
Deputado deve quase R$ 14 mil por ter faltado a votações na Câmara
Kevin Lima
G1
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) atendeu na última terça-feira (18) a um pedido da Câmara dos Deputados e determinou a inclusão de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na Dívida Ativa da União O parlamentar deve mais de R$ 13,9 mil à Câmara por ausências injustificadas em votações. Eduardo foi notificado da cobrança em agosto e não quitou o débito desde então.
A inclusão na Dívida Ativa da União foi determinada pela procuradora Luísa Gomes Rodrigues de Andrade. A medida pode levar o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a ficar com o “nome sujo” nos órgãos de proteção de crédito e sofrer com um protesto extrajudicial da dívida.
QUITAÇÃO – Em despacho obtido pelo G1, a procuradora avaliou que a inserção de Eduardo Bolsonaro atendia aos critérios da PGFN e que ele já havia sido “devidamente notificado/intimado” a quitar o débito. Além dos quase R$ 14 mil, a Câmara também pleiteia o pagamento de mais 30% de mora.
Eleito por São Paulo, o filho de Jair Bolsonaro mora nos Estados Unidos desde o início deste ano e tenta exercer, sem sucesso, o seu mandato à distância. Ele tem colecionado faltas injustificadas desde agosto.
Pelas regras internas da Câmara, essas ausências podem ser descontadas dos salários dos parlamentares. O valor devido por Eduardo Bolsonaro diz respeito a quatro faltas registradas em março — à época, o deputado já estava nos EUA e ainda não havia pedido afastamento temporário do mandato.
SEM SALDO – A Câmara tentou executar a dívida ainda na folha de pagamento de março, mas não encontrou saldo suficiente para o débito. Sem ter de onde tirar o valor, a Casa passou a tentar realizar a cobrança de forma individualizada.
O gabinete de Eduardo Bolsonaro foi notificado e recebeu o boleto da cobrança em agosto. A guia de pagamento venceu em outubro e, desde então, a Câmara tem adotado trâmites administrativos para receber os valores. No último mês, o deputado também foi incluído no cadastro de devedores do setor público federal.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou ao G1 que a cobrança era uma “vergonha” e que as faltas ocorreram porque ele estava sendo alvo de “perseguição”. “É admirável ver que eles não têm vergonha de tentar cobrar 14 mil de faltas causadas pela perseguição do regime, a um deputado exilado e que não consegue garantias da própria instituição para a minha atuação”, disse.
RECURSOS PÚBLICOS – A dívida de Eduardo Bolsonaro foi emitida depois de o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar que a Câmara tomasse providências acerca do uso de recursos públicos para financiar a estadia do parlamentar nos EUA.
No último sábado (15), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu tornar Eduardo réu por tentar interferir, por meio de sua atuação nos EUA, em processos contra o pai na Corte
LARANJÃO LARGOU O EX-MITO PARA TRÁS
LARANJÃO CITOU O EX-MITO QUANDO IMPÔS O TARIFAÇO SOBRE PRODUTOS BRASILEIROS EXPORTADOS PARA OS STATES.
MAS AGORA, AO REVOGAR A EXORBITANTE TARIFA DE 40%, LARANJÃO CITA BARBA, QUE SURFA NA ONDA.
E COMO FICAM O BANANINHA, O CLÃ E O EX-MITO SEM O ‘APOIO’ DE LARANJÃO (QUE DIZIAM TER) PARA ANISTIA, PEC DA BLINDAGEM E O ESCAMBAU.
CONTINUA, PORÉM, O TARIFAÇO NO SETOR INDUSTRIAL, EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, TÊXTEIS E SAPATOS.
INDÚSTRIA DE SANTA CATARINA, POR EXEMPLO, SEGUE TAXADA E PREVÊ PERDA DE 19 MIL EMPREGOS. (GloboNews, 21/11/25).
SC VOTOU EM PESO NO EX-MITO E OLHA AÍ O QUE GANHOU.
E VAI GANHAR AINDA O PARAQUEDISTA CARLUXO COMO CANDIDATO A SENADOR.
NINGUÉM MERECE.
Clã do ex-mito avisa: ou dá a vaga ou vira inimigo
Herdeiros do ex-mito abrem crise com aliados para provar que a direita ainda depende do aval e dos votos da família para sobreviver.
Os filhos do ex-mito parecem ter combinado um ataque coordenado: é hora de enquadrar os governadores que devem seus mandatos à onda bolsonarista.
Em um movimento de pura sobrevivência política — e notável arrogância —, Bananinha e Carluxo deixaram claro que a “família” não aceitará ser coadjuvante em 2026, nem que para isso precisem atropelar a autoridade nos estados.
Bananinha segue sua temporada nos EUA — onde arrumou para o próprio país um tarifaço — e segue com a mira voltada para Tarcínico.
A queixa pública de que Tarcínico viaja para os EUA e articula sem nem “se sentar à mesa” com um representante do clã é apenas a ponta do iceberg.
O recado é sempre a negociação de uma herança eleitoral: seu pai é o “dono dos votos”, e ele exige o que a família considera seu por direito “divino”: um lugar na chapa presidencial.
Tarcínico, refém do eleitorado que o elegeu, vive o drama de ter que governar com a faca da “traição” constantemente em seu pescoço.
Se em SP o jogo é de pressão, em SC beira o surrealismo. Carluxo, vereador carioca que mal conhece o estado do sul, decidiu que será senador pelos catarinenses.
A audácia do Carluxo ignora qualquer lógica federativa: ele avisa ao governador Jorginho que “papai mandou”, e que isso é ponto pacífico.
Não satisfeito em ser um paraquedista em território alheio, Carluxo ainda quer ditar a segunda vaga da chapa, vetando aliados históricos locais em favor de bolsonaristas raiz. É a desmoralização completa de Jorginho.
A “Primeira Família” age como se os estados fossem capitanias hereditárias de seu pai.
Para eles, governadores eleitos são meros gerentes que devem obediência ao dono da marca.
Resta saber até quando Tarcínico e Jorginho aceitarão engolir a seco os caprichos de uma prole que, sem o sobrenome do pai, teria dificuldades em se eleger para síndico de prédio.
Metrópoles, Opinião, 21/11/2025 08:51 Por Alice Rabello / Ricardo Noblat