Toffoli acreditou em Tacla Duran e perdeu a credibilidade como ministro do Supremo

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Tacla Duran é pago para difamar a força-tarefa da Lava Jato

Carlos Newton

O tempo passa, o tempo voa e os ministros do Supremo — ativos e inativos — permanecem num constrangedor silêncio sobre a tresloucada decisão de Dias Toffoli, que de repente decidiu anular a chamada “delação do fim do mundo”, a maior que já foi homologada no Direito Universal, com depoimentos de dirigentes e 78 executivos da empreiteira Odebrecht.

A essa altura, está óbvio que foi celebrado um pacto entre os ministros — ativos e inativos, repita-se —, para que nenhum deles comente a desesperada atitude de Dias Tofolli, cujo objetivo era a missão impossível de “inocentar” Lula dos crimes pelos quais foi condenado, com abundância de provas e sempre por unanimidade.

MANOBRAS ARRISCADAS  – Impedir prisão após segunda instância, impondo um retrocesso jurídico medieval, que não existe em nenhum outro país da ONU, e depois “descondenar” Lula, alegando erro de endereço da vara de primeira instância, essas duas manobras foram desavergonhadas, realmente humilhantes para qualquer Suprema Corte. Tiveram de ser seguidas pela decisão bizarra que declarou a suposta “parcialidade” do então juiz Sérgio Moro, embora todas as sentenças dele tivessem sido confirmadas por unanimidade na segunda e terceira instâncias.

Não parou por aí a trama para inocentar Lula, que seguiu por etapas. Em seguida, consideraram válidas as pretensas provas de conluio da força-tarefa, obtidas ilegalmente por hackers e que sequer foram periciadas para garantir autenticidade.

Em cima disso, Lewandowski usou a alegação do doleiro Tacla Duran de que as provas do exterior foram enviadas irregularmente à Lava Jato e transportadas até dentro de sacola de mercado.

CONVERSA FIADA – Não havia provas de nada. Era tudo conversa fiada. Mesmo assim, às vésperas de se aposentar, Ricardo Lewandowski começou a anular condenações, discretamente, uma de cada vez.

Quando substituiu o ministro, Toffoli ficou encantado com essa manobra e viajou na maionese. Ora, por que não anular logo tudo e inocentar Lula? E logo se meteu a redigir as 135 laudas mais capciosas da História do Supremo.

O grande erro é que Lewandowski e Toffoli acreditaram nas afirmações do doleiro Tacla Duran, foragido do país, que conseguiu até uma estranha declaração do Ministério da Justiça, que agora veio a ser desmentida, garantindo a legalidade da cooperação internacional da Lava Jato. Além disso, também não há provas de documentos transportados em sacolas de superado. Para variar, Tacla Duran estava mentindo.

TUDO POR DINHEIRO – É incrível como os ministros do Supremo puderam confiar nesse doleiro, que vive às custas de propinas das empreiteiras, prometendo-lhes que vai destruir Sérgio Moro e a Lava Jato, para que as empresas fiquem livres de pagar os quase R$ 20 bilhões que ainda faltam?

Duran é aquele espertalhão que iludiu o juiz petista Eduardo Appio, prometendo vir ao Brasil acusar Moro. Mas ele não virá nunca, porque as provas que  diz ter foram grotescamente fraudadas, ele não pode apresentá-las, caso contrário responderá por outros crimes e sua pena aumentará.

Conforme já comentamos aqui na Tribuna, o trêfego Dias Toffoli pensou(?) que iria destruir o que resta da Lava Jato, mas o resultado pode ser justamente contrário, pois está dando motivos para que seja remontada a força-tarefa contra a corrupção .

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P.S. –
Praticamente tudo isso já era sabido, nada de novo no front ocidental. A única novidade é o constrangedor silêncio dos ministros do Supremo. Fizeram muitas coisas erradas, agora não sabem como consertar. Deviam perguntar a Lewandowski e a Toffoli, talvez tenham alguma sugestão para eles. (C.N.)

22 thoughts on “Toffoli acreditou em Tacla Duran e perdeu a credibilidade como ministro do Supremo

  1. Será que fazem tudo isso em benefício de Loola de graça?
    Desde os tempos bíblicos que não mourejam nessa terra de Santa Cruz tão bons samaritanos.
    Ou seriam os tais Fariseus do Templo, os sepulcros caiados?
    Quando se fizer justiça, mesmo que não seja a dos Mulás, quando esse Rolex do peculato for devidamente sacramentado eu vou usar onze caminhões de razões para dizer que fico numa duvida cruel.
    Hehehe.
    ridendo castiga mores.

  2. No meu Face
    James Pimenta
    14 de setembro de 2016 ·
    Compartilhado com Público
    Pensando bem ali no STF não se vislumbra a tal fumaça do bom direito, só consigo enxergar fumaça do bom esquerdo.

  3. Bem, essa de que ministros acreditaram em Tacla Duran é algo que desconheço.

    O DRCI só recebeu os tais documentos em 02.10.17. O acordo de leniência entre o MPF e a Odebrecht se deu em 2016, portanto antes de ocorrer a efetiva colaboração internacional por meios oficiais, conforme determina a lei. .

    Segundo o departamento de justiça dos EUA, através do uso da lei “The Foreign Corrupt Practices Act”, os arquivos chamados de Drousys e MyWebDay estavam em dois computadores. O primeiro arquivo continha as comunicações entre operadores, codinomes, emails, senhas.
    O segundo arquivo continha evidências das solicitações, planilhas de pagamentos e rastreio dos valores pagos através desse sistema

    Em janeiro de 2016, as chaves físicas de criptografia do segundo arquivo (MyWebDay), que seriam as provas comprobatórias dos efetivos pagamentos de propina, foram destruídas impossibilitando o acesso às evidências.

    Os arquivos aqui chegados em 2017, em pendrive, eram cópia do primeiro arquivo e, parece, alguns fragmentos do segundo . E foram transportados indevidamente, sem um controle efetivo de integridade, pois os pendrives eram plugados e desplugados em qualquer computador. Foi esse o motivo que em primeiro lugar, Lewandovski e após Toffoli, anularam tais provas, por as julgarem imprestáveis e por consequência, Toffoli anulou o acordo de leniência homologado por Moro..

    Cada um, conforme sua opinião e convicções, achará que o STF agiu corretamente ou não, nesse caso.

    Quanto às anulações de atos decisórios e de nulidade de processos por erros e suspeição do juiz de primeira instância, já coloquei aqui várias vezes o que penso.

  4. Na minha opinião, as demais instâncias, dependem, entre outras coisas, também da decisão da primeira instância, é nela que se dá rumo ao processo, se começar errada vai errada até o fim, como diz o ditado: pau que nascer torto, morre torto, assim como a inicial de um processo, é o documento mais importante.

    Eu achava que Moro e Deltan eram santos, mas o tempo vem indicando que não.

    O maior favorecido pela prisão de Lula foi Bolsonaro.
    Moro, foi convidado para ser ministro da justiça e futuramente indicado para o STF. Coincidência? Demitiu-se e entrou de cabeça na campanha de Bolsonaro.
    Sérgio Moro, naquele momento era um herói contra a corrupção e foi um dos responsáveis pela vitória de Bolsonaro.
    Depois da briga de Moro e Bolsonaro, veio as eleições de 2018. Moro, depois de ser humilhado por Bolsonaro, assessorou Bolsonaro nos debates, candidatou-se à senador e foi eleito na onda bolsonarista.

    O resultado das investigações na 13ª vara de Curitiba e no TRF 4 vai mostrar a verdade.
    Embora as escutas ilegais não servem para fazer parte do processo, mas mostrou a promiscuidade entre juiz e procuradores.

    • Nem para isso as escutas ilegais serviram. Acha mesmo que determinados trechos não foram inventados? Ninguem pode provar a autenticidade e a Polícia Federal divulgou um laudo sobre isso. Tecnicamente falando, foi um trabalho de uma grande equipe e não de dois ou 3 gatos pingados. Teve um planejamento muito bem feito sem contar com belo aparato financeiro por trás. Porque não divulgam trechos de outros políticos, juizes e empresários? Várias personalidades públicas tiveram seus dados hackeados tb.

  5. Desde ontem circula na internet vídeo do Luladrão roubando canetas afinal da cúpula do G20 é constrangedor o modus operand com a mulher ajudando a esconder as peças. Pelo amor de Deus e pior os generais melancias batem continência pra um ladrão vulgar como esse. E a pocilga precisa de que mais provas para concluir que estamos diante de cleptomaníaca. Ah país vagabundo.

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