Dora Kramer
Folha
O exemplo vem de cima, reza o lugar-comum. E quando o comum é que o presidente se pronuncie sem freios, generalizam-se na República as declarações desenfreadas. São aceitas com naturalidade, mas bastaria observá-las com algum rigor para vê-las como um atroz desrespeito à etiqueta institucional.
Como exigir da população que amenize o trato no embate entre contrários se no âmbito dos três Poderes, nas respectivas cúpulas, o que vale é a agressividade reativa? Num desenho breve, temos um pedaço do quadro de distorções em pouco espaço de tempo.
BRIGAS À VONTADE – Um magistrado do Supremo Tribunal Federal reage de modo intempestivo à busca de holofotes do dono do X, descendo ao patamar dos interesses do bilionário; dois ministros de Estado fritam o presidente da Petrobras; o presidente da Câmara desanca em público o articulador político do governo por suspeita de ter sido desancado por ele aos ouvidos de jornalistas.
O ambiente da barulheira se sobrepõe à razão. De autoridades ditas republicanas seria esperado que prestassem reverência civilizada à racionalidade.
Feito o estrago, recorrem-se a remendos que em nada remediam a profusão de comportamentos inadequados do ponto de vista da institucionalidade. O presidente da República alega “teimosia” para dar sustento funcional ao articulador. Sinal de aposta dobrada no atrito com o deputado Arthur Lira.
CONFUSÃO GERAL – Lula não dirime com clareza a disputa pela presidência da Petrobras, enquanto no Supremo o colegiado ainda dá apoio oficial, mas já não compactua integralmente com as decisões de Alexandre de Moraes. Alguns ministros pensam de maneira diversa ao que diz a nota formal de respaldo, mas se reservam ao silêncio.
O que podemos depreender do todo é a utilidade da lição de Billy Blanco em seu “Estatuto” de uma gafieira bem mais organizada que a no momento tão desorganizada República brasileira: o ambiente exige respeito.
Tudo se resume em narrativas entre os espertalhões.
No dizer do $talinácio, se pudesse mandaria prender todos os mentirosos.
Falando em mentiras, fake news, recebi uma de um broda que sabia que era mentira, mas era engraçada. $talinacio teria se reunido com o Globo, Folha e Estadão e pediu que ocasionalmente publicassem alguma fake desfavorável ao seu governo, mas que não partissem para o esculacho rasgado, e foi aceito.
Um escriba destes segredou na orelha do Barba, olha aqui presidente na nossa mídia o senhor tem mais simpatizantes que enterro de traficante.
Hehehe.
Ridendo castigat mores.
Stalinacio sabe que foi posto pelos “doutores da lei” onde está, logo não tem nenhum poder, aliás Elon Musk já disse que aquele está com coleira no pescoço.
Sendo assim, o Brasil sendo desgovernado por um consórcio. Muitos mandam menos o stalinacio. Taí a razão dessa desgraça. Simples assim.
Ah, d. Dora, “quem não te conhece que te compre”, dizia vovó.
D. Dora se imagina, ou se acha, ou se considera profeta do passado? Só pode! Estupefaciente.