Processo conspiratório de Bolsonaro começou em reunião nos Estados Unidos

Steve Bannon e aliados de Donald Trump comemoram | Internacional

Eduardo Bolsonaro ficou próximo a Bannon nos EUA

Janio de Freitas
Poder360

As 135 páginas em que o ministro do STF Alexandre de Moraes fundamentou os maiores avanços da Polícia Federal, em 8 de fevereiro de 2024, mudaram a percepção predominante da conspiração chefiada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De deduções suscitadas pelos fatos, passou-se diretamente aos fatos e personagens deles, em encadeamento distante das respostas finais. Uma questão ainda de pé – qual foi o início da trama golpista? – pode trazer duas respostas mais.

NOVA DIREITA – Mesmo que a ideia de um poder bolsonarista-militar seja mais antiga, incrementada ainda pelo general Villas Bôas no governo de Michel Temer, (MDB), o ponto de partida do processo conspiratório se deu no encontro dos Bolsonaros com Steve Bannon.

Olavo de Carvalho, dado então como “guru da direita”, organizou um jantar em sua casa norte-americana para a inclusão do novo presidente brasileiro no círculo do ideólogo da nova direita. As credenciais de Bannon eram seu papel de marqueteiro de Donald Trump candidato e de planejador dos desatinos do já presidente para forjar uma liderança extremada.

Desde o encontro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ficou em contato constante com Bannon, um tipo levemente cafajeste e muito arrogante. Não bastando as comunicações eletrônicas, e é provável que por mais segurança, o filho 03 fez várias viagens aos Estados Unidos. E o pai chegou a cogitar a nomeação dele como embaixador lá.

AÇÕES PARALELAS – Os processos no modelo Bannon para as tentativas de golpes de Trump e Bolsonaro não foram simultâneos – no entanto, foram paralelos. Atração dos exaltados, propaganda de alegada restauração patriótica (“América primeiro”/”O Brasil acima de tudo”) e o mesmo argumento central: a fraude eleitoral. Lá, por trapaça na contagem. Aqui, por trapaça na urna eletrônica.

O modelo Bannon de conquista do poder não se abala na eventualidade de insucesso eleitoral. A alternativa está prevista: a provocação aos militares, por meio de um assalto de massa popular à mais simbólica instituição para os norte-americanos, o Congresso. A partir daí, caberia aos políticos usar os generais para anular o resultado eleitoral.

O golpismo brasileiro substituiu o Congresso pelos Três Poderes. O assalto ao Capitólio se deu em 6 de janeiro de 2021. O assalto aos Três Poderes foi em 8 de janeiro de 2023. Lá, com Trump nos últimos dias do mandato e querendo impedir a posse de Joe Biden. Aqui, com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já empossado e Jair Bolsonaro, na Flórida, pretendendo derrubá-lo e tomar a Presidência.

MILITARES DE FORA – O golpe no modelo de Bannon não inclui os militares. Deixa-os como arremate eventual. E foi no arremate que os golpes de Trump e Bolsonaro fracassaram. Os invasores em Washington foram expulsos pela polícia sem ver um só militar.

O general Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto, preparara-se para qualquer tentativa de Trump e proibiu todo movimento de tropa. Diz Bolsonaro: “Nem um soldado saiu do quartel”.

Não cita os dois motivos concomitantes. Em um, o presidente Lula não acionou a GLO (Garantia da Lei e da Ordem), com que Bolsonaro e seus golpistas contavam para a intervenção militar –o golpe. No outro, o então ministro da Justiça e seu imediato, Flávio Dino e Ricardo Cappelli, recuperaram parte da Polícia Militar para expulsar os invasores que esperavam pelos militares.

11 thoughts on “Processo conspiratório de Bolsonaro começou em reunião nos Estados Unidos

    • Abrólhos! Texas, o reduto do “Senhor dos Eventos”!

      “Boletim de 30/1/2024: (1) É possível uma guerra civil entre o Texas e a Casa Branca? (2) Todo este processo sobre como chegamos a esta bagunça se parece muito com o insidioso Plano das Seis Etapas para a Mudança de Atitudes. (3) O ministro das Finanças de Israel propôe que o governo declare uma faixa de 600-700 metros de largura ao longo das fronteiras como uma zona de morte. (4) A política externa ineficaz do governo Biden encoraja mais ataques contra as tropas americanas. Novo em 17/2!”
      https://www.facebook.com/share/nP3TACgBDY4vctMg/?mibextid=oFDknk

  1. Os fatos narrados pelo jornalista Jânio de Freitas, aconteceram conforme descritos.
    A tentativa de Golpe de Bolsonaro em 08 de janeiro 2023 foi uma cópia da tentativa de Golpe no dia seis de janeiro de 2021, com a invasão do Capitólio. Nesta invasão planejada por Trump, redundou em cinco mortes.

    Steven Bannon participou da trama para eleger Trump. Esse vigarista era CEO da Alianz, empresa de tecnologia de massas, especialistas em fakenews e manipulação de estatísticas nas Redes Sociais.
    Inventaram mentiras contra a candidata dos Democratas, Hilary Clinton.
    O vigarista, entrou no governo Trump, para ganhar dinheiro, vendendo seus serviços. Criou tantos problemas, até que Trump botou ele para fora.

    Arrecadou dinheiro, enganando os investidores, foi julgado e preso.

    Bannon ajudou o clã Bolsonaro, a vencer as eleições em 2018. O pai tentou nomear o filho ,03, embaixador do Brasil nos EUA. Foi demais. Eduardo não sabia falar inglês, primeira condicionante para o cargo de embaixador e depois faltava e lhe falta ainda, qualificações inerentes ao cargo. De diplomata, o indicado não tem nada. As críticas foram tão contundentes, que o Mito desistiu da nomeação.

    Outro erro, foi a indicação do Chanceler negacionista. Fez tanta bobagem, que até Bolsonaro, que sabe pouco de tudo, demitiu o cara, fã e seguidor de Olavo de Carvalho.

    Steav continuou na assessoria da tomada do Poder. Mas, como o arsenal do falso golpista é fraco, indicou as mesmas ações, que geraram no fracasso de Trump: invasão do Congresso. Aqui tentaram um plus a mais, somando a invasão do Planalto e do STF.
    Deu tudo errado.

    Trump está tentando retornar. Já está usando fakenews contra Joe Biden. O homem não se emenda. Se ganhar vai botar fogo na América. Esse homem é o anticristo, o demônio em pessoa. Já estou com pena dos americanos. Com Trump, o início da queda do Império Americano, se tornará uma realidade.

    O Brasil precisa agarrar a oportunidade, de se tornar uma potência regional. Para isso, precisa acabar com a polarização, que não leva a nada e do prejudica o Brasil.

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