Pedro do Coutto
É atribuída a Pedro Malan, que ocupou a pasta da Fazenda no governo FHC, uma frase ao mesmo tempo irônica, mas bastante capaz de traduzir o que se passa na economia e nas finanças do país: “No Brasil, até o passado é imprevisível”. De fato, analisando-se o conteúdo da afirmação, verifica-se que decisões administrativas e judiciais tornam o passado cada vez mais presente.
Agora mesmo, as empresas que firmaram delação premiada com o governo – são muitas, inclusive do porte da Odebrecht – possam renegociar os acordos estabelecidos com o poder público, de acordo com decisão do ministro André Mendonça.
RENEGOCIAÇÃO – A soma contida em possíveis acordos de renegociação é muito alta. Mas as devedoras têm a oportunidade de propor novas condições de pagamento e até mesmo de reabilitação no contexto econômico.
Recentemente, o ministro Dias Toffoli suspendeu o pagamento de multas de R$ 8,5 bilhões impostas à Companhia Novonor S.A. – novo nome da Odebrecht – que havia sido determinado em um acordo de leniência firmado com o Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Lava Jato.
INFORMAÇÕES – Uma das bases para a suspensão do pagamento e a reavaliação do acordo são as informações obtidas a partir da Operação Spoofing, que investigou o hackeamento de aplicativos de mensagens de juízes e procuradores da Lava Jato.
O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, recorreu da decisão do ministro Dias Toffoli. A decisão foi assinada em dezembro por Toffoli, e também garantiu o acesso a todo o material apreendido pela polícia naquela ação.
O importante é considerar que os acordos das divisões englobam grandes empresas. Portanto, estamos diante de um problema que é o recuo no tempo e as decisões prolatadas no passado que se tornam, assim, imprevisíveis ou pelo menos de baixa previsão.
O ministro André Mendonça está de parabéns. Chamou as empresas que fizeram acordo de leniência com o MP e a AGU e perguntou.? Vocês sofreram coação? Constrangidas, disseram que não. Como desmentir o ministro, que participou das negociações, quando ele era ministro da AGU?
Então deu 60 dias para as empresas negociarem as as dívidas. Findo o prazo, se não houver acordo, vai levar a demanda para o plenário.
Decisão acertada.
Sr. Pedro;
Quem criou esta frase foi o Senador Roberto de Oliveira Campos.
” O passado da Rússia é imprevisível”
Ele via com ironia Stalin em 1953 passar de herói para carrasco e em 1989 o Comunismo passar de solução da pobreza mundial para experiência fracassada.
Mestre Pedro do Couto, o nosso presente é uma tragédia anunciada e previsível em relação as manobras corporativistas da Câmara e do Senado.
A última do coronel do sertão de Alagoas, Arthur Lira: está articulando uma Proposta de Emenda Constitucional, para submeter as decisões judiciais de Prisão e Busca e Apreensão, ao crivo da Mesa da Câmara e do Senado, que envolvam deputados federais e senadores. Um absurdo essa articulação corporativista de Arthur Lira. Se passar, estará sendo criada uma casta de privilegiados no Brasil.
Só os bandidos da periferia podem ser presos a qualquer hora do dia, os bandidos eleitos pelo povo, ficam protegidos pela classe monárquica da Câmara. Isso é uma vergonha inominável.
Arthur Lira cópia a mesma medida, que Beijamim Netaniyau te tou passar no Congresso de Israel. O povo judeu saiu às ruas e lotou a capital Telaviv em protesto contra aquele absurdo.
Proponho, que o povo brasileiro saia às ruas para protestar contra essa proteção contra bandidos deputados federais. Ora, se o investigado não tenha culpa no cartório, que se defenda como todo cidadão brasileiro. Se esse monstrengo legislativo passar, teremos no Brasil dois tipos de cidadão. Aqueles, que se submetem aos ditames da Lei e outros, deputados e senadores, figuras tais, imunes às penas da Lei.
Se Lira conseguir essa façanha corporativista, todos os advogados do Brasil, poderão pleitear o mesmo direito. Por exemplo, nenhum advogado poderia sofrer busca e apreensão ou mesmo preso, sem a aprovação do Conselho da Ordem dos Advogados. Todas as classes iriam entrar no Supremo.
Fiquei sabendo, que as Centrais Sindicais, também querem essa mamata, em relação aos trabalhadores sindicalizados.
Arthur Lira e os deputados do Centrão estão querendo bagunçar o Brasil. São disseminadores de uma guerra civil.
São brasileiros, que não pensam na nação, do pensam nos interesses paroquiais deles.
O povo está de olho em você, senhor Arthur Lira. Quando pedir votos para o Senado em Alagoas em 2026, será cobrado por isso. É melhor desistir de proteger os parlamentares, que cometem ilícitos.
Que vergonha, começo a ter do Legislativo. Não estão a altura da grandeza do Brasil.