Para viabilizar Alckmin como seu vice, Lula enquadra com rigor total os “rebeldes” do PT

Lula: “Falta que a gente tenha uma próxima eleição para medirmos força com  Bolsonaro” | Atualidade | EL PAÍS Brasil

Lula não quer nem saber a opinião do PT sobre Alckmin

Bernardo Mello Franco
O Globo

No início do primeiro mandato, Lula repreendeu os petistas que criticavam sua reforma da Previdência. “Reconheço o direito dos companheiros a falar as bobagens que quiserem. Mas, quando a decisão é tomada pela maioria, todos têm que cumprir”, avisou.

O embate terminou com a expulsão de quatro parlamentares que votaram contra a orientação partidária. Dezenove anos depois, o ex-presidente volta a enquadrar os rebeldes do PT. Desta vez, o motivo é a resistência à aliança com Geraldo Alckmin.

NEOLIBERAL E GOLPISTA – Um manifesto da esquerda petista critica a negociação de Lula com “forças reacionárias”. O texto chama o ex-tucano de “neoliberal” e “golpista”, lembrando seu apoio ao impeachment de Dilma Rousseff. “Alckmin tem uma longa trajetória de combate às posições nacionais, democráticas, populares e desenvolvimentistas”, diz o documento. Entre os signatários, há dois ex-presidentes do PT: José Genoino e Rui Falcão.

Os rebeldes têm seus motivos. Antes de Lula chegar ao Planalto, eles já se esgoelavam contra os governos de Alckmin em São Paulo. Opunham-se à truculência policial, ao fechamento de escolas, ao arrocho no funcionalismo.

Os petistas ainda são assombrados por um trauma recente. Dilma se elegeu com um vice conservador. Quando sua popularidade despencou, ele passou a conspirar para derrubá-la. A militância quer garantias de que Alckmin não será outro Michel Temer. Mas não há seguro-fidelidade na política: resta acreditar ou não no ex-rival.

CALMA, COMPANHEIROS – Na quarta-feira, Lula tentou acalmar os companheiros. Disse que Alckmin faz oposição clara ao bolsonarismo e a João Doria. Em seguida, indicou que sua decisão já está tomada. “Não terei nenhum problema em fazer chapa com o Alckmin para ganhar as eleições e governar”, afirmou.

A maioria do PT já se dobrou à vontade do ex-presidente. Foi o que aconteceu em 2003, quando o partido abandonou bandeiras históricas e replicou a política econômica do governo Fernando Henrique.

Em 2022, Lula deve ter menos trabalho para enquadrar seus rebeldes. Por via das dúvidas, ele avisou na quarta-feira que não vai tolerar indisciplina. Todos terão que seguir a “posição partidária” — ou seja, a ordem do chefe. “É isso o que vai acontecer. E todo mundo vai aparecer rindo, ninguém vai aparecer chorando”, prometeu.

7 thoughts on “Para viabilizar Alckmin como seu vice, Lula enquadra com rigor total os “rebeldes” do PT

  1. Os rebeldes não entendem que a aliança com Alkcmin é um tipo de carta aos brasileiros para contar com apoia das elites e do sistema.
    O importante não é o que acontecerá depois, mas chegar ao poder.
    Para ganhar as eleições Lula faz acordo até com diabo.

    • Pra esse ladrão as urnas terão gosto de chuchu!
      Pode tirar o cavalo da chuva!
      Só canta de galo sem sair do terreiro dele.
      Tá escondido e só dá entrevistas pra paus mandados da Imprensa.

      Se sair na rua, eu vou ser o primeiro a tacar um ovo na cabeça desse ladrão contumaz!

      Onde já se viu um ladrão querendo arrumar o país que ele mesmo assaltou?

      Lula é carta fora do baralho!

      Só os tontos confiam nessas pesquisas mequetrefes.

      O sociopata cloroquinente terá o mesmo fim.

      Os dois vão perder fragorosamente!

      Quero ver esses dois crápulas na JAULA!

      É isso, vai acontecer.
      Anotem aí.

      JL

  2. Não sei de quem é a frase, poderia ter sido dita por Stalin. “Para que todo mundo seja alegre é só matar os tristes”.
    A Alma mais pura vai defenestrar as almas sebosas que forem contra. Tem petralha que não recomenda ou aceita chapa de Cachaça com Chuchu com agrotóxico. Serão abduzidos ou expurgados.
    Neste planeta surrealista seria possível um chapa Lula/Moro.

  3. O Luladarão para sobreviver a um possível impeachment, vai precisar de um novo Mensalão, mas desta vez sem o seu Zé. Caso contrário vai ter o mesmo destino do Collor e da Dilmanta, porque os tucanos vão querer voltar ao poder, mesmo que seja na base da traição.

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