José Antonio Perez
É impressionante que não sejam colocadas em dúvida essas pesquisas indicando que a maioria dos brasileiros é contra a corrupção. Esse resultado não corresponde aos fatos. Ou o brasileiro gosta de mentir em pesquisa ou os entrevistadores só pegam brasileiros que moram em outro país, porque aqui todos sabem que o brasileiro padrão mediano não só tolera, como também pratica a corrupção.
Corrupção não é “só” desviar recursos e prevaricar, mas também subornar policiais e fiscais, desrespeitar seguidamente as regras de trânsito, querer levar vantagem em tudo, enfim, especialmente em benefício próprio ou dos seus.
FALANDO SÉRIO – Vamos deixar de cinismo e cretinice. Todos sabem que há uma prática arraigada de transgressões às regras neste país, e isso é cultural. Veja-se o exemplo maior do enriquecimento ilícito das autoridades, dos políticos e da elite do serviço público, jamais questionado.
Aqui no Brasil quem chora muito é o assalariado e o pequeno empresário, que são pagadores de impostos escorchantes. A elite jamais tem seu enriquecimento ilícito fiscalizado pela Receita Federal. Aqui, jatinhos e lanchas não pagam IPVA, é uma esculhambação total!
Esse comportamento das elites se reflete e contamina o povo. Em acidente com vítima na estrada, primeiro saqueiam a carga para depois socorrer os feridos presos às ferragens. Até as pessoas que tiveram acesso a educação são sujeitas à corrupção por aqui. Logicamente, em menor grau.
DESEDUCAÇÃO – O povão é deseducado aos milhões e tem a cultura de viver de assistencialismo. Esta é a realidade. Somente uma minoria informada, formalmente educada e com boa índole social, é que combate a corrupção por aqui.
A polarização política e a busca de salvadores da pátria representam um sebastianismo, pois refletem a preguiça coletiva de muitos brasileiros que acreditam ser possível melhorar um país sem esforço de cada um dos cidadãos, inclusive para fiscalizar a aplicação de cada centavo do orçamento público.
Sem honestidade e trabalho duro, nada feito. Como dizem os norte-americanos, “no pain, no gain”. Esta expressão em inglês, cuja tradução literal é “sem dor, sem ganho”, é usada como um lema afirmando que sem trabalho e sem dedicação não é possível alcançar vitórias. Uma excelente lição, sem dúvida.
Rapaz! Até que um dia achei um que pensa como eu.
Veja a política, renova-se os cargos, mas os “vícios” continuam.
Um general grego, lá nas antigas, jazia moribundo no campo de batalha, com o corpo todo coberto por moscas, quando um soldado todo prestativo veio ao general sugerindo que lhes espantaria as moscas.
O general, na sua agonia, disse ao soldado, que deixasse aquelas moscas ali, pois já estariam saciadas, se fossem espantadas, viriam outras ainda com fome, e seria pior.
Assim temos feito na política brasileira, de vez em quando, expulsamos as moscas saciadas, e o que vemos, são as moscas com fome ocupar seus lugares.
Invariavelmente ficam milionários, sem nunca terem tidos um único boteco que possam ter vendido um copo de cachaça para alguém.
É um mistério indecifrável que ninguém quer desvendar, porque aqueles que ousam procurar alguma coisa, tornam-se malditos, que o diga o Deltan Dallagnol.
E assim segue a “humanidade brasileira” sempre de olho na bolsa da viúva.
Buscando o que significam apocalípticas meretrizes em um “Alcoviteiro Conglomerado”, encontramos:
“O Vaticano e as Sociedades Secretas em Busca da Nova Ordem Mundial.”
https://www.espada.eti.br/ce1073.asp
Dijeininhum!!!
Menos os 17% ou 39% de usuários de sofftware!
A restante usurpada maioria, foi e continua contra!
Eis aí um ótimo tema a ser abordado, discutido , pesquisado e estudado. Talvez até mesmo ser um projeto de tese para doutorado.
É provável que a corrupção não tenha ainda se alojado no discernimento do brasileiro, mas há certamente o perigo de alastrar-se de forma epidêmica. Muitos podem ter sido ludibriados, mas tantos outros votaram com convicção no ex-presidiário.
Um caso real: – Como feliz beneficiário do INSS, aposentado por tempo de serviço, agraciado com um expressivo desconto denominado Fator Previdenciário, proporcionado por Lei do saudoso FHC, fui surpreendido com o desconto de uma contribuição mensal em meu benefício, que não autorizara, a uma determinada associação da qual até hoje desconheço origem e destino. Por descuido, talvez devido à “confiança cega” nas gestões do Instituto, só fui perceber esse desconto no segundo mês. Efetuei o obrigatório requerimento ao INSS para retirar tal desconto, o que ainda resultou devido ao tempo de processamento do pedido, em um terceiro desconto.
Orientações para medida de recuperação dos descontos autorizados requeriam o fornecimento de dados pessoais, como CPF, conta bancária, dentre outras que feriam a Lei Geral de Proteção de Dados.
Optei, por segurança, perder o que já havia sido levado.
Recorri mediante denúncia ao Ministério Público Federal. Depois de um bom tempo, responderam-me que minha denúncia teve caráter genérico, assim, só poderiam atuar se a reclamação tivesse sido para resolver somente o meu caso real.
Ficou-me uma leve sensação de frustração , impunidade e crença na indiferença burocrática do Estado em atender e defender, dentro de suas funções e obrigações legais, o direito do cidadão.
Sem querer dar vazão a teorias da conspiração, me pergunto se as chamadas “orcrim” estariam disseminadas por onde menos poderíamos esperar.
Brasileiros, sim!
A coligação partidária (pitê, e$$eteefe e con$órcio), não!
Se não fôssemos uma sociedade corrúpta, não teríamos um congresso onde os seus pares são envolvidos em falcatruas, e é esse colegiado que nos representa. Muito menos um Judiciário que não tem nada de Justo; e muito menos ainda um representante maior do executivo que ficou mais de 500 dias preso. A corrupção é uma endemia na cultura brasileira.
Podes crer, TODOS os alçados são atrelados como sendo “fraterna irnandade”!
Diz o outro eu: “Sessenta e sete brasileiros entre cem são desonestos”. Talvez mais.
É isso aí, Perez.
Dentre estes sessenta e sete há ainda os que conhecem o que diz a lei, mas preferem que seja ignorada e deturpada para que um desconhecido (pessoalmente) desafeto seja injustiçado só porque é de seu agrado. Morte para vocês, desgraçados !
Pior ainda quando citam um artigo que exige – para a sua consumação – que os autores se valham “de violência, intimidação, corrupção, fraude ou de outros meios assemelhados”.
A burrice e a má fá também têm limites.
A burrice e a má fé também têm limites.
O desagradável nisso tudo é saber que a PIDE brasileira tem viés ideológico. Caiu a confiabilidade da última instituição brasileira, imaculada até 31/12/2022.
“Somente uma minoria informada, formalmente educada e com boa índole social é que combate a corrupção por aqui. ”
Não entendi muito essa frase. O que é ser formalmente educado? Se refere à educação formal?
O que é ser informado?
E como é combatida a corrupção?
Bem, trabalhei numa empresa em que o lema era o seguinte: o exemplo tem de vir de cima, para que haja uma mudança de atitude e consequentemente de comportamento dos que estão abaixo.
Quanto ao assistencialismo, acho um mal necessário, enquanto as condições para uma competitividade justa não se estabelece. Claro que o desejável é aumentar a igualdade, sem igualitarismo.
Muito bem exposto pelo Sr. Perez. Parabéns!!!!