A dúvida é saber quem era o verdadeiro líder do golpe
Carlos Newton
São impressionantes as boçalidades que a imprensa e as redes sociais divulgam. Por exemplo, atribuir a Jair Bolsonaro a liderança dessa tentativa de golpe seria uma Piada do Século. É óbvio em que 2018 ele foi eleito presidente com apoio massivo dos militares e das chamadas forças auxiliares.
O principal motivo dessa adesão, dentro do projeto esboçado pelo general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército, foi a necessidade de pôr fim aos sucessivos e fracassados governos do PT, pois à época a liderança de Bolsonaro era mínima, como deputado de baixo clero, como ele próprio se define.
Assim, em 2018, Bolsonaro foi a apenas um instrumento, mas ganhou forte embalo político e realmente passou a liderar os civis antipetistas – ou antilulistas, o que vem a ser a mesmíssima coisa.
APOIO MILITAR – É engano julgar que as Forças Armadas se tornaram bolsonaristas. Na verdade, aproveitaram a ocasião e desfrutaram do governo dele, que contratou cerca de seis mil militares para exercerem funções civis, algo jamais visto, nem mesmo no regime militar de 64.
Foi um governo curvado aos militares, que tiveram sua Previdência Social preservada, seus salários foram equiparados aos servidores civis e ganharam uma série de penduricalhos, inclusive uma vultosa gratificação quando se aposentam.
Ora, se as Forças Armadas apoiaram Bolsonaro, é porque tiverem fartos motivos para tal, capazes de serem avaliados monetariamente, sejamos sinceros. Mas é erro afirmar que os militares se tornaram bolsonaristas.
ANTILULISMO – É preciso entender que as Forças Armadas simplesmente preferem aturar Bolsonaro do que suportar Lula da Silva, por tudo o que ele representa, como ex-agente infiltrado pela ditadura no sindicalismo e depois como líder político ignorante, despreparado, pretencioso e corrupto.
O Supremo ilegalmente tirou Lula da cadeia, devolveu-lhe os direitos políticos, mas a grosseira maquiagem jurídica não consegue esconder os múltiplos defeitos que os militares veem em Lula.
Mais de um ano depois, hoje pouco se sabe acerca da tentativa de evitar que Lula voltasse ao poder, e muito poderia ser esclarecido pelo general Freire Gomes, o comandante do Exército que disse não aos golpistas, com apoio quase unânime do Alto Comando.
MENSAGEM DE NATAL – Merece ser lembrada a mensagem dirigida à tropa na véspera de Natal, quando o golpe tentava explodir o caminhão de combustível no aeroporto de Brasília.
“A hierarquia, a disciplina e a coesão não são apenas pilares que sustentam uma instituição de Estado como a nossa. São marcas indeléveis que derivam dos nossos valores mais caros, que precisam ser cultivados todos os dias, da mesma forma que nossos veteranos fizeram antes de nós. Em um ano como o de 2022, esses valores foram, mais uma vez, postos à prova e mostraram para toda a sociedade que o Exército Brasileiro continua forte, disciplinado e unido em prol do nosso Brasil”, disse Freire Gomes.
A essa altura, o comandante já havia dissuadido os oficiais golpistas e firmado a posição do Alto Comando. Mesmo assim, os generais rebelados seguiram em frente.
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P.S.– Quando Freire Gomes retornar na Espanha, é preciso ouvi-lo, para que esclareça o que realmente aconteceu e se Bolsonaro estava mesmo à frente do golpe ou se era um joguete nas mãos dos generais que o cercavam. A meu ver, já afirmei isso aqui várias vezes, não acredito que Bolsonaro fosse transformado em ditador, porque general não bate continência para capitão, conforme Roberto Nascimento destacou em brilhante artigo na Tribuna. Quanto ao general Freire Gomes, nem precisa prestar depoimento, é até mais democrático apenas dar uma entrevista a respeito, para esclarecer as coisas. O Brasil tem o direito de saber a verdade. (C.N.)
Se se dispuser a falar, é possivel que seja suicidado, com uma 9 mm, à exemplo de Urano, Bishop e Jeff ou via comando remoto e aéreo, como Zavascki, Ulysses, Campos e Redecker!
Aguardemos….implosões!
Um comentário que revela todo o rancor que CN sente por Lula e PT, sentimento esse que é partilhado por autodenominados pessoas da elite, os quais se acham em posição superior e que não perdoam àqueles que ousam tentar algo melhor ao povo sofrido. Dizer que os governos do PT foram só sucessivos fracassos é uma síntese do ódio do autor do texto.
Aliás, CN não perde nenhuma oportunidade de criticar Lua, seja em qualquer matéria. Por isso, inunda seu blog com artigos de mídias, mesmo que sejam ridículos e desprovidos de qualquer qualidade ou credibilidade, porém com só há uma exigência: críticas ao governo.
Para ele, isso é liberdade de expressão. Será? Qualquer mídia só pode se considerar imparcial, caso os espaços sejam ocupados igualmente por apoios e críticas. Absolutamente não é o caso do espaço da TI.
Obrigado Vidal, poupou meu tempo, assino embaixo.
Triste constatar que a TI se transformou num puxadinho do bolsonarismo.
José Vidal
Rafael Santos
e José Pereira Filho:
Que bom ler comentários tais. É um sopro vivificante em meio à enxurrada das mentiras e distorções do “pensamento” de extrema-direita que assola esse espaço.
Ninguém precisa concordar com ninguém, contudo, sempre é salutar expressões de convergência ou divergência no nível ora expresso.
Saúdo à todos vocês.
PS. Sinto falta daquele Senhor, pedetista histórico, que abrilhanta essa TI.
Obs. Nos últimos tempos teleguiados BROXAnaristas caíam na pele dele com palavras e expressões de baixo calão.
Hoje a TI está mais “arretada” que nunca.
Bom dia senhor Jose Vidal; sempre leio seus comentários e aprendo com os mesmos.
Hoje porém sinto extremismo em seu comentário, pois se é tudo isso contra o Lula, também o é contra Bolsonaro. Não é tudo isso não; é a liberdade de expressar o que ele vê e sente e neste caso eu concordo plenamente com o senhor CN.
Eu, vou falar pela primeira vez: Eu tenho horror da senhora Gleisi Hoffmann e seus penduricalhos; discordo do PT em muitos pontos.
Eu concordo que quem tem “fome tem pressa” e discordo completamente de não liberar a ‘massa’ ensinando a mesma a ‘pescar’.
Eu concordo que um segmento industrial para crescer forte, necessita de suporte por algum tempo e discordo de fazer destes segmentos, cabides de emprego e por aí vai. Todo mundo “apedreja” quando o governo apoia algum segmento mas, ninguém reclama quando libera completamente de impostos o maior comércio atual no Brasil, que é o “comércio da fé”.
Então; sempre existe bom, não tão bom/mal, mal.
Temos que ter a “Cabeça Fria” para encontrarmos o melhor caminho possível e deixar o tempo fazer também o seu trabalho.
Pois é caro Jose Pereira Filho, também acho algumas lideranças do PT deploráveis, sem compromisso com a realidade. Gleisi Hoffmann é um exemplo.
Mas daí a escrever que os governos do PT foram um fracasso redundante é forçar a barra. A menos que se acredite que a liberalidade da economia seja boa ao povo.
Talvez o imbróglio todo esteja focado nos costumes, na fé, coisas que não levam a nada.
Acredito e já escrevi isso que o povo quer mais é um tipo de fascismo leve. Não quer pautas identitárias ou coisa parecida. A maioria, mesmo muitos que votam em Lula, na verdade são mais conservadores do que liberais nos costumes.
“Foi um governo curvado aos militares, que tiveram sua Previdência Social preservada, seus salários foram equiparados aos servidores civis e ganharam uma série de penduricalhos, inclusive uma vultosa gratificação quando se aposentam.”
Governos de esquerda não gostam de militares, salvo os devotos que aplaudia o Exercito Vermelho criado por Trotsky.
A correção se deu após verificar que os chefes das garages da Câmara e do Senado ganhavam mais Que um Almirante de Esquadra com 40 anos de serviço.
Quanto a continência, posso garantir que qualquer oficial general não se recusa a prestar continência ao Comandante em Chefe das FFAA, mesmo ele tendo a patente de capitão.
O mesmo não se dá na atualidade quando um general melancia presta continência para um ladrão.
Quase todos presidentes americanos foram litares, vejam a lista.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_presidentes_dos_Estados_Unidos_por_hierarquia_militar#:~:text=Somente%20os%20presidentes%20Zachary%20Taylor,%2C%20ent%C3%A3o%2C%20por%20gradua%C3%A7%C3%A3o%20militar.
Hitler na Primeira Guerra Mundial tinha o posto de cabo. hehehe
Parabéns, novamente, por mais um texto bem elaborado, lúcido e extremamente confiável, Sr. C. Newton.
A inveja é um cocô !
Se é que me entende… rsrs…
Credo !
Sigamos em frente, solenemente…
Abraço.
Estimado amigo, esse pessoal lá de cima (quase digo “denegridores” mas se ainda não está, não demora e estará proibido usar), falando mal di nóis, tá doido ou é assim mesmo?!
como líder político ignorante, despreparado, pretencioso e corrupto.
Sr Newton
As pessoas ainda não entenderam o que significa a palavra corrupto.
Precisa desenhar…
eh!eh!eh
; 0 )
Abraços.
Não entendem nem de tempo, nem de multilateral “maré” vermelha!