Bolsonaro foi traído e o golpe falhou por culpa de Braga Netto e Paulo Sérgio

Bolsonaro sanciona Previdência de militares sem idade mínima e com privilégios à cúpula das FFAA | ADUSB

Jair Bolsonaro pensava (?) que era comandante-em-chefe

Carlos Newton

Já explicamos aqui na Tribuna da Internet que o então presidente Jair Bolsonaro foi traído pelas costas e também pela frente e pelos sete lados, como se diz no jogo-do-bicho; De início, Bolsonaro até tinha a ilusão de que era o comandante-em-chefe das Forças Armadas, achava que os militares o seguiriam em qualquer situação, sua liderança não sofria nem sofreria a menor contestação.

Caso perdesse a eleição para Lula, o então presidente sabia que a decisão fundamental seria do Alto Comando do Exército. Com o apoio dos 16 oficiais-gerais da cúpula do Forte Apache, o céu não teria limites, 

ENGANOS FATAIS – Bolsonaro achava que seria cegamente obedecido pelo general Braga Netto, que, por sua vez, confiava no ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira. Juntos, em março de 2022 eles escolheram Freire Gomes para ser o comandante do Exército e cúmplice do golpe.

Como o general Freire Gomes era totalmente contra Lula da Silva, a dupla Braga Netto e Paulo Sérgio apressadamente concluiu que ele estaria propenso a apoiar qualquer golpe para impedir a posse do petista. Esse foi o maior erro que cometeram.

Ao invés de usar o companheirismo antigo de que desfrutavam e perguntar logo a Freire Gomes se ele apoiaria o golpe, eles foram postergando, com medo dele querer ser o líder da conspiração.

DEPENDIA DA FRAUDE – Desde a campanha eleitoral, o assunto já tinha sido tocado várias vezes em reuniões com os comandantes militares, e o golpe seria mera consequência do fato de que as urnas estariam fraudadas. Para o general Freire Gomes e o restante das Forças Armadas, que mal toleram Lula, estava tudo OK, como dizem os militares. Se houvesse fraude, eles dariam um cartão vermelho a Lula, e estamos conversados.

Acontece que não se provou fraude alguma. Mesmo assim, a dupla Braga Netto e Paulo Sérgio, com a aprovação de Bolsonaro, deu seguimento ao golpe, com os acampamentos diante dos quartéis, até chegar aquela reunião do 7 de dezembro no Alvorada, com os comandantes militares, quando se tocou novamente no assunto da minuta.

Preocupado, Freire Gomes consultou o Alto Comando, que deu sinal vermelho ao golpe. Apesar disso, no dia 12 de dezembro, quando Lula foi diplomado presidente, houve o levante dos “kids pretos”, que tentaram invadir a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, atacaram uma empresa e postos de gasolina, incendiaram automóveis e ônibus, e ninguém foi preso.

AMEAÇA DE PRISÃO – Na segunda reunião no Alvorada é que Freire Gomes ameaçou prender Bolsonaro, caso insistisse com o golpe. Encagaçado, como se diz no Nordeste, o presidente deixou de ir ao Planalto, entregou o poder nas mãos de Braga Netto e Paulo Sérgio, depois viajou para os Estados Unidos, com medo de ser preso.

Assim, pouco a pouco a cronologia dos fatos vai retirando Bolsonaro da liderança do golpe e colocando Braga Netto à frente da insurreição.

No levante do 8 de Janeiro, novamente os “kid pretos” à frente, incentivando o vandalismo, na esperança de que Lula assinasse o decreto do Estado de Defesa ou Garantia da Lei e da Ordem, mas nada aconteceu neste sentido. O golpe desinflou como um balão furado.

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P.S. –
Agora, os depoimentos dos quatro militares (Mauro Cid, Estevam Theóphilo, Freire Gomes e Baptista Junior) incriminam Bolsonaro diretamente, deixando Braga Netto em segundo plano, numa estranha maneira de escrever a História segundo a versão que certas pessoas querem ouvir. Mas a História verdadeira é bem diferente. Depois, voltamos ao assunto. (C.N.)

11 thoughts on “Bolsonaro foi traído e o golpe falhou por culpa de Braga Netto e Paulo Sérgio

  1. Quase! Ainda faltam as principais peças nesse “baralho”, ora pois onde se encaixam tantos vídeos publicados e escondidos e seus destrambelhados e MENTIROSOS atores à desempenhar inconcebíveis papéis?
    Serão deixados de lado, acachapados por incessantes e intermináveis narrativas incinsistentes?
    Aguardamos, CN com futuras e cavoucadas novidades, prensando os golpistas “autores vitoriosos”!
    Passemos então, ao bojudo caderno da 13 matérias!

  2. https://meusitejuridico.editorajuspodivm.com.br/2019/07/21/certo-ou-errado-o-direito-penal-nao-admite-punicao-de-atos-meramente-preparatorios-execucao-de-um-crime-pois-se-trata-de-violacao-ao-principio-da-lesividade/

    “Certo ou errado? O Direito Penal não admite a punição de atos meramente preparatórios à execução de um crime, pois se trata de violação ao princípio da lesividade”

    “ERRADO

    Os atos preparatórios, em regra, são impuníveis. Excepcionalmente, todavia, merecem punição, configurando delito autônomo. É o que ocorre, por exemplo, com o crime de associação criminosa (art. 288 do CP, antigo delito de quadrilha ou bando). Aquele que se reúne com três ou mais pessoas para planejar a prática de crimes está em plena fase de preparação (dos crimes futuros), mas já executando a formação de um grupo criminoso, comportamento esse que o legislador entendeu grave o suficiente para justificar tipificação autônoma e independente dos delitos visados pela associação. O mesmo raciocínio serviu para a criação do tipo penal do art. 291 do CP. Também na categoria de atos preparatórios punidos autonomamente pode ser incluída a conduta, ultimamente difundida, daqueles que adquirem explosivos para a utilização em furtos ou roubos em bancos. Neste caso, mesmo antes de qualquer ato relativo à subtração, há o crime do art. 16, parágrafo único, inciso III, da Lei nº 10.826/03.”

  3. O arrazoado do Editor Carlos Newton, traz novas informações do enredo do Golpe. Como sempre, sensacional a análise.
    Bolsonaro foi traído, sim, foi, mas, ele traiu antes.
    Demitiu seus amigos, que o apoiaram desde a primeira hora. Não tinha dinheiro para a campanha. Paulo Marinho deu a casa dele para Bolsonaro na Joatinga, imóvel de luxo para sede da campanha. Bebiano trabalhava dia e noite e o general, Santos Cruz, amigo de 40 anos.
    Pois bem, Bolsonaro venceu a eleição em 2018, nomeou Bebiano e Santos Cruz para cargos de ministro no Palácio e quando descobriu que os dois eram legalistas, demitiu ambos, com requintes de crueldade. Não deixou nem o general Santos Cruz sentar na cadeira, de pé anunciou que estava demitido. Chupou a laranja e jogou o bagaço na cara do general Santos Cruz e de Gustavo Bebiano. Quem é o traidor?

    Os exemplos da trairagem de Bolsonaro são tantos, que um dia, ele também seria traído. É a Lei do retorno.
    Entretanto, um episódio marca o destino inglório desse personagem medieval. Falo da demissão dos três comandantes militares em 29 de março de 2021, quando Bolsonaro foi avisado por Braga Neto, que os três eram legalistas:
    Comandante do Exército, Edson Pujol, trocado por Paulo Nogueira,
    Comandante da Marinha, Ilques Barbosa, trocado por Almir Garnier e o
    Comandante da Aeronáutica, Morelli Bermúdez, trocado por Batista Junior.

    De quebra, Bolsonaro também demitiu o Ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, trocado por Braga Neto.

    Essas substituições causaram uma enorme consternação nas Forças Armadas, que se consideraram traídas por Bolsonaro, que humilhou os auxiliares. Dali em diante, a desconfiança dos militares superiores, sobre a lealdade de Bolsonaro ao estamento militar, se tornou um fato latente.

    Por essa razão, Bolsonaro e Braga Neto, apostaram na revolta dos coronéis, para pressionarem os generais, brigadeiros e almirantes, inclusive com ameaça de prender, quem fosse contrário ao Golpe. O manifesto dos coronéis, endereçado ao Comandante Freire Gomes, é um primor de quebra da disciplina e da hierarquia.
    Então, Bolsonaro não foi traído, ele traiu as Forças Armadas e quem estava com ele, tinha interesses pessoais de poder e riqueza, traindo também os companheiros de farda.
    Por muito pouco, não tivemos uma fratura na unidade nacional, que se transformaria num caos, sem precedente, desde a Revolta dos Sargentos, que se insurgiram contra os superiores, pré – 1964. Foi a senha para derrubarem João Goulart.

    Em 2022, ensaiaram uma Revolta dos Coronéis, mas, esses militares do entorno de Bolsonaro, não tiveram o apoio que esperavam, pois a maioria dos coronéis, preferiram bater continência para os generais em nome da hierarquia e da disciplina.

    Será que pensaram na República dos Coronéis liderada pelo coronel Hugo Chaves, que destruiu o país, a Democracia e a liberdade dos cidadãos venezuelanos, deixando como legado, um ditador cruel como Nicolas Maduro? Acho, que o comandante do Exército, general Freire Gomes, fez essa análise juntamente com o brigadeiro Batista Junior, comandante da Aeronáutica.

    Por esse risco, que corremos, que uma Anistia aos criminosos impatrioticos, se torna inconcebível sob todos os aspectos em análise.

  4. Quase! Ainda faltam as principais peças nesse “baralho”, ora pois onde se encaixam tantos vídeos publicados e escondidos e seus destrambelhados e MENTIROSOS atores à desempenhar inconcebíveis papéis?
    Serão deixados de lado, acachapados por incessantes e intermináveis narrativas incinsistentes?
    Aguardamos, CN com futuras e cavoucadas novidades, prensando os golpistas “autores vitoriosos”!
    Passemos então, ao bojudo caderno da 13 matérias!

  5. O QUE É ESTADO DE DIREITO.
    Estado de direito é uma situação jurídica, ou um sistema institucional, no qual cada um e todos são submetidos ao império do direito. O estado de direito é, assim, ligado ao respeito às normas e aos direitos fundamentais.

    O jornalista Fernão Lara Mesquita analisa – brevemente – o Estado de Direito.

    Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=CvcqUu7CXjc

  6. Sr. Roberto Nascimento,

    Anda sumido da TI, imagino que não é por falta de tempo.
    Como o Sr. mesmo me disse, “escrever pra mim, é um prazer”.
    Sempre encontramos tempo pra fazermos algo prazeroso.

    Mas lhe entendo, tá complicado ler tantas bobagens que os bolsonaristas escrevem todo santo dia.

    É inacreditável que uma manada queira a ditadura, ainda mais na mão do bolsonaro, um desequilibrado total.

    Quando o Sr. diz: “.. tinha interesses pessoais de poder e riqueza, traindo também os companheiros de farda.”

    Não podemos esquecer do ingrediente principal, que era se livrar da cadeia, diante de tantos crimes que cometeu.
    Ele sabe muito bem o que fez nos verões passados e que a conta chegaria cedo ou tarde pra ele é sua família de destrambelhados ladrões.

    Apostou alto, jogou todas as fichas no golpe.
    E perdeu, melancólicamente.
    Um triste episódio que jamais, espero, se repita.

    Como traidor, bolsonaro, é hors concours.
    Não tem parâmetro, não tem igual.

    Trai sem remorço, trai até prazerosamente, com requintes de crueldade.
    Isso é um sintoma de psicopatia grave.

    A lei do retorno chegou rápido pra ele, é assim mesmo pra quem exagera nas doses de maldade.

    O cara passou quatro anos sem trabalhar, só elaborando roubalheiras e malevolências.
    Foi impiedoso ao extremo.
    Não sei como tem seguidores deste traste.
    Devem ser infantilóides que acreditam em papai Noel.
    Como puderam achar que uma ditadura com um desmiolado mau caráter poderia consertar o País.
    Jamais pensaram no perigo de uma dinastia, bolsonaro?

    Isso nos prova que os inconsequentes não tem limites.

    Agora, querem anistia, procuram desesperados como cães farejadores atalhos no código penal.

    Querem justificar a sua inocência a qualquer preço.
    Se lascaram!

    Só resta aos simpatizantes da ditadura e ao próprio bolsonaro, aguardar a sentença deste verme.

    Pelo bem do país e a saúde da democracia, Jair Messias Bolsonaro, terá que ir preso.

    Bastante mal ele já causou, agora tem que pagar, e vai pagar.

    Um forte abraço,
    José Luis

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