
Na Aeronáutica, o número de negacionistas é muito menor
Bela Megale
O Globo
Dono do maior efetivo das Forças Armadas, com 215.109 militares, o Exército fechou o ano de 2021 com 32.483 militares da ativa não vacinados contra a Covid 19. Isso representa pouco mais de 15% da Força.
Os dados obtidos pela coluna via Lei de Acesso à Informação mostram que até 14 de dezembro 56% do efetivo do Exército tiveram o ciclo de vacinação completo. Isso significa que até aquela data, 121.190 militares tomaram as duas doses do imunizante. Se incluídos aqueles que tomaram apenas a primeira dose, o número sobe para 182.626, o que representa 85% dos militares da ativa.
NOVAS ORIENTAÇÕES – No início deste mês, o comando do Exército divulgou novas orientações sobre a pandemia. No documento, o comandante da Força, o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, recomendou que militares se vacinassem para retornarem ao trabalho de forma presencial, mantendo distanciamento e o uso da máscara.
A orientação foi em direção oposta às postura do presidente Bolsonaro, que desde o início da pandemia minimiza os cuidados para combater o vírus e coloca a vacina em xeque, contrariando a ciência.
Nesta semana, a coluna informou que a Força Aérea Brasileira (FAB) terminou o ano com 1.880 membros não vacinados. Eles optaram por assinar um termo em que assumiram a responsabilidade por não se imunizarem. A FAB liberou o retorno de não vacinados ao trabalho presencial, mas com a condição de que assinassem o termo de recusa de vacinação. O Exército não elaborou nenhum documento nesta linha.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Muito interessante, importante e instigante este levantamento da jornalista Bela Megale. Os números não mentem e estão a indicar que os militares do exército que continuam fanáticos por Jair Bolsonaro representam apenas cerca de 15%. Na Aeronáutica, são ainda menos numerosos, nem chegam a 4%. Embora poucas pessoas se interessem por essas informações, elas são politicamente da maior relevância, porque quem sabe faz a hora, não espera acontecer, já dizia Geraldo Vandré. (C.N.)
Muitos bolsonaristas se vacinaram pra não serem impedidos de viajar nem de fazer outras atividades.
Quác!
Apenas 15% dos fanáticos votam no Bolsonaro, ou seja, não se vacinaram por puro fundamentalismo.
Os 85% restante ficam contra ele. Partindo do princípio que a vacina é um atestado de quem votou em quem vai ser preciso chamar a Nasa, Globo e Barroso.
Na FAB onde passei bons anos da minha juventude só uns míseros quatro por cento, noventa e seis por cento vão votar contra o Nero Amazônico Negacionista.
E a Marinha de Guerra?
Vincular essas piruetas aritméticas para emprenhar os eleitores pelos ouvidos é no mínimo uma militância falaciosa.
A organização GloboLixo fechou 2021 com 100% de higienistas vacinais.
Lamentavelmente, até nas FFAA existem imbecis. Duplamente, aliás. Primeiro, por apoiarem um boçal; segundo, por não tomarem a vacina. Nas é isso mesmo: não se pode querer que num país todos sejam inteligentes.
Após início de tentativas de banimento do Telegram no Brasil, Forças Armadas emprestam credibilidade ao aplicativo preferido dos apoiadores do presidente
https://www.sociedademilitar.com.br/2022/01/depois-do-inicio-de-tentativas-de-banimento-do-telegram-no-brasil-forcas-armadas-emprestam-credibilidade-a-rede-social.html