
Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)
Pedro do Coutto
Na reforma administrativa implantada pelo presidente Michel Temer, extinguiu-se o Ministério da Previdência Social, transformado numa Secretaria do Ministério da Fazenda. É possível que tal incorporação tenha sobrecarregado exageradamente o universo de atuação da pasta comandada por Henrique Meirelles e atualmente por Eduardo Guardia. Seja como for, o fato é que explodiu uma corrupção nesse Instituto.
Reportagem de Patrik Camponez e Robson Bonin, edição de ontem de O Globo, destaca o contrato firmado pelo INSS com a empresa RSX Informática, de que de informática praticamente só tinha o nome. Os repórteres descobriram que no endereço apontado como sede da RSX funcionava um depósito de vinhos e garrafões de água mineral. Isso no dia 09 de maio.
REFORMA GERAL – No dia 15, portanto seis dias depois, os proprietários pintaram as paredes, destacaram a sigla RSX, colocaram em atividade uma recepcionista, mas esta só forneceu informações superficiais sobre a metamorfose.
O contrato era no valor de 8 milhões de reais para fornecimento de software. O então presidente do INSS, Francisco Lopes, foi exonerado do cargo ontem mesmo. O ex-presidente do INSS é homônimo de um ex-presidente do Banco Central, filho do engenheiro Lucas Lopes que ocupou a Fazenda no Governo JK. Mas esta é outra questão.
O fato é que o Ministério da Fazenda não exerceu o comando devido em relação à Previdência Social. Tampouco recebeu informações por parte de Marcelo Caetano, secretário da Previdência. É por essas e muitas outras que o INSS apresenta déficits anuais seguidos. Por falar nisso, será interessante o INSS divulgar a quanto montam para ele as dívidas de empresas privadas. Devemos nesse plano verificar se as estatais também se encontram em débito.
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OUTRO ASSUNTO: O REFIZ DOS CORRUPTOS
Reportagem de Fabio Serapião e Adriana Fernandes, O Estado de São Paulo, também de ontem, destaca como manchete principal o fato de empresários investigados pela Polícia Federal terem usado a lei de refinanciamento das dívidas para reduzí-las no montante de 3,8 bilhões de reais. Além disso, o parcelamento foi alongado.
O episódio foi comentado pelo Secretário de Fiscalização da Receita Lágaro Martins, que acusou uma distorção no programa de refinanciamento. O presidente Michel Temer enviou um projeto ao Congresso e este decidiu por um substitutivo.
Uma pergunta: Por que o presidente da República não vetou a modificação? Estão inscritas no Refiz 3116 empresas. No Brasil, as cobranças parecem recair apenas no rendimento do trabalho dos assalariados.
https://www.oantagonista.com/brasil/nas-maos-de-dodge/
De novo está nas mãos da Prevaricadora Geral da República !!!
Assim como a 3ª denúncia contra Temer no caso dos portos tem mais essa pra Raquel Dodge engavetar.
Valeu ou não valeu o Temer ter escolhido ela pra PGR ?!?!
O fato é que temos mais ministérios do que precisamos. Temos mais políticos do que técnicos, assumindo cargos técnicos, apenas para manter os partidos das coligações na folha de pagamento. Quando procurarem a eficiência, tenho a mais absoluta certeza que sabem exatamente onde encontrar. Quanto a relação entre governos e empresas de fachada, empresas que são criadas especificamente para participarem de certas licitações e contratos. Isso parece estar no sangue do brasileiro ao alguém já teria se incomodado a muito tempo.