General Augusto Heleno precisa ser ouvido e responsabilizado pela arapongagem

Charge do Aroeira | Metrópoles

Charge do Aroeira (Brasil247)

Roberto Nascimento

A quem o diretor-geral da ABIN, delegado federal Alexandre Ramagem, era subordinado? Seu chefe imediato, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, era o general Augusto Heleno ou o vereador Carlos Bolsonaro, filho 02 do então presidente da República?

A paranóia referente a uma suposta conspiração contra o governo Bolsonaro ocorreu desde a posse até o final da gestão. Até aliados do próprio governo na Câmara e no Senado foram monitorados pela Abin institucional ou pela paralela.

ATÉ CIRO NOGUEIRA – Parece brincadeira, mas até o ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, Ciro Nogueira, foi monitorado, assim como Gustavo Bebiano, secretário-geral da Presidência, e o general Santos Cruz, secretário de Governo. Os dois foram demitidos, sem dó nem piedade, após o presidente receber relatórios paralelos.

A dúvida é, se eram confiáveis esses relatórios. Se foram feitos pela Abin ou se tratava de fake news colhidas pelo grupo palaciano liderado por Carlos Bolsonaro. Os bisbilhoteiros costumam levar ao soberano apenas aquilo que interessa a eles.

O próprio Bolsonaro, naquela reveladora reunião ministerial de 22 de abril de 2020, admitiu que montara um serviço particular de informações “que funcionava”. Se o então presidente fez essa afirmação naquela época, como poderá se desdizer quando começam a aparecer provas materiais? Fica difícil.

ARAPONGAGEM – A República, de 2019 até 2022 foi um festival de fakes news e de arapongagem. O general Augusto Heleno, do GSI, a quem a Abin estava subordinada, deve ser chamado para depor. É impossível que ele nada saiba sobre essa bagunça generalizada.

O problema é que os arapongas, incrustados nas Agências de Informações, hipoteticamente têm que respeitar a Constituição e as leis, simples assim. Ninguém está acima da Lei. Todos são iguais perante o arcabouço legal.

Quanto aos excessos cometidos por arapongas da CIA, da KGB, do Mossad e de todos outros órgãos, trata-se de problemas de seus respectivos países e não podem servir de justificativa.

PAGAR PELOS CRIMES – Se as investigações em curso comprovarem que os dirigentes da Abin agiram fora da curva, terão que pagar pelos seus crimes. Quanto aos servidores subalternos, não devem ser incriminados, pois apenas obedeciam a ordens;

Caso os envolvidos não sejam punidos, uma porta se abrirá para qualquer governo agir do mesmo modo.

E ficou uma dúvida. Será que Arthur Lira e Rodrigo Pacheco também foram monitorados pela Abin paralela? O programa FirstMile, de espionagem israelense, teria funcionado também para os presidentes da Câmara e do Senado? Logo saberemos.

13 thoughts on “General Augusto Heleno precisa ser ouvido e responsabilizado pela arapongagem

    • Acompanhem os “andamentos”, que aqui foram simplesmente repetidos numa VERGONHOSA SUBVERSÃO, à ser esclarecida e PUNIDA, à baixesa!

  1. Voltei ao assunto, porque essa novela latinoamérica, tem enredo para dois dias de desfile na Sapucaí.
    Trata-se de um cipoal de arapongagem generalizada. Tenho até dúvidas, se não fui monitorado também. Os arapongas adoram ouvir conversinhas privadas, picantes e eróticas da série:
    “A vida como ela é”. Vale a pena ver de novo, o sucesso de Nelson Rodrigues.

    • Dois espiões da ABIN foram demitidos, após Inquérito Administrativo, que comprovaram suas condutas ilícitas. Quais?
      Vendiam informações sigilosas para terceira pessoa.
      Por vingança, delataram a arapongagem de chefes e de alguns membros da cúpula da Agência. Esse foi o fio da meada, que originou as atuais investigações.

      Há um receio generalizado no meio empresarial, nas empresas privadas, com a possibilidade de venda de informações secretas serem repassadas para concorrentes internos e externos. Já fizeram chegar ao atual governo, o pânico com as revelações, que estão chegando na mídia, sobre o descontrole sobre as atividades dos arapongas.

      Lembro, que no regime militar, uma varredura descobriu uma escuta telefônica no gabinete presidencial, do general João Figueiredo.

  2. O presidente Lula, estava demorando a demitir o bolsonarista Alexandre Moretti, delegado federal e número dois da ABIN. Esse delegado trabalhou com o ex ministro da Justiça, do governo do capitão, o delegado federal, Anderson Torres, envolvido até a raiz dos cabelos, na tentativa de golpe de Estado, do oito de janeiro.
    Foi encontrado na casa de Anderson Torres, uma Minuta de Golpe. Cópia dessa minuta, também foi encontrada com o tenente Coronel Mauro Cid, ajudante de Ordens do ex- presidente.

    Lula está trazendo uma crise do governo anterior, para dentro do seu governo.

    É preciso agir rápido, para estancar a crise. Nas redes sociais, as fakenews já estão bombando, ao imputarem a atual gestão da ABIN, como responsável pela arapongagem e isentando Bolsonaro de culpa, alardeando perseguição contra ele e a família.

    As narrativas fake, vieram para ficar e agora com um fato novo para reforçar as mentiras e destruir reputações, me refiro a IA ( Inteligência Artificial). Tempos obscuros e difíceis.

  3. O número dois da Agência Brasileira de Informações ( ABIN), Alexandro Moretti, foi demitido do cargo, agora a noite.

    Também teve mudanças, na direção de sete Departamentos da Agência de Arapongagem.

    Não tenho nenhuma esperança, de que essa mini reestruturação, tenha o condão de evitar o vazamento de relatórios e Arapongagem, porque as pessoas mal intencionadas e agindo com fins políticos de fora( jabutis) e de dentro, estarão lá, sob o manto do anonimato, agindo nas sombras.
    O cidadão brasileiro, está refém disso tudo. Não tem como saber, se está sendo monitorado ou não. Lógico, se nem os presidentes da Câmara e do Senado escaparam, imaginem os outros.

    Bem, o Diretor Geral da ABIN, Luiz Fernando Correia, o número um, é o responsável pelos desmandos de seus subordinados, neste ano de 2023.
    Deveria pedir demissão, porque foi de sua responsabilidade, a nomeação de seu número dois. Assumiu a ABIN de porteira fechada, com poderes totais para nomear a sua equipe.

    A mudança tem que ser ampla. Mas, a saída agora de Moretti, aplaca a crise, que já estava chegando ao Planalto. A água, estava batendo no pescoço.

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