Roberto Nascimento
Apesar da manutenção do sigilo nas investigações, sem que realmente haja qualquer vazamento, numa blindagem nunca antes sequer imaginada, está bem claro que a tentativa de golpe teve dois líderes – o então presidente Jair Bolsonaro e seu candidato a vice, general Braga Netto.
Ambos têm a mesma postura pouco militar – não assumem nada do que fizeram. Bolsonaro disse no ano passado que nunca viu a minuta do golpe, que só teria circulado, segundo ele, nas gavetas do então ministro da Justiça, delegado federal Anderson Torres. Ele é assim mesmo, quando surge o problema, larga a responsabilidade com os subordinados.
AUTONOMIA TOTAL – Sobre seu ajudante de ordens Mauro Cid, o ex-presidente disse que o auxiliar tinha total autonomia, podia tomar as iniciativas que bem entendesse. Logo, as ilicitudes praticadas, mormente no caso da adulteração da carteira de vacinação ou na compra e venda de relógios e joias, tudo teria sido obra do tenente-coronel.
Depois, sobre a reunião golpista de julho de 2022, Bolsonaro deixou que a culpa recaísse no general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, que sugeriu virar a mesa antes das eleições, porque depois nem o VAR mudaria o resultado. Aliás, usar parábolas futebolísticas indica a pobreza intelectual do então ministro.
Foi essa postura defensiva de Bolsonaro que fez Mauro Cid acatar o advogado e aceitar a delação premiada. Ele será ouvido novamente nesta segunda-feira sobre as declarações do general Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e não pode mentir. Se for apanhado em flagrante, perderá o benefício da delação.
CONSTRANGIMENTO – Para o general Freire Gomes, foi muito constrangedor ter sabido que Braga Netto o tratava como cagão e traidor. Na época, o general golpista ainda julgava deter o poder e botava banca. Depois, acovardou-se e se mantém num silêncio desmoralizante a partir da revelação de sua participação no planejamento do golpe de estado.
A meu ver, seria Braga Netto o comandante supremo da conspiração que viria a tirar Bolsonaro do topo do comando revolucionário para instalar nova ditadura militar no país.
Nesse plano, o general contava com o major Ailton Barros, um militar tão despreparado que foi expulso do Exército e considerado morto, para que sua mulher continuasse recebendo seu soldo e sustentando o mau elemento. Bem, com um morto-vivo em sua linha de frente, Braga Netto não poderia mesmo ir longe.
Uma blindagem justificada, pelo conteúdo do depoimento ora pois…, que esclarece o “evento”, onde Freire Gomes, assustado pelo que disse sua “fonte”, que Braga Neto estava sendo chantageando pois o filho era agente de Morais dentro do séquito de Bolsonaro e que o INTERESSE MAIOR(PRIMAZIA NO GOLPE) pertencia ao bando de Lula e demais muito mais carregados de “pecados”!
Freire Gomes então soube dessa ativa multilateralidade e saiu de banda, mas MAS, o mentor e usurpador Lula, corrupto, à todos envolveu nessa destrambelhada epopeia subversiva ocasionando o que queria, incriminar inocentes patriótas, malversando eventos!
Adendos, em:
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Ou seja, muitos lados em conjunto ajudaram e a colaboração de Bolsonaro foi SÓ(?) deixar seus incautos seguidores cair em na uníssona armadilha sem avisá-los. Cumpriu brilhantemente sua parte nessa “Falsas Bandeiras” e condescendendo com a entronação e reabilitação do “Ali Barba” e seus muito mais de 40 ladrões.
Uma lastimável e destrambelhada multilateral traição à quem permanece sob o terror de uma injustificadas culpa e penalizações com o mesmo demolidores fim!
Uma barbárie à ser apreciada urgentemente pelo Tribunal de Haia!
José, bom dia. Bom você ter comentado, apesar da discordância democrática.
É comum no Brasil, culpar a vítima e inocentar o culpado.
Os planejadores, os vândalos do oito de janeiro, os incentivadores, os diretamente interessados no Golpe, devem ser anistiados, porque agiram na defesa da pátria, para impedir o comunismo no país. Coloca a culpa no adversário e sigamos em frente, que atrás vem gente.
Tenha dó dessa narrativa absurda, em tese de defesa.
Fica parecendo, com o que vemos com frequência, no Brasil, culpar a vítima de estrupo, por se insinuar com um decote generoso ou uma mini saia acima do joelho e daí, inocentar o estuprador.
O Brasil não merecia, maís 20 anos de Ditadura. Já tivemos uma, de 21 anos e tudo que havia antes de 1964, só piorou. Hoje convivemos com o pior Congresso de todos os tempos e tudo indica, que o Congresso que virá das urnas de 2026, será ainda pior. Aliás, essa foi a maior verdade dita pelo saudoso Ulisses Guimarães:
” Se você acha esse Congresso ruim, espere pelo Próximo”.
O vídeo que faço seguir apresenta outros interessados na mesma trama e que não dão sequer lembrados tb por V.Senhoria, senão ouçamos as “digitais” explanarem suas tramoias e aí te pergunto: Porque AINDA não depuseram a respeito?
Ora, porque “seu homem” não se arriscaria a mexer no vespeiros em que se encontra!
Tenha dó, abra teus olhos!
Felizmente não havia uma lealdade entre estes golpistas , Tai o grande motivo do fracasso deste golpe
Esta novela do golpe, já esta parecendo um dramalhão mexicano.
Nos anos 50, uma novela radiofônica cubana, chamada “O direito de nascer”, parava o Brasil no horário de sua exibição.
Agora é a novela do golpe que não houve. Cortina de fumaça para encobrir os verdadeiros e graves problemas que assolam o pais.
De cambulhada em cambulhada, nós ainda chegaremos.s as bordas do precipício.
É Ching Ling, quase chegamos lá, nas portas do inferno.
Lógico que não houve Golpe. Se tivesse dado certo, nem eu nem você, estaríamos comentando aqui, correto. Afinal, não rasgamos dinheiro por aí.
Tentativa de Golpe é Crime. Quando o Golpe vem, os criminosos somos nós, geralmente os progressistas. Os conservadores sempre são poupados da tirania.
Li isso num site. Traduzi e posto, pois, como raríssimas exceções, é o que prepondera na política. Os militares que estiveram no poder se tornaram políticos.
Os dez mandamentos pragmáticos do político
1) Acreditar na prática como a base do comportamento humano.
( Mais do que ideais e concepções elaboradas, o político pensa que as pessoas são governadas pela práxis imediata de sobrevivência e aspirações materiais, e em relação a eles, ele dirige sua percepção e faz suas ofertas ).
2) Saber que as pessoas são vulneráveis a propaganda bem montada e persistente.
(O protótipo do político nazista, Joseph Goebbels, disse: « Uma mentira, repetida cem vezes, se torna uma verdade »; e mostrou, convencendo a maioria dos alemães de seu tempo de que eles eram uma “raça superior”. É uma lição da qual o político é aprendiz ).
3). Estar ciente de que a demagogia não é uma perversão, mas um jogo diplomático.
( Em busca de popularidade ou poder, o político aplica demagogia, sem remorso, porque a considera um recurso válido, com proclamações e slogans trapaceiros: « estabelece a maior felicidade », « torna o país grande », « justiça para todos » … )
4). Praticar uma memória dúctil e casuística, capaz de esquecer ex-oponentes que de repente se tornaram aliados úteis.
( A memória do político é pragmática e aleatória: depende de fatos e sorte. Do mesmo modo, ele é indulgente consigo mesmo e apaziguado, ele permite que ele durma pacificamente ).
“Políticos iniciantes e honestos permanecem como elucubradas exceções”
5) Ser factual, atento aos eventos, e não aos princípios abstratos.
(O que aconteceu, por um lado, e o que poderia acontecer, por outro, são os limites funcionais do comportamento do político; sem preceitos morais desconfortáveis, que dificultam o jogo livre de aproveitar as oportunidades ).
6) Estar consciente de que o sucesso ou o fracasso são medidos no campo dos fatos, do que é realmente realizado.
(O político « vê » sua conquista ou decepção. Tudo acontece com ele na vida. E para atingir seus objetivos, ele até recorre a fazer uma modificação total de seus programas e concluir uma turnê que vai de um jogo para outro. O político de peça única, fiel às suas idéias e consistente com sua honestidade pessoal, como Rómulo Betancourt (No Brasil, podemos citar …..) , não é abundante. A carreira do político é sua existência; ele não tem o consolo do artista e do escritor: ser valorizado pelas gerações futuras ).
7). Prometer todo o necessário nos tempos das eleições; Depois o não cumprimento das promessas é explicado.
(O ditado popular cai bem: « Ofereça mais do que candidato nas eleições ». E então, diante da fraude de seu fracasso, explodir a fantasia oportunista: criar um inimigo do país, culpar um desastre natural, falar de um déficit nas finanças públicas, em termos incompreensíveis para o público. Por outro lado, o político percebe que a honestidade não é um valor absoluto, mas uma apreciação subjetiva e circunstancial ).
Quando você ouve falar de um “político”, pegamos o personagem com as pinças das dúvida e suspeitas.
8) Oferecer-se para respeitar a Constituição; e então, com a ajuda de testas de ferro e rábulas contratados, modificá-la
(O político não tem boas relações com a Constituição, o que é sempre um obstáculo aos seus planos e propósitos. De qualquer forma, ele preferiria se comportar com critérios de oportunidade gratuitos, e não vinculado a uma camisa de força legal. É por isso que, uma vez no comando, ele fabrica um grupo de cúmplices e ralé, bem pagos, para modificá-la, com a cumplicidade de uma assembleia e o espanto dos cidadãos).
9. Alcançar a sobrevivência na política, até transformá-la em uma profissão que fornece sustento.
(O político se torna profissional, a tal ponto que, quando perguntado qual é a sua profissão, ele tem que responder: política. É uma profissão que geralmente é praticada em um partido político; claro que está em uma democracia. Mas os partidos políticos às vezes (muitas) se tornam feudos, áreas de caça, secretários-gerais eternos. De qualquer forma, o político vive para sempre, misteriosamente, de sua “profissão”).
10). Lembrar-se de que o poder alcançado deve ser preservado e até perpetuado por todos os meios possíveis e impossíveis.
(Isso é particularmente válido para o político que se torna governante. Uma vez fortalecida, a tentação de permanecer no cargo para sempre é dominante. É visto em muitos presidentes e donos de poder, o que já é comum. A chave é criar um conjunto de advogados pagos que buscam trair o princípio constitucional da alternância democrática ).
Aplausos de pé, José Vidal.
Perfeito. Nenhuma linha de discordância.
Falar em Liberdade e amor a Pátria e trabalhar diuturnamente para estupra-la com método perverso. Tai, foi o que aconteceu durante quatro anos.
Quem foi o guru disso tudo, o verdadeiro mentor?
Suspeito do notório canastrão, Steve Bannon, o Joseph Goobles de Donald Trump.
Lêdo engano, a plantação foi premeditada, conforme:
https://youtu.be/bn4mt0n7fg0?si=YhOuKWk_g3HgU3mY
O quê?
https://youtu.be/pIGRG0eIB0M?si=gRNYIbXNa4CdgMbX
Desde o inicio , sugeri que uma pessoa em sã consciência não iria dar um golpe de estado junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro , e mantê-lo no poder de mãos beijada depois de todos riscos , sabendo que Jair Bolsonaro é um mentiroso patológico e traidor nato , por isso seria descartado na primeira oportunidade pelos seus comparsas no golpe de estado , caso fossem bem sucedidos .