Paulo Peres
Poemas & Canções
Formado em Letras (Português e Literatura), artista gráfico, músico e poeta carioca João de Abreu Borges (1951-2019) versificou seu “Antipanteísmo”, inconformado com a crença de que Deus e todo o universo são uma única e mesma coisa e que Deus não existe como um espírito separado.
Poetas que escreveram sobre a natureza foram com frequência adeptos do panteísmo. Um bom exemplo desta crença está em alguns poemas de Fernando Pessoa. O panteísmo ensina que Deus é todo o universo, a mente humana, as estações e todas as coisas e ideias que existem. A palavra panteísmo vem de dois termos gregos que significam tudo e Deus.
ANTIPANTEÍSMO
João de Abreu
Acho que chega, meu Deus,
De tantos ateus,
De tantos emigrantes
De suas próprias almas
Sem viver o que
aqui e agora
É só o que morreram
no passado
Ou quase no futuro
Não haverão mais de existir
Acho que chega, meu Deus,
Deixe-me sozinho,
Então,
Com meu corpo estranho
Que um dia irá partir
E eu nem tenho o direito
De saber
Para onde vão tantos sonhos
Tantos caminhos…
1) Meu querido e falecido amigo Abreu !
2) Ele continua vivo em outra dimensão da Vida.
Como dizia Bakunin: as pessoas vão à igreja pelos mesmos motivos que vão a taverna: para estupefazerem-se, para esquecerem-se de sua miséria, para imaginarem-se, de algum modo, livres e felizes.
“Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ele ordena a todas as pessoas, em todos os lugares, que se arrependam” – Atos dos Apóstolos 17. 30
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” – Evangelho segundo João 3.16
“Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para desfazer as obras do diabo”