Carlos Alberto Sardenberg
O Globo
Já aconteceu uma vez. Lula conseguiu derrubar um presidente da Vale, Roger Agnelli, porque ele cometera a ousadia de encomendar navios de grande porte na China. Isso foi em 2011, quando Dilma já estava no Planalto, mas Lula cultivava uma longa bronca com o executivo. Este tocava a Vale — imaginem! — como se fosse uma empresa privada.
Como hoje, Lula queria uma companhia que se alinhasse com os planos do governo. Que comprasse insumos no mercado nacional, mesmo que fossem piores e mais caros, e que partisse para a produção de aço, o que desviaria recursos e energia do negócio principal, a mineração.
COMPRA DE NAVIOS – Tem mais: o governo petista estava empenhado em mais uma tentativa de construir navios no Brasil e contava com a Vale como compradora fiel. E Agnelli adquiriu não um, mas três enormes navios em estaleiros chineses, de capacidade internacionalmente reconhecida.
Se tivesse esperado pela indústria brasileira, a Vale estaria até hoje — desculpem — a ver navios. Na ocasião, Lula e Dilma apelaram para o então presidente do Bradesco, Lázaro Brandão, que indicara Agnelli. E assim caiu o executivo que, em dez anos, transformara a Vale numa multinacional, a segunda mineradora global, multiplicando o lucro por dez.
A Vale estava privatizada desde 1997, mas, como se viu, ainda estava à mercê de ações oportunistas do governo de plantão. Por isso, em 2021, depois de um longo processo, os acionistas transformaram a Vale numa corporation — uma sociedade anônima genuína, sem blocos de controle.
É TUDO ESTATAL – Para Lula, não mudou nada. Ele continua achando que a empresa precisa “estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro”. Não apenas a Vale, mas todas as empresas brasileiras, disse o presidente.
Trata-se de uma barbaridade. As empresas se relacionam com o Estado, não com os governos. O Estado regula a atividade econômica como um todo, não esta ou aquela empresa. Concede licenças, fiscaliza, cobra impostos e royalties.
Governos têm planos partidários, que mudam a cada eleição. Lula queria que a Vale fabricasse aço. Imaginem que a empresa topasse a determinação e investisse pesado nesse negócio. Aí troca o governo, e este decide que o investimento prioritário não é fabricar aço, mas produzir baterias de carros. A empresa teria de se desfazer das usinas e começar tudo de novo.
PAPEL DO GOVERNO – Dirão: então para que serve ser governo, se não manda nada? Manda, sim. O governo pode estimular um setor, concedendo subsídios para a indústria automobilística, mas não pode dizer às montadoras que carros devem produzir. Mais: nem pode obrigar as empresas a tomar os subsídios. Lembram a velha história? Você pode levar o cavalo até a beira do lago, mas não consegue obrigá-lo a beber água.
As ações da Vale estão em queda desde o início do ano. As últimas declarações de Lula prejudicam não apenas a Vale — levando dúvidas sobre sua gestão —, mas geram desconfiança geral. A economia brasileira foi bem no ano passado, mas não nos investimentos.
Se o PIB cresceu 2,9%, o investimento caiu expressivos 3% em relação a 2022, que já não tinha sido um bom ano. O consumo é PIB de hoje. O investimento é de hoje e amanhã.
CONTAS EXAURIDAS – Como o governo está com as contas exauridas, o país necessita de investimento privado. Para isso, o governo deve oferecer um bom ambiente de negócios, de modo que as empresas se sintam confortáveis para aplicar aqui.
Lula passa o recado contrário. A maioria dos acionistas da Vale está no exterior. E todos têm perspectiva desfavorável quando o presidente intervém numa companhia privada e anuncia que todas as empresas aqui instaladas têm de rezar pela sua cartilha.
Sem contar que, com sua habitual desinformação, Lula passou uma série de fake news sobre a Vale. Disse, só em exemplo, que a empresa mais vende ativos do que produz minério. Errado: em 2023, a Vale produziu 321 milhões de toneladas de minério de ferro, quase 10% acima de ano anterior. Vendeu ativo, mas comprou outros. Mas quem se importa com fatos?
Sr. Newton
Descobriram a polvóra……
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Sem contar que, com sua habitual desinformação, Lula passou uma série de fake news sobre a Vale. Disse, só em exemplo, que a empresa mais vende ativos do que produz minério. Errado: em 2023, a Vale produziu 321 milhões de toneladas de minério de ferro, quase 10% acima de ano anterior. Vendeu ativo, mas comprou outros. Mas quem se importa com fatos?
Sr. Newton
Será que o Super-Herói-Vilão Lex Luthor vai dar um corretivo no Ladrão…?
Fake news é crime….
“…Quando não estão roubando estão mentindo, não necessariamente nessa ordem”,
O Lixo é um psicopata megalomaníaco….
O país não se desenvolverá exportando produtos primários e importando produtos industrializados. Um dos erros do Brasil é isentar do ICMS as exportações desse tipo de produto, a lei Kandir de 1996. Coincidentemente, a Vale foi privatizada pouco depois.
Para acabar de arrebentar com a Vale, O ladrão sem dedo está pensando em chamar aquele padre que gosta de fazer coisa com crianças… O LançaLeitte. Disso o padre entende.
Lula, infringe a Lei pois intromete-se indevida e subversivamente no que não lhe compete inserir-se autoritariamente!
Senhor Jose Vidal. Parabéns pela sua resiliência mas, penso que não tem jeito não a não ser ver as riquezas do Brasil escoando pelos dedos.
Depois de construirmos oito navios petroleiros de casco duplo para a CHEVRON no estaleiro Ishibrás no Cajú, a matriz IHI pediu diminuição de ICMS para aumentar as margens e foi negado pelo governo do Marcello Alencar do PSDB. e com isso, o japonês “meteu o pé”.
Os Generais militares presidentes eram todos “entrega pátria” e por isso contabilizem a quantidade de navios feitos para a Doce Nave e Petrobrás, ORE OIL de 130000tdw que levava minério do Brasil e voltava com petróleo, costeando a África já que o Canal de Suez estava fechado.
Navios porta containers frigorificados para a Frota Oceânica, dezenas de navios exportados inclusive para a China até que
“não mais que “de repente” tudo parou, tudo foi desmontado e os metalúrgicos passaram a pilotar motos, bicicletas e Uber’s para sustentar as respectivas famílias em um sistema de “semiescravidão”.
Deus nos Proteja.
PS: Minha esperança são as palavras e os ensinamentos de Jesus o Cristo.
Pois é caro Jose Pereira,
como a letra de uma canção nativista gaúcha diz: ” Não podemos se entregar pros homens “…
Mas a propaganda disseminada de nossa incapacidade é grande.
De repente não podemos construir mais nada, não temos capacidade. O bom mesmo é exportar produtos primários.
Aí, os incautos caem nessa armadilha.
E quando os EUA faz até pior, impedindo empresas de comercializar em com a China, aí, esses que reclamam, ficam bem quietinhos. Patriotas de araque.
Os “incautos”; muita educação e sensibilidade.
Vínhamos crescendo forte quando da primeira crise do petróleo decidiu-se continuar crescendo e investindo na prospecção e extração do petróleo no mar.
A Petrobrás avançava forte e com suas encomendas fazia seu entorno pujante também até que na “matrix” o finado Henry Kissinger declarou: “Os EUA não permitirão um Japão em nosso ‘quintal'”.
A China, a Coreia do Sul eram insipientes no segmento industrial.
Os militares foram “obrigados” a entregar a direção do país aos civis e daí para frente, sabemos perfeitamente o que aconteceu; inclusive com Collor “abrindo as pernas” no segmento de auto peças, navi peças entre outras sandices.
Depois veio o amaldiçoado que aposentado desde antes dos quarenta anos de idade, proclamou que: “aposentados são vagabundos” ou algo parecido.