e a sedução instantânea de um clique.
O marketing do crime é um alerta poderoso sobre como a criminalidade se adapta e se fortalece quando o Estado falha. A disputa, agora, não é apenas por território físico, mas pelo imaginário social dos jovens — e é justamente nesse campo que o Brasil precisa reagir com inteligência, rigor e presença contínua.
Imaginem se num “lance”, adquirirem os Correios!
Pelas barbas do profeta! o Sr Pedro do Coutto deve ter passado os últimos 30 anos numa viagem interplanetária, nos confins do sistema solar, estudando a atmosfera de Plutão.
O articulista não sabe que, há décadas, os bandidólatras dominaram os grandes meios de comunicação. O narco-marketing está presente nos filmes, nas novelas, nos programas de auditório e nos grandes jornais televisivos. As Organizações Globo são a principal divulgadora do narco-romantismo. Criaram até mesmo uma grande campanha, com o pomposo nome de Criança Esperança, para arrecadar dinheiro para financiar projetos tocados por ONGs comandadas por prepostos dos chefes das facções.
Sr Pedro, nao fossem os seus amigos globais endeusando a narco-cultura – como no recente caso da prisão do Oruam – o crime organizado jamais operaria como uma agência de marketing digital.
O mundo sempre viveu de ponta-cabeça, fiel à sua própria normalidade existencial. Apenas alguns idealistas insistem em sonhar com sua transformação em um imenso parque de diversões — repleto de bem-estar, de pessoas plenamente felizes, saudáveis, nutridas e realizadas em todas as esferas: política, econômica, religiosa e social.
Uma espécie de Atlântida moderna — utópica, perdida e sempre à beira do imaginário.
Fantástico Mundinho do LulaBob…….
Nesse governo o traficantes já foram beneficiados, uma com a visita de uma representante do cv em Manaus e uma ong ligada ao pcc que ganhou verba
Idosa de 102 anos tem língua cortada durante roubo “para não gritar”
Um suspeito de 19 anos foi preso pela Polícia Civil do AM. A vítima teve de ser encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
Sr. Pedro
Veja como as vitimas dos usuários tratam as pessoas, como essa idosa…
Será que os Militantes fantasiados de jornazistas vão defendê-lo ..???
“…Idosa de 102 anos foi agredida no Amazonas por R$ 100 e teve a língua cortada para não gritar, diz polícia
Vítima segue internada em estado delicado; suspeito era conhecido da família e confessou o crime….””
https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2025/11/15/idosa-de-102-anos-foi-agredida-no-amazonas-por-r-100-e-teve-a-lingua-cortada-para-nao-gritar-diz-policia.ghtml