Pedro do Coutto
A demissão da medalhista olímpica Ana Moser do Ministério dos Esportes e a sua substituição pode André Fufuca, acarretou para Lula uma considerável perda de pontos importantes em matéria de credibilidade política e não acrescentou a ele, a meu ver, nenhuma parcela nova de apoio além daquele já negociado com o PP do deputado Arthur Lira, presidente da Câmara Federal.
Pelo contrário, a imagem que Lula passou foi a de que na busca de votos do Legislativo não leva em conta a habilitação efetiva dos ministros para ocuparem positivamente os espaços das respectivas áreas. André Fufuca, pelo que se sabe, não possui afinidade com o setor esportivo e muito menos apresenta capacidade para realizar projetos nessa área tão importante para a inclusão social de brasileiros e brasileiras.
CRÍTICAS – O senador Ciro Nogueira, por exemplo, que é do PP, também no 7 de Setembro, dirigiu críticas a Lula sobre as comemorações da Independência, acentuando assim uma distância do seu partido bolsonarista da nomeação do novo ministro dos Esportes. Reportagens de O Globo e da Folha de S. Paulo , edições desta sexta-feira, acentuam que até a primeira-dama do país, Janja, na internet, demonstrou o seu desagrado.
Ana Moser, em postagem nas redes sociais, assinalou que teve pouco tempo para mudar a realidade do esporte no Brasil e recebeu o apoio das entidades esportivas, entre elas a Comissão de Atletas do Comitê Olímpico Brasileiro, do Movimento Esporte pela Democracia, do Atletas pelo Brasil e do Comitê Paraolímpico. O reflexo negativo da demissão de Ana Moser ainda não esgotou o seu ciclo. Foi também uma surpresa para o movimento feminista a perda de um espaço tão importante ocupado por uma ex-atleta de grande importância.
PERSPECTIVA – O ato presidencial abriu uma perspectiva de desânimo na medida em que deixou flagrante a ausência de critério baseado na competência para a escolha de seus colaboradores diretos. Nesse ponto, Demétrio Magnoli tem razão ao analisar o problema na quinta-feira na GloboNews.
Inclusive, Lula está enfrentando um clima ácido junto aos próprios aliados, sobretudo do PT, em consequência da reforma parcial do Ministério. Vale acentuar também que, apesar de receber o Ministério de Portos e Aeroportos, o Republicanos não se mostrou plenamente receptivo para apoiar o presidente nas votações parlamentares.
DELAÇÃO – O tenente-coronel Mauro Cid propôs à Polícia Federal fazer uma delação premiada com o objetivo de aliviar as consequências e a sua pena pelas ilegalidades praticadas – segundo se pode deduzir – por ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na Folha de S. Paulo, a reportagem é de Constança Rezende. No O Globo, de Mariana Muniz.
A homologação da proposta, cujo conteúdo deve aparecer nos jornais de hoje, sábado, depende da aceitação do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal. O tenente-coronel já prestou três longos depoimentos à PF. Caso a delação tenha o aval do Ministério Público Federal e a homologação de Moraes, Cid terá que prestar muitos depoimentos para esclarecer fatos de todos os inquéritos nos quais aparece como investigado.
123 MILHAS – Na edição de quinta-feira, reportagens de Vitória Azevedo, Daniele Madureira, Pedro Lovisi e Cristiano Martins, Folha de S. Paulo, focalizaram a situação financeira da 123 Milhas e acrescentam que, além de tudo, a empresa deve também R$ 105 milhões às famílias de seus fundadores.
As dívidas têm que ser incluídas no projeto de recuperação judicial que envolve os pagamentos mensais escalonados de acordo com uma linha prioritária de credores.
1) Além da pressão do Centrão está sendo orquestrada, por alguns setores da esquerda burguesa, os chamados bem na$cido$, uma desconstrução do Presidente Lula.
2) Lamentável … alguns vários artigos por aí já comentam o assunto…
3) Inclusive com “palpite” dos EUA … acredite se quiser…
1) Licença…
2) Estes esquerdóides fizeram out door, na Índia, em inglês, onde o Presidente se encontra para a reunião do G20…
3) Campanha cara, desconstrução internacional…
Ana Mozer deve entender que sua demissão foi para o bem da governabilidade, se Lula não desse o Ministério dos Esportes ao centrão iria prejudicar votações de interesse da maioria do povo e do Brasil.
Lula tinha duas opções: ou atende os interesses de Ana Mozer ou do Brasil.
Com certeza, Lula não vai deixar Ana Mozer na estrada.
Nélio, o problema não são interesses pessoais da Ana Moser, que tem sólida carreira esportiva e mais longa ainda na promoção do esporte para o povo e que se empenhou fortemente na vitória de Lula. Não faz diferença para ela ser ou não ministra do ponto de interesse pessoal. O problema é a demonstração pública de que o governo é obrigado a permutar cargos e verbas por votos no Congresso colocando incompetentes e ávidos por emendas no lugar de pessoas altamente capacitadas que têm os verdadeiros interesses do Brasil, e não os dos seus partidos, na mira. Sei bem que Lula foi forçado a isso pelas circunstâncias, e esse é justamente o problema que demonstra a fraqueza dele (e de qualquer presidente no seu lugar) no nosso atual sistema de governo. Para cuja fraqueza a entrega feita ao Centrão pelo presidente anterior contribui mais ainda.
Wilson, estamos sujeitos a um parlamento eleito pelo povo, que tem a filosofia de ou dá ou desce. É o sistema podre que obriga um presidente a tomar certas medidas desagradáveis para poder governar.
A governabilidade é difícil quando não há maioria . Escolhas pragmáticas se sobrepõe às morais e técnicas.
Credibilidade sem voto. Adianta de que .
A grande realização da gestão da Ana Mozer no ministerio dos esportes, foi conseguir folga nos dias dos jogos da seleção brasileira feminina. Fraquíssima! O CONDENADO demorou muito para demití-la por incompetência.
A demissão foi a ponta do iceberg. Vem aí a liberação dos jogos de azar no Brasil.
E o Juscelino Filho, permanece ?