Marcus André Melo
Folha
As práticas eleitorais corruptas eram a norma até o início do século 20 do Reino Unido e da Alemanha, aos países escandinavos. Todos passaram por notável mudança institucional e hoje são campeões da integridade eleitoral. O que explica o sucesso de reformas que visaram a eliminação destas práticas?
Esta é a pergunta que Isabela Mares analisa em “Protecting the Ballot – How First Wave Democracies Ended Electoral Corruption?” (2022).
FORÇA DAS COALIZÕES – Combinando estudos de casos e métodos estatísticos avançados, a autora argumenta que foi a formação de coalizões majoritárias entre facções dissidentes das elites no poder e setores emergentes fora do poder (partidos ancorados no operariado e setores de renda média).
Os conflitos intraelite resultaram de choques econômicos e políticos que solaparam o equilíbrio existente (pelo qual as elites no poder que controlavam recursos impunham seu domínio sobre rivais).
A expansão vertiginosa do eleitorado, via extensão do sufrágio e da urbanização, aliada ao aumento da renda dos eleitores, tornou a compra de votos proibitiva para alguns setores das elites.
POLÍTICAS PÚBLICAS – A prática corrente e aberta de troca de vantagens por voto, restrita até então a um eleitorado diminuto, estendeu-se para uma massa de milhares de eleitores. A corrupção também acarretava custos políticos e reputacionais. A alternativa, então, foi proibir a compra de voto e mobilizar o eleitorado em bases programáticas (políticas públicas).
As coalizões variaram de país a país e dependiam do tipo de prática corrupta, que a autora classifica segundo tipos: 1) compra de voto; 2) violação do segredo do voto; 3) a utilização da máquina pública; e 4) fraudes na contagem de votos.
O argumento de Mares não pode ser transposto para o caso brasileiro, mas fornece pistas para a análise. Tivemos relativo sucesso em aprovar medidas contra os tipos 2) e 4): o sigilo foi garantido com a cédula pública (1958) e com a urna eletrônica (1998), que impactou também a contagem, como mostrei aqui. Nosso problema é o 3).
DESCOMPASSO – Em termos comparativos, é surpreendente o descompasso entre o progresso obtido (contra a captação ilícita de sufrágio, na lisura dos procedimentos eleitorais e contagem de votos) e a utilização corrupta de contratos de obras públicas, numa escala mastodôntica, para campanhas eleitorais, como se tornou público em 2014.
Houve escândalos e reforma do financiamento de campanha (a solução gerou outro tipo de problema: os fundos bilionários de campanha, que discuti aqui).
A reação visceral atual contra o combate à corrupção vai na direção contrária da melhoria da integridade eleitoral. O espectro da volta ao padrão anterior de desvios de recursos de estatais e emendas assombra.
Gleisi na China rasga elogios à “DEMOCRACIA EFETIVA”
Democracias efetivas na visão petista:
China
Venezuela
Cuba
Nicarágua
Coréia do Norte
Esse desgoverno cava a própria cova
Morrerá pelos próprios excessos
Enquanto isso, na contagem de votos…
Alguns bicheiros que militam nas escolas de samba para escolha de samba enredo não aceitaram urnas eletrônicas, preferiram voto no papel, em cédulas.
Eu hein, esses cabras estão vivendo na era da pedra lascada.
Tudo tem haver com o nível cultural e o caráter das pessoas.
“a ver”
“CALLICHIRUS CORRUPTUS”, é esse o verdadeiro nome do corrupto, ou seja um bichinho também conhecido por “camarão corrupto”, que habita as praias e nada tem haver com a outra espécie que
habita palácios e frequenta salões.
O corrupto natural é inofensivo e não atenta contra a bolsa da viúva, portanto é bom que quando se fale das duas espécies, refira-se sempre citando do qual se esta falando, pois o da natureza pode se ofender.
Idem.
O caráter de uma pessoa é moldado no seio de sua própria família ” vem de berço ” , embora dependa de sua índole natural , ou seja , mau ou bom caráter .