Carlos Newton
O comentarista Pedro Ricardo Maximino informa que a excelente repórter Ana Claudia Guimarães, que trabalha na coluna de Ancelmo Gois, em O Globo, revelou que o Conselho da Justiça Federal (CJF) decidiu que os juízes federais passam a ter direito a até dez folgas por mês, ou compensação equivalente em dinheiro, por conta de “atividades administrativas ou processuais extraordinárias”. O benefício por dez dias é algo em torno de R$ 11 mil.
Sinceramente, fica evidente que esses “juristas” do serviço público dedicam grande parte de seu período de trabalho para criar novos penduricalhos que possam aumentar seus vencimentos, que estão entre os mais elevados do mundo, embora o Brasil continue no rés do chão em termos de renda per capita e distribuição de renda.
MAUS BRASILEIROS – Esses fabricantes de penduricalhos são maus brasileiros, fazem parte de uma elite nojenta, que está jogando na lata do lixo a imagem da Justiça brasileira. O pior é que esses aditivos salariais por suposto excesso de trabalho surgem num momento em que a Justiça trabalha cada vez menos e está funcionando em regime de home office para os magistrados.
Outro dado revoltante é que os demais operadores do Direito logo pedirão equiparação aos juízes federais, incluindo outros magistrados, membros do Ministério Público e da Defensoria, inclusive nos Estados e municípios, numa gastança monumental.
Sinceramente, há momentos em que sentimos vergonha de sermos brasileiros.
Tudo combinado!
Agora os deputados e senadores vão aproveitar para criar mais um penduricalho na verba eleitoral.
Enquanto isso o povo só se ferra!
1) Sem palavras… oremos …
“Do couro sai a carreia” e “quem não reage, rasteja”.
Assim estamos nós, rastejantes, por não reagimos aos sapos que nos empurram de goela abaixo.
Como já dizia o genial Nelson Rodrigues, o nosso complexo de vira latas é bem maior de que algum orgulho que possamos ter com a nossa nacionalidade.
Engolimos tudo o que nos põem a boca, sem sequer fazer cara feia.
Não é a toa que brasileiro é um dos povos mais discriminado do mundo.
A nossa moralidade é muito baixa.
Do couro sai a “correia”, é a grafia certa.