Italo Nogueira
Folha
O ato marcado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o próximo domingo (21) na praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, deve ser usado como uma forma de ampliar a exposição do deputado federal Alexandre Ramagem (PL), escolhido como pré-candidato do grupo à prefeitura da cidade.
Os organizadores do evento defendem que Ramagem não discurse para evitar acusações de uso da manifestação como propaganda eleitoral antecipada. O ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), porém, terá lugar de destaque no carro de som ao lado do ex-presidente. Os detalhes sobre o evento ainda serão discutidos ao longo da semana.
TESTE DE CASTRO – O ato também tem sido visto como uma espécie de “teste de fidelidade” do governador Cláudio Castro (PL) ao bolsonarismo. Ele não compareceu à manifestação na avenida Paulista, em São Paulo, em fevereiro, sob alegação de que tinha uma viagem oficial a Portugal já marcada.
A ausência, contudo, ocorreu para não melindrar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), onde Castro tem pedidos para anulação de investigações de que é alvo.
O comício em Copacabana faz parte da série de atos marcados por Bolsonaro para mobilizar a militância em seu entorno para demonstrar apoio popular em meio às investigações de que é alvo no STF. O ex-presidente é suspeito de tentar organizar um golpe de Estado após a vitória do presidente Lula (PT) nas eleições de 2022.
AVENIDA PAULISTA – O primeiro evento foi o da Avenida Paulista. O ato em São Paulo foi marcado quatro dias após Bolsonaro ser alvo de um mandado de busca e apreensão. No mesmo dia da convocação, o ex-presidente foi para a embaixada da Hungria, em Brasília, onde passou duas noites, levantando questionamentos, refutados por ele, de eventual tentativa de asilo em caso de ordem de prisão.
O comício em Copacabana foi marcado sem o mesmo ambiente de tensão. Um dos temas a serem abordados pelo ex-presidente será o que ele vem chamando de censura do ministro Alexandre de Moraes, do STF, nas redes sociais.
O assunto voltou a mobilizar a direita brasileira após as publicações do bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), sobre o tema, há uma semana.
FORÇA POLÍTICA – A intenção principal, porém, é manter seus apoiadores mobilizados e demonstrar força política. É o que Bolsonaro tem feito em cidades de todo o país. Nesta semana, ele esteve em João Pessoa (PB), Fortaleza (CE), Cuiabá (MT) e cidades do interior.
No Rio, a mobilização visará também ampliar a associação da imagem de Bolsonaro à de Ramagem. O ex-diretor da Abin teve a pré-candidatura lançada há um mês num evento esvaziado na quadra da escola de samba Mocidade, em Padre Miguel. Espera-se que Copacabana receba grande público.
O vínculo do ato foi indicado em mensagem gravada pelo ex-presidente exibida na quinta-feira (11) durante homenagem ao ex-diretor da Abin na Câmara Municipal. “É um desafio difícil. Parabenizo pela coragem em disputar a Prefeitura do Rio de Janeiro. […] Ramagem, você tem tudo para dar certo. […] Até o dia 21, com todos vocês em Copacabana, no nosso grande ato pela nossa liberdade e pela nossa democracia”, disse Bolsonaro.
IR ÀS RUAS – Em seu discurso na Câmara Municipal, Ramagem disse que encerrou o período de estudo sobre a cidade, tendo chegado o momento de ir às ruas.
“Esse foi um momento de estudar o Rio de Janeiro. […] Agora estamos entrando para ir às ruas, juntos pelo melhor do Rio de Janeiro a partir de agora”, disse Ramagem.
Cláudio Castro deve ir ao evento do próximo fim de semana, já que o clima político está menos tenso do que em fevereiro, além do fato de o ato ser realizado no Rio. A presença ainda será confirmada. Também são esperados os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União-GO), Jorginho Mello (PL-SC) e Romeu Zema (Novo-MG), que foram ao comício de São Paulo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como aconteceu na Avenida Paulista, o pastor Silas Malafaia também participará, mas não se sabe se pagará novamente o aluguel do trio elétrico. (C.N.)
Esses dois, estão mais sujos que pau de galinheiro, o mala e o bolso, (com trocadilho incluído) tem muito que pagar à justiça.
Já já, estão enjaulados!
Cadê o porteiro?
José Luis
Certo que há eleições municipais que incentivam essas paradas.
Mas a facção que está no poder não joga leve.
Se não houver acordo e moderação, o risco da jaula aumenta e o benefício pode não ser compensado agora.
Dois anos para as grandes eleições são uma eternidade.
É mais prudente explorar os próprios erros do “oponente”.
Mais uma:
O médico Ricardo Camarinha, que ocupou o cargo de médico da Presidência da República durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PF), passou a ser investigado pela Polícia Federal (PF). A informação foi revelada nesta quarta-feira 17 pelo jornal O Globo.
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&opi=89978449&url=https://www.em.com.br/politica/2024/04/6839567-medico-de-bolsonaro-e-citado-como-funcionario-fantasma-em-depoimento-a-pf.html&ved=2ahUKEwix-dWNhMqFAxXDppUCHX5hDmoQFnoECCQQAQ&usg=AOvVaw21MkcfmBA1q9sDG2q_K83i
Onde aperta, sai pus com M.
José Luis
O grito de liberdade, justiça e da verdadeira democracia está sendo alto e de bom som. Foi assim na Av. Paulista e será também em Copacabana. Nossos filhos e netos agradecerão no futuro.
Tem meu apoio.
“O grito de liberdade, justiça e da verdadeira democracia está sendo alto e de bom som.”
Sr. me permite, farei um comentário:
🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
Cordialmente,
José Luis
Sadomasoquismo:
Pelo grito e pelo berro…
Falar em berro, já sabe o novo grito do gadinho:
MUUUUUUUUUUUUYUUUSK!!!
🤣🤗
José Luis
A maior estupidez que tanto a esquerda junto com a mídia jornazista é insistir em bater no imbrochável, e sem falar no Stalinácio, que não consegue tirar o imbrochável da cabeça. O tamanho das manifestações mostra que os bolsonaristas são bem maiores do que a tentativa vã do governo e da mídia jornazista em negar a realidade. As urnas em breve serão abertas, aí nem o Xandão cabeça de ovo e os ministros Missão dada, missão cumprida não vão ter o que fazer, vão negar a realidade feito o Lenin?
Vão fazer de tudo para desqualificar essa manifestação em Copacabana.
Imagino a cabeça dos devotos; como era bom ser os donos das ruas mesmo com os trinta dinheiros e um pão com pouca mortadela e um trio elétrico pagando gordo cachê para Chico Buarque cantar o Brejo da Cruz e Meu Guri.
Como eram gostosas nossas manifestações!.
O meu guri
Canção de Chico Buarque
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Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando, não sei explicar
Fui assim levando e ele a me levar
E na sua meninice ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí
Olha aí
Olha aí, ai é o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega
Chega suado e veloz do batente
E traz sempre um presente pra me encabular
Tanta corrente de ouro, seu moço
Que haja pescoço pra enfiar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Chave, caderneta, terço e patuá
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me identificar, olha aí
Olha aí, ai é o meu guri
Olha aí, é o meu guri
E ele chega
Chega no morro com o carregamento
Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador
Rezo pra ele chegar cá no alto
Essa onda de assalto está um horror
Eu consolo ele, ele me consola
Boto ele no colo pra ele me ninar
De repente acordo, olho pro lado
E o danado já foi trabalhar, olha aí
Olha aí, ai é o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
Meu guri
Chega estampado, manchete, retrato
Com venda nos olhos, legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente, seu moço
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato, acho que ‘tá rindo
Acho que ‘tá lindo de papo pro ar
Desde o começo, eu não disse, seu moço
Ele disse que chegava lá
Olha aí
olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
Olha ai
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
Olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
Olha aí