Dallagnol critica decisão que “inocentou” o juiz Appio: ”Existe Justiça no Brasil?”

CNJ mantém juiz Eduardo Appio afastado da Lava Jato e aponta "conduta gravíssima"

Petista fanático, o juis  Appio assinava “Lul22” em suas decisões

Luísa Marzullo
O Globo

O ex-deputado e ex-procurador da operação Lava-Jato, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), criticou nesta terça-feira a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que beneficiou o juiz Eduardo Fernando Appio. Em postagem nas redes sociais, o ex-parlamentar questionou: “Ainda existe Justiça no Brasil?”.

“O ministro Toffoli, não satisfeito em anular as provas da Odebrecht, dobrou a aposta e anulou a suspeição do juiz ‘LUL22’, decretada pelo TRF-4. Ainda existe justiça no Brasil?”, escreveu Dallagnol na rede social X (antigo Twitter).

Perseguidor de Moro – Ao longo de sua breve trajetória na 13ª Vara Criminal, Appio se demonstrou obsessivo crítico à atuação do ex-juiz federal Sergio Moro, que foi juiz que mais atuou durante a Lava Jato.

Nesta manhã, Dias Toffoli anulou a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que havia declarado Appio suspeito para conduzir casos da operação Lava-Jato. O magistrado estava afastado desde o parecer judicial, proferido em maio deste ano.

À época, o desembargador Marcelo Malucelli denunciou que seu filho e cunhado de Moro, João Eduardo Malucelli, havia sido ameaçado por Appio. O então juiz da 13ª Vara Federal teria telefonado para João Eduardo e, na ligação, questionado se ele estaria “aprontando”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Dallagnol tem toda razão. O juiz Eduardo Appio é completamente destrambelhado, petista fanático, e se comporta como perseguidor de Sérgio Moro, a ponto de dar salvo-conduto para o doleiro Tacla Duran voltar ao Brasil e apresentar provas. Como as tais provas foram grotescamente fraudadas, o doleiro jamais as apresentou ou apresentará, para não cometer mais crimes e agravar sua situação. Duran lavava dinheiro para diversas empreiteiras e está foragido na Espanha desde o início da Lava Jato. (C.N.)

6 thoughts on “Dallagnol critica decisão que “inocentou” o juiz Appio: ”Existe Justiça no Brasil?”

  1. Estimado amigo, onde a jovem (suponho)
    jornalista escreve “O magistrado estava afastado desde o parecer judicial, proferido em maio deste ano”, devemos esclarecer a ela que não existe a figura “parecer judicial”. O que há são decisões judiciais, em modalidades diversas (despachos, decisões propriamente ditas, sentenças, acórdãos). Grande abraço.

  2. Assisti ontem um correspondente em Lisboa da revista Fórum dizer que Moro isolou a servidora Flávia Maceno, após sua saída da Lava Jato, só ela tinha conhecimento de todos os absurdos da Lava Jato.
    Todos os valores que eram depósitos nos acordos de leniência, representavam mais de R$ 6 bilhões. Desse montante R$ 2,9 bilhões estão desaparecidos, conforme apuração do CNJ. Esse valor desapareceu depois que o STF não permitiu que os procuradores criassem a Fundação Lava Jato.
    Flávia Maceno precisa ser ouvida pela PF, ela deve saber onde ou com quem está esses R$ 2,9 bilhões desparecidos.

  3. Pai de juiz afastado da Lava Jato foi citado na lista da Odebrecht

    O pai do juiz Eduardo Appio, afastado da 13ª Vara de Curitiba, foi citado em delação da Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato, pela qual era o responsável. O ex-deputado estadual Francisco Appio (RS), morto em 2022 após um AVC, era filiado ao Progressistas, um dos partidos mais enrolados na operação. Na lista de pessoas que recebiam propina da empreiteira, o político aparece identificado com o codinome “abelha”.

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