Joel Pinheiro da Fonseca
Folha
A revista The Economist publicou uma série de reportagens sobre as universidades de elite americanas. Dentre as muitas mazelas e desafios que enfrentam, uma delas é a homogeneidade ideológica, que produz uma cultura interna autocensora.
Em Harvard, por exemplo, apenas 3% dos professores se denominam conservadores, enquanto 75% se classificam como “liberals” (no sentido americano, o termo “liberal” é mais ou menos o equivalente do nosso “progressista”). Harvard é um caso extremo, mas o ensino superior como um todo vem ficando cada vez mais homogeneamente de esquerda — com moderados e conservadores em queda.
MESMO PADRÃO – Vou fazer a suposição pouco arriscada de que o mesmo vale para os cursos de humanas das universidades brasileiras, em especial as públicas. O pensamento de esquerda historicamente impera e vem aumentando sua hegemonia.
Tanto lá como cá temos visto as universidades se tornarem palco de intolerância, fazendo com que eventos tenham que ser cancelados devido a protestos ideológicos; no ano passado, por exemplo, a Unicamp teve que cancelar uma feira de universidades israelenses.
Não é preciso grandes conspirações para explicar esse domínio crescente. Na falta de um esforço consciente em sentido contrário, a tendência é que o campo dominante procure indivíduos parecidos consigo para compor os novos quadros da instituição.
REAÇÃO CONTRÁRIA – Além disso, a ascensão de uma direita populista, que faz do ataque à universidade parte central de sua bandeira, tende a gerar nela a reação contrária, cerrando fileiras com a esquerda.
Outra instituição central na produção de conhecimento para o debate público — e igualmente na mira de populistas — é o jornalismo. Nele também vigora um claro predomínio ideológico. Segundo o relatório do “Perfil do Jornalista Brasileiro” mais recente (2021), feito pela UFSC, 80,7% dos jornalistas brasileiros se consideram de esquerda, centro-esquerda ou extrema esquerda. Direita, centro-direita e extrema direita somam 4%.
Isso é um grande problema. Primeiro, para a relação das instituições com a sociedade. Direitistas são parte relevante da sociedade. Ao não se verem representados nas instituições de geração de conhecimento, facilmente aderem ao discurso populista de que elas são parte do problema e passam a militar por sua destruição.
DIFERENTES VISÕES – O segundo motivo é intrínseco à operação delas: a geração do conhecimento se beneficia de diferentes perspectivas. O argumento pela diversidade dentro das instituições — em geral usado para raça e gênero— vale também para a ideologia.
Por mais que se esforcem, há limites para o quanto homens brancos são capazes de contemplar pontos de vista de mulheres e negros. Um olhar diferente pode levar a novas perguntas, a questionar antigas premissas, a defender diferentes posições.
Por mais que cada um de nós tente ser —e treine para ser— objetivo e imparcial, ninguém o é perfeitamente. Temos vieses dados por nossa classe, raça, gênero e, também, posição ideológica ou religiosa.
DIREITO DE ERRAR – Como todo mundo pode errar, o conhecimento se dá por construção; e essa construção depende do embate de perspectivas opostas para ser sempre testada.
É buscando provar que está certo perante seus pares que o indivíduo é levado a buscar novas informações. Poucos mudam de lado, mas todos saem com mais conhecimento do que entraram.
Sendo assim, não importa se quem tem a razão é a direita ou a esquerda; no confronto regrado dentro de instituições, elas cooperam para gerar conhecimento. Universidades e redações mais plurais são lugares não só mais tolerantes como também mais capazes de cumprir seu papel social.
Uai! Não entendi! Esse seu Joel não é um dos 2.385 ou mais colunistas da Fôia? Só agora “viu” o que ocorre há muito mais de 50 anos? Vai ser atrasado assim na casa da vovó!
Aliás, cumpre esclarecer que nem li, pois, na prática, desconheço o seu Joel. Mas aguardo ansioso, digamos, a indispensável NR do bravo editor CN.
A eterna briga direita e esquerda. Ora a narrativa é contada por um lado ora por outro.
Mas o jornalismo de esquerda engajado é maioria. Nas universidades funciona uma espécie de madraça formadora de militantes.
1) Há tempos, li alhures, que o Pensador que mais influenciou as universidades norte-americanas, no século 20, foi Marx…
2) Por falar em Harvard, um primo de família, já falecido, também foi professor lá…
3) Ganhou até a Medalha Willy Brant, do SPD = Partido Social Democrata da Alemanha…
4) E viva o Liberalismo Progressista !
Frutos, de sutis “avanços e infiltradas plantações”, ora pois….:
https://www.espada.eti.br/n1015.asp
Frutos, de sutis “avanços e infiltradas plantações”, ora pois….:
Pike, o Albert, o introdutor, em:
“O Plano Demoníaco de Albert Pike Para a Implementação da Nova Ordem Mundial.”
Adendos, em: https://youtu.be/cPHCOKK0HpI?si=sw9o1u1G1_s-mWMW
A , mandante”, que alça, LOCUPLETA e exige:
https://www.oevento.pt/2017/08/30/mafia-khazariana-a-historia-oculta-rothschilds/
Formas de controle:
https://www.oevento.pt/2019/08/05/bf-centros-de-poder-que-negoceiam-o-governo-mundial/
Ora, se professores de Universidades estudam a historia da humanidade, eles poderiam tender a ideologia de direita, na economia e costumes? Na sua maioria, até porque têm mais informações, eles são mais liberais nos costumes e na economia, a favor de políticas que desfavoreçam as desigualdades sociais.
Ora, estudem.
Ficar criticando,enquanto a preguiça e incompetência impedem de entrar no meio acadêmico e coisa de bozo sub alfabetizado.
Leiam , escrevam e defendam suas teorias abalizadas em fontes.
Hahahaha! Brincadeira.