Lula primeiro compra os parlamentares e depois os acusa de não representarem o povo

Lula quer isolar Bolsonaro como fez com Ciro | Blog da Denise

Charge do Caio Gomez (Correio Braziliense)

Nikolas Ferreira
Gazeta do Povo

Lula recentemente bateu o recorde de liberação de emendas em um único mês, quase chegando na marca de R$ 12 bilhões. Enquanto recursos da educação básica, da alfabetização de crianças, do auxílio-gás e da Farmácia Popular são bloqueados, o dinheiro direcionado aos parlamentares, principalmente em vésperas de votações, parece não faltar.

Lembro que pouco antes da votação da medida provisória que estabelece a estrutura ministerial do atual governo, ainda em junho, adiantei que seria a primeira grande derrota da esquerda no Congresso. E eles também sabiam disso.

COMPRAR A BASE – A resposta foi a liberação de R$ 1,7 bilhão em emendas na última hora, o que salvou a MP. Como pensar não é o forte da esquerda, ensaiaram uma tentativa de me ironizar, mas esqueceram qual era a realidade.

O presidente precisou comprar uma base que corroborasse com a manutenção de seus 38 ministérios (15 a mais que a gestão do presidente Jair Bolsonaro), que serviu, de forma óbvia, apenas para criar mais cargos para alocar aliados.

O roteiro ia se repetindo; em meio à expectativa da reforma tributária, o governo liberou R$ 5,4 bilhões em emendas, o que viabilizou a aprovação do texto. Para que o texto-base do projeto que cria o novo arcabouço fiscal fosse adiante, foi divulgado que cada voto favorável custou R$ 3,2 milhões. No total, mais de R$ 1 bilhão liberados no dia da votação.

POVO PALHAÇO – Para provar que, de fato, o povo é feito de palhaço, noticiou-se ainda deputados admitindo votar por verbas, satirizando com a frase “Pelo Brasil, né?”.

Para provar que, de fato, o povo é feito de palhaço, noticiou-se ainda deputados admitindo votar por verbas, satirizando com a frase “Pelo Brasil, né?”

O mesmo Lula que durante a campanha disse que um presidente da República teria que lidar com o Congresso que foi eleito e  que tentaria ”diminuir o sequestro” que os partidos de centro fizeram com o ”orçamento secreto”, agora enfrenta o cenário em que não tem base alguma e que só consegue êxito em suas pautas, cedendo contrapartidas.

MUITA HIPOCRISIA – Inclusive já mostrei em plenário a hipocrisia daqueles que durante o governo anterior esbravejavam contra as emendas de relator, mas que desde o início de 2023 estão totalmente calados.

Para acabar com essa farra, protocolei uma Proposta de Emenda à Constituição para barrar a distribuição de emendas orçamentárias a parlamentares durante as semanas com votações de grande impacto no Congresso Nacional, e trabalharei para conseguir as 171 assinaturas necessárias para que a nossa PEC possa prosperar.

No “governo do amor” funciona assim: enquanto milhões em recursos são destinados por um ministro para asfaltar uma estrada em frente à sua fazenda, as compras internacionais são taxadas e querem te obrigar a sustentar os parasitas com o retorno do imposto sindical.

DINHEIRO À RODO – Afinal, é fato que os valores dos voos com os jatinhos da FAB e as viagens internacionais que custaram ao menos R$ 24,8 milhões ao Itamaraty, têm que vir de algum lugar.

Obviamente, não será do bolso de quem afirmou ser pobre, mesmo declarando quase R$ 8 milhões em patrimônio. Para o brasileiro, a governabilidade custa e custará bem caro. Bem mais que os R$ 80 mil do rolex de um socialista.

(Artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)

20 thoughts on “Lula primeiro compra os parlamentares e depois os acusa de não representarem o povo

  1. Creio que há uma falta de timing do Consórcio de Privatização do Estado, desestruturado tudo e deixando o rei nu

    O projeto de exterminar com os “animais selvagens” está se prolongando muito. Aliás, é caso perdido. O sonho dourado, de o partido do Consórcio ser único, é devaneio. Tendo outro objetivo, que seria desviar o foco do Governo e dos seus KOs, com a crucificação do bolsonarismo, está arrastando-se muito, é não chegaram aos 15 passos da via crucial, sendo também inócuo.

    Estão é dando palanque pro Bolsonaro.

    Quanto aos, antigamente chamados de 300 picaretas, parece que novos mensalões e petrolões não teriam ampla, geral e irrestrita adesão.

    O pior é que os 300 picaretas (não sou eu que os denomina assim), nem sequer foram capazes de aprovarem a Lei da Censura, tão fundamental pro sucesso do CPE.

    Parece que a extensa lua-de-mel, digo, o lançamento do atual Rei Nu como liderança mundial foi “pro saco”, além de que atrasou o bonde dos aloprados.

  2. Mr. Newton,

    Após esse artigo, prepare-se para a chiadeira da trinca de “J” (jakó, jakú & joké).

    Hoje é dia de greve! Greve de mais de 150 prefeitos do Nordeste. Motivo? O narcotraficante Lula da Silva não está repassando os recursos do FPM. O que tem de prefeito “fazueli” chorando não tá no gibi. Esse é o tipo de notícia que ninguém verá no JN da prostituta do PT (Rede Goebbels).

  3. Lá na terra do “TIO SAM”. Qualquer semelhança com o que está a acontecer acá, é mera coincidência…
    (…)
    O ar está denso de tensão, quase palpável, como se pudéssemos estender a mão e tocar a própria estrutura da nossa sociedade que se desfaz. Não é apenas o clima político ou as incertezas económicas que avultam; é algo muito mais fundamental, algo que atinge o cerne do que significa ser uma sociedade democrática. Estamos a falar da erosão da liberdade de expressão, a pedra angular sobre a qual se constrói o edifício da democracia.
    Imagine, se quiser, um mundo onde as suas palavras são monitorizadas, não por um Big Brother orwelliano, mas por algoritmos invisíveis e corporações sem rosto. Um mundo onde dizer a coisa errada pode levar ao ostracismo social ou, pior, a repercussões legais. Este não é um romance distópico; esta é uma realidade assustadora que está lentamente se insinuando em nossas vidas. A pergunta que devemos nos fazer é: como chegamos aqui?
    Vivemos na ilusão de que nossas palavras são livres, de que podemos expressar nossas opiniões sem medo. Mas será que esse é realmente o caso? Quando os jornalistas são silenciados por reportarem verdades inconvenientes, quando os académicos são censurados por desafiarem as narrativas convencionais, quando os cidadãos comuns têm medo de dizer o que pensam – o que resta da nossa querida liberdade?
    Não se trata apenas do que você não pode dizer; é também sobre o que está sendo dito a você. Os meios de comunicação social, outrora considerados o quarto poder e os guardiões da democracia, tornaram-se mestres na arte subtil da manipulação. Apresentam factos selectivamente, moldando narrativas para se adequarem a agendas pré-concebidas. O resultado? Uma população mal informada, dividida e facilmente manipulada.
    A liberdade de expressão não é apenas um direito constitucional; é a força vital de uma sociedade democrática. Permite a livre troca de ideias, o desafio da autoridade, o progresso da humanidade. Sufocar a liberdade de expressão é sufocar a própria democracia. E, no entanto, encontramo-nos numa encruzilhada, onde as próprias instituições que deveriam proteger as nossas liberdades são as que as minam.
    Esta não é apenas uma questão jurídica; é moral. Temos a responsabilidade, não apenas como cidadãos, mas como seres humanos, de proteger este mais sagrado dos direitos. Pois se não o fizermos, corremos o risco de cair num mundo onde a liberdade é apenas uma memória distante, um mundo onde a voz do indivíduo é abafada pelo rugido da conformidade. Estamos no precipício, olhando para o abismo. Daremos o salto, sacrificando as nossas liberdades pela ilusão de segurança? Ou tomaremos uma posição, reivindicando os direitos que são inerentemente nossos? A escolha cabe a nós, mas não nos enganemos: o destino da nossa democracia está em jogo.
    No final, o cerco à liberdade de expressão não é apenas um ataque a um direito constitucional; é um ataque à própria essência do que significa ser humano. Pois falar livremente é ser livre, e ser livre é ser humano. E assim, à medida que as sombras se alongam e a escuridão invade, devemos erguer as nossas vozes mais alto do que nunca, pois na batalha pela liberdade de expressão, o silêncio não é apenas cumplicidade; é rendição.

  4. Bem, aí está. A governabilidade do país só pode se dar por esse troca-troca. Sarney já falava sobre isso, comentando a respeito da CF de 88.

    Culpar os sucessivos governos por essas estratégias adotadas é fácil. Esse deputado que escreveu é um exemplo (mau) de como muitos legisladores podem votar conforme as conveniências.

    Por que ele não fala numa necessária reforma política, em vez de ir ao palco mostrar a sua transfobia?

    Um artigo de 1997:

    “CONCLUSÃO

    A constitucionalização da agenda nos últimos anos é um fator que cria dificuldades incomuns à formação de coalizões políticas estáveis e suficientes para governar. ………………………………………………..

    A agenda constituinte é, portanto, uma agenda ultraconsociativa. Ela radicaliza as exigências corriqueiras de um sistema político repleto de checks and balances no nível nacional ao lançar na pauta governamental cotidiana medidas que requerem a formação de amplos consensos. Este é o legado deixado pela Constituição de 1988, obra de um momento no qual os consensos amplos eram ainda mais difíceis, ao ponto de gerar um paradoxo: muita coisa contra a qual não havia ainda uma posição consolidada acabou por ser posta na Carta, rapidamente o quadro mudou e a percepção dos problemas também, sem contudo mudar o que havia sido constitucionalizado e que hoje limita as possibilidades de resolução dos problemas. Desta forma, junto com as limitações que impõe, a Constituição de 1988 deixa uma exigência: a de ser mudada. Mas dispositivos constitucionais não são feitos para mudar facilmente.”

  5. Lula não compra os parlamentares. são eles que exigem ser comprados, se não der emendas parlamentares e cargos, os parlamentares sob o comando de Lira e com apoio da direita e da direita bolsonarista criam dificuldades para aprovar quaisquer projeto, ainda que de interesse nacional.

    Esse, é o pior Congresso, se têm dúvidas, assista as CPI do MST e a CPMI do dia oito de janeiro para ver o tipo de parlamentares que temos

  6. ‘’ROUBO COM RETENÇÃO DE VÍTIMA’’! ‘’GLÓRIA A DEUS! GRAÇAS A DEUS! DEUS SEJA LOUVADO’’! Viva os deuses da impunidade brasileira! Eleitos, concursados, nomeados, ‘’para a honra e glória do Senhor Jesus Cristo’’! Brasil das Diretas-Já solucionou 2 problemas sociais gravíssimos, que aterrorizam a sociedade do bem há 40 ano! ‘’Tudo posso naquele que me fortalece’’! Extra! Extra! Estado deísta e os Três Poderes Cristãos competentes, incorruptíveis da República religiosa, ‘’temente a Deus’’ do ‘’país não laico de maioria cristã’’ de Bolsonaro, bem como a Grande Mídia aberta tradicional, conservadora, ‘’temente a Deus’’, ‘’acabaram’’ com o assalto à mão armada e sequestro de cidadãos do bem! Breaking News! De agora em diante teremos tão-somente ‘’Roubo com retenção de vítima’’! Diretas-Já, 40 anos mudando o nome das desgraças brasileiras para ‘’a honra e glória do senhor Deus’’ e para mudar o Brasil! Kkk! Kkkk! Kkk! (L.C. Balreira).

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