Carlos Newton
O clima nas Forças Armadas é de irritação com as investigações a cargo do Polícia Federal. Os processos transcorrem em sigilo e os oficiais envolvidos somente terão conhecimento das acusações quando forem denunciados pelo Ministério Público Federal e houver a abertura de processos pelo ministro relator, Alexandre de Moraes.
A tensão entre integrantes da ativa das Forças Armadas e da Polícia Federal voltou a crescer nas últimas semanas. A cúpula militar tem mostrado grande irritação com os desdobramentos da investigação policial que apura a trama golpista arquitetada por Jair Bolsonaro, ex-membros de seu governo e da caserna.
DESMENTIDO – Já surgiu o primeiro desmentido à delação do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, que se envolveu não somente no golpe, mas também em atividades ilícitas criminais, como falsificação de documentos de vacina e compra e venda de relógios, joias e obras de arte presenteadas à Presidência da República.
Sabe-se que o depoimento do general Estevam Theóphilo derrubou vários pontos da delação premiada de Cid, ex-ajudante de ordens do presidente da República.
A cúpula do Exército se irrita e se revolta com essas controvérsias, porque significa que há oficiais mentindo perante a Polícia Federal e a Justiça.
DESMENTIDOS – Mauro Cid denunciou o general Estevam Theóphilo, que ainda estava na ativa, garantindo que ele apoiava abertamente o golpe militar e teria se reunido com Bolsonaro no Alvorada, para combinar como apoiaria o golpe.
O general, que à época era membro do Alto Comando, desmentiu essas afirmações. Disse que jamais apoiou o golpe e explicou que em dezembro de 2022 foi se encontrar com o presidente Bolsonaro no Palácio Alvorada a pedido do então comandante do Exército, general Freire Gomes.
E agora, quem está mentindo O general de quatro estrelas ou o tenente-coronel, que só tem uma? Para o Exército, é uma desmoralização, não há dúvida.
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P.S. 1 – Como se dizia antigamente, o povo quer saber… Afinal, o que disse Freire Gomes, ao depor, quando indagado sobre o encontro do general Estevam Theópholo com o então presidente Jair Bolsonaro? Por que o comandante do Exército mandou um subalterno se encontrar com o presidente da República, num momento tão delicado? Qual foi o motivo dessa estranhíssima ordem?
P.S. 2 – Quanto a Mauro Cid, ele pensa (?) que já escapou da Justiça, protegido por sua delação. Mas acontece que o delator não pode mentir. Se o fizer, a delação vai para o espaço sideral. (C.N.)
Um destrambelhado evento de “Falsas Bandeiras”, recheado de agentes duplos e triplos, mas no final todos assimilarão suas diferenças, pois visando um objetivo comum, qual seja, o avanço da “querida” maré vermelha, AINDA OMISSIVAMENTE não classificada como traição à Pátria!
Bah!
Caxias, se contorce!
Víxe Maria!
Abs.
Eu continuo acreditando que havia infiltrados.
O evento foi realizado por infiltrados, sem sombra de dúvidas!
Em resposta a Renato.
Jamais “apoiei” esta declaração, Renato Galeno. Apenas “publiquei” que bolsonaristas apresentaram essa versão.
O que denunciei, com absoluta exclusividade, foi a participação dos “kid pretos”, que só passou a ser investigada após as revelações da Tribuna.
Peço-lhe a gentileza de parar de inventar histórias a meu respeito.
Atenciosamente,
CN