General Tomás Paiva: “Militares que praticam crimes não representam o Exército”

Paiva diz que militares devem ‘pautar ações pela legalidade’

Pedro do Coutto

Numa ordem interna divulgada na tarde de sexta-feira, o general Tomás Miguel Paiva, comandante do Exército, alertou os integrantes da Força no sentido do legalismo militar na defesa da democracia e da lei, frisando a necessidade de os militares transmitirem à população brasileira que não atuam fora da legalidade e que casos como o do tenente-coronel Mauro Cid em movimentos golpistas são absolutamente rejeitados pelos quadro da instituição.

A ordem interna está destacada na edição de ontem, terça-feira, da Folha de S. Paulo, em excelente reportagem de Cézar Feitosa. A matéria é de grande oportunidade, sobretudo no momento em que a Polícia Federal realiza investigações que incluem comportamentos de militares.

VALORIZAÇÃO – O general Tomás Miguel Paiva acentua também que os militares devem se empenhar com uma série de medidas para intensificar o processo de fortalecimento da coesão e da valorização da família militar. Inclui também um esforço para afastar a imagem de que o Exército atua fora da legalidade.

A iniciativa do general na defesa da democracia e do resultado das urnas, como deixou claro ao assumir, assemelha-se à posição do general Teixeira Lott, em 1955, contra o golpismo defendido por Carlos Lacerda em relação à posse de Juscelino Kubitschek.

Tomás Paiva destacou a importância da consciência da profissão militar que apresenta particularidades, que torna os direitos e deveres do cidadão fardado diferentes dos demais segmentos da sociedade. O general focalizou também a existência de problemas salariais que se refletem naqueles de patentes menores, e voltou a condenar os que degradam com os seus comportamentos o próprio Exército.  Por isso, propõe a criação de uma associação nacional de amigos do Exército brasileiro com o objetivo de proporcionar a interlocução com personalidades e autoridades civis.

IMPORTÂNCIA – Na minha opinião, o pronunciamento do general Tomás Miguel reveste-se de uma importância política muito grande, principalmente no momento em que PF, conforme revelou a GloboNews, apreendeu e está traduzindo conteúdos dos telefones celulares do advogado Frederick Wassef.

O que preocupou o Exército também foi o encontro do hacker Delgatti com o general Paulo Sérgio Nogueira, então ministro da Defesa, depois de ter sido recebido no Palácio Alvorada por Jair Bolsonaro. Delgatti foi levado pela deputada Carla Zambelli e nesta segunda-feira foi condenado a 20 anos de prisão.

123 MILHAS –  Cristiane Gercina e Joana Cunha, Folha de S. Paulo, destacam a dificuldade da empresa 123 milhas chegar a uma decisão que assegure os direitos dos clientes lesados. A empresa oferece um voucher, mas acontece que as passagens aéreas custam muito mais  do que valor ofertado.

O impasse continua. O ministro Flávio Dino, da Justiça, anunciou medidas voltadas para assegurar os direitos pagos pelos passageiros das viagens que não se realizaram.

6 thoughts on “General Tomás Paiva: “Militares que praticam crimes não representam o Exército”

  1. “Na minha opinião, o pronunciamento do general Tomás Miguel reveste-se de uma importância política muito grande …”

    Na minha opinião, o pronunciamento do pérfido generaleco, que conspirou com narcotraficantes para “derrotar o Bolsonaro”, então comandante em chefe das forças armadas, reveste-se de uma tentativa desesperada para “acalmar” a tropa, que sente na pele a rejeição do povo provocada pelo ato de perfídia dos melâncias, que mandou mais de 1000 cidadãos (velhotes, mulheres, mães, crianças e até um autista) para um campo de concentração da PF.

    Resta saber se o narcotraficante Lula da Silva vai liberar a grana para “comprar” os milicos, já que a sua preocupação imediata é comprar o “centrão” para aumentar a sua popularidade (apenas 37 pessoas assistiam a live do ladrão, ô glória!).

    Milico, para Lula e a esquerda brasileira, é o cocô do cavalo do bandido, em estado de putrefação. O general Frajola sabe disto, mas como se trata de um vendido, deve estar negociando a boquinha da Petrobrás ou o comando da Guarda Nacional anunciada pelo ministro da (in)justiça.

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