Dallagnol apresenta documentos sobre pedidos de colaboração na Lava Jatodico

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O primeiro documento é de 16 de maio de 2017

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E o segundo documento é de 1º de dezembro

Carlos Newton

Em resposta à jornalista Daniela Lima, da Globonews, que o acusou de “tentativa de esquentar provas”, em relação aos pedidos de colaboração internacional para as investigações da empreiteira Odebrecht pela Lava Jato, o ex-procurador federal Deltan Dallagnol apresentou esclarecimentos na rede social X (ex-Twitter).

“O pedido de cooperação foi feito pelo Ministério Público Federal em 16 de maio de 2016, enquanto que o acordo de leniência da Odebrecht foi celebrado depois, em 1º de dezembro de 2016, ou seja, sete meses depois do pedido, diferente do que disse a jornalista. Veja com seus próprios olhos nos prints abaixo dos documentos”, postou Dallagnol, exibindo as datas de cada documento.

CONFUSÃO DE DATAS – Acrescentou que “a jornalista confunde a data em que foi feito o pedido de cooperação pelo MPF (maio de 2016) com a data em que as autoridades suíças responderam ao pedido de cooperação com o envio das provas (em outubro de 2017)”.

Como todos os documentos que constam nos processos estão datados, não há como haver discordância a respeito.

Além disso, destacou que “a própria Odebrecht, com base no acordo firmado, entregou voluntariamente as provas, o que obviamente não depende de cooperação internacional. Qualquer pessoa pode pegar seus próprios documentos que estão em outro lugar qualquer, do país ou do mundo, e entregar às autoridades”.

FALHA DA JORNALISTA – O coordenador da força-tarefa da Lava Jato afirmou também que, com base nessa confusão generalizada com as datas, a jornalista diz que há suspeita de tentativa de “esquentar” as provas, ignorando documentos e fatos.

“Além disso, a jornalista confunde o acordo com a Odebrecht (que não depende de cooperação) com a vinda das provas que estavam apreendidas na Suíça (que vieram por meio de cooperação)”, destacou, assinalando:

“A verdade é que está difícil de explicar a lambança do Ministério da Justiça de Flavio Dino e, mais ainda, de explicar a decisão esdrúxula de Toffoli, que teve péssima repercussão em todos os setores sérios do país. É muito contorcionismo, que fica mais feio quando não se apuram corretamente os fatos ou não se sabe do que se fala”.

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P.S.
A informação foi passada à Tribuna por Delcio Lima e ajuda a esclarecer essa confusão de data que armaram para desmoralizar a Lava Jato. Por falar em armação, e o doleiro Tacla Duran, hein? Quando voltará ao Brasil para apresentar as tais “provas” que há anos alega ter contra Sérgio Moro? É com base nessas supostas “provas” que o grande malandro leva uma vida de bacana na Espanha, sustentado pelas empresas envolvidas em corrupção que sonham (?) destruir a Lava Jato. (C.N.)

15 thoughts on “Dallagnol apresenta documentos sobre pedidos de colaboração na Lava Jatodico

  1. Como disse, nem precisam de um empurrão.

    Têm ido com tanta fome ao pote que acabaráo o quebrando com suas pérolas servindo de ração, pros porcos.

    …………..

    “Não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem suas pérolas aos porcos; caso contrário, estes as pisarão e, aqueles, voltando-se contra vocês, os despedaçarão”.

    Mateus 7:6

    ………..

    Creio que já está passando da hora de encerrarem esta brincadeira de mocinhos e bandidos e de lualismo de mel e começarem a gerir o Estado, ainda que já muito tardiamente.

  2. É muito esculhambação. O ex-futuro Ministro do STF, veio cheio de gracinhas zombando de todo mundo com seu jeito asqueroso, hipócrita e cínico de ser.

    Entretanto tem mostrado falhas absolutamente amadoras. Com relação ao que ainda mente discaradamente. É vexaminoso perder imagens de câmeras e não ter um arquivo organizado. Ou será uma incompetência Programada?

    Esta infantilidade mentirosa é coisa de Ministro?

    “O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), rebateu nesta quarta-feira (13) o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e afirmou que a Operação Lava Jato usou provas obtidas contra a Odebrecht antes da assinatura do acordo de cooperação do Brasil com a Suíça”.

    https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2023/09/13/interna_politica,1561179/flavio-dino-rebate-moro-e-diz-que-toffoli-deve-decidir-sobre-odebrecht.shtml

    Estamos sem Governo. É uma mininada brincando de agentes estatais. No caso específico do primeiro ministro é o “esconde-esconde”.

    Essa bagaça bagunçada não vai dar certo.

  3. “O pedido de cooperação foi feito pelo Ministério Público Federal em 16 de maio de 2016,”

    E esse canal é o correto?

    Ora, os documentos solicitados não vieram diretamente da Suiça. Vieram para a Odebrecht que ficou com os mesmos quase um ano após o acordo de leniência e só então, os entregou à justiça brasileira.

    Ora, quem ler no documento do departamento de justiça americana, no item 74 pode chegar a conclusões próprias que vão de encontro às alegações de Dallagnol:

    “74. Fmthermore, in or about January 2016, after Lavo Jato and the investigations by United States and Swiss authorities were well-known to ODEBRECHT; employees and/or agents of ODEBRECHT intentionally caused the destruction ofphys.ical encryption keys needed to access the MyWebDay system, which contained evidence relating to the bribery scheme. As a result ofthese actions, significant evidence from the MyWebDay system was rendered inaccessible.”

    Então, muito antes do tal pedido de cooperação, já havia investigação internacional.. O pedido de maio de 2016 pelo MPF foi só para tentar dar uma formalidade.

    Será que foi por isso que o arquivo MyWebDay não pode ser remetido diretamente da Suiça? Será que foi mantido intacto na sede da Odebrecht ?

    Qualquer jornalista tem o dever de investigar as coisas, não acreditar na parte envolvida, mas isso não é muito comum hoje em dia. Já postei por aqui uma reportagem investigativa muito bem feita, mas parece ser perda de tempo, afinal, cada vez mais é demonstrado aquilo que um filósofo colocou: as convicções são mais prejudiciais à verdade que as mentiras.

      • Caro claudio, leu os laudos?

        Na pg 14, por exemplo há datas imediatamente anteriores a criação dos arquivos de imagem e, mais importante, indica a conexão com portas USB, sem que houvesse o bloqueio de escrita sobre as mídias. Também foram encontradas datas posteriores em arquivos, em comparação com a data de recebimento do material pelo MPF.

        Portanto o laudo não garante a integridade de tais arquivos.

        • Enfim, mais adiante, foram encontradas várias divergências pelos peritos da PF.

          “A admissão consta de uma conversa, gravada no dia 30 de setembro de 2019, entre peritos da PF e Cláudio Wagner, indicado pela defesa de Lula para apresentar um laudo complementar ao parecer técnico da PF.

          Segundo Roberto Brunori Junior, perito criminal da PF, ao contrário do que o MP afirmou, os arquivos foram colhidos com a Odebrecht, e não extraídos diretamente dos servidores na Suíça.

          “Agora só um parêntese aqui, já que está gravando, um parêntese, de cabeça, lembrando, não é certeza, a Odebrecht recebeu [os documentos] da autoridade suíça e ela abriu isso, e mexeu nisso, durante muito tempo ficou com isso lá”, afirma.

          Ainda segundo ele, ficou comprovada a existência de arquivos “gerados pela Odebrecht” que possuem “datas posteriores às apreensões” do material.

          Aldemar Maia Neto, outro perito da PF, afirma não se importar com a origem dos arquivos. “Pra gente isso é indiferente. Pra gente o que interessa é o que a gente recebeu. O que a gente recebeu tá constando no laudo. O que foi colocado ali.””

  4. E não foi devido à falta de formalização da cooperação internacional que Levandowski e depois ratificada pela segunda turma do STF que as provas, baseadas nos tais documentos entregues pela Odebrecht, foram anuladas.

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