Merval Pereira
O Globo
O governo pode sofrer várias derrotas esta semana no Congresso, com a derrubada de alguns vetos do presidente Lula. O presidente da Câmara, Arthur Lira, não procura esconder o protagonismo; ao contrário, perguntado como classificaria o regime atual do Brasil, disse que seria um semipresidencialismo.
Isso demonstra que, na pratica, há o presidencialismo e nenhuma indicação de que vá mudar tão cedo, mas, desde o governo Temer, que defende o semipresidencialismo, o Congresso vem tomando o protagonismo nas atuações políticas.
GOVERNO FRACO – Desde então o Executivo vem perdendo força. E o Brasil já foi um hiper presidencialismo – FH e Lula tinham muito poder e controlavam o Congresso com as emendas. No final, elas acabaram dando no mensalão e no petrolão nos governos Lula, porque ali os parlamentares negociavam vantagens, e não poder.
As emendas impositivas foram dando mais poder ao Congresso. Hoje, ele é o poder mais forte no nosso presidencialismo, que começa a ser já um outro jeito de parlamentarismo. O que se diz é que vamos ter que sentar, conversar e fazer uma reforma.
Do jeito que a coisa está, é um presidencialismo enfraquecido e não é um semipresidencialismo formal. Gera muitas crises, como a que estamos vendo agora, com os vetos do presidente sendo derrubados um atrás do outro. São problemas institucionais que precisam ser vistos com cuidado.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Excelente observação de Merval Pereira. O fato é que o Brasil está vivendo em permanente crise, agravada devido às interferências indevidas do Supremo, que também resolveu se meter em política, a ponto de tirar Lula da cadeia e depois “descondená-lo”, em total desprezo às leis vigentes no Brasil e no mundo. Lembremos que o Supremo, para libertar Lula, transformou o Brasil no único país da ONU em que criminoso não vai para a cadeia após condenação em segunda instância, quando se esgota o julgamento do mérito da questão. É uma situação vexaminosa, uma vergonha para o povo brasileiro. Mas o Supremo não está nem aí… (C.N.)
SENTAR E CONVERSAR, com quem Merval, com a mega solução, via evolução, como propõe o megaprojeto novo e alternativo de política e de nação, no bojo da Revolução Pacífica do Leão, ou com os me$mo$ operadores do dito-cujo sistema apodrecido, geradores do estado de coisa$ e coiso$ que aí estão, com os respectivos prazos vencidos há muito tempo, com a república dos me$mo$ transpirando decadência terminal por todos os poros, comprovando a tese musical do saudoso Moraes Moreira, em “a Revolução dos Ritmos”, segundo a qual o Brasil não está pronto, como, aliás, demonstra o Estado do Rio Grande, ora submerso, que me faz lembrar a lição ensinada pelo meu saudoso irmão, Kadão, que nos ensinou a sua profissão dizendo-nos o seguinte: com uma profissão levada a sério pelo menos fome vc não passa na vida e quando vc fizer um serviço de mão de obra, faça-o bem-feito, o melhor possível, pode dar até um pouquinho de mais trabalho, mas será feito apenas uma vez, para toda a vida, com a satisfação do cliente garantida.
Lembremos , que a existência da tal ” governabilidade ” a quaisquer preços , na verdade transforma o chefe do poder executivo em refém do poder legislativo , salvo quando o chefe do poder executivo não tenha rabo preso , que infelizmente a grande maioria tem , exceto o então presidente Itamar Franco , todos os demais ex-presidentes civis tem rabo preso e são desonestos ;
Quando deram e alimentaram as regalias supremas de agentes políticos para os sem voto e vitalícios, juízes e promotores, a política perdeu toda e qualquer representatividade.
Existe um provérbio que cai como uma luva para a situação em que vivemos, só temos o que merecemos. Defendo a democracia e admito as as suas falhas e limitações, mas o que vivemos hoje é surreal, um Executivo fraco e perdido em brigas internas, um Judiciário que se acha “dono” da Verdade, do Bem e do Mal, que tem certeza de que todos nós somos imbecis e precisamos ser tutelados. E o Legislativo preocupado com o que sempre se preocupou, de defender os privilégios deste poder, de que odeia cheiro de povo, e está nem aí para ele. E este ano é ano de eleição.
Senhor Charlie , enquanto não for rompido esse acordo ” espúrio e criminoso ” , entre alguns membros dos três poderes da república do país , a tendência é tudo piorar , dando margens e argumentos de uma intervenção externa aos três poderes constituídos , sendo que os próprios legisladores , deslegitimaram suas próprias legislaturas , incorrendo em sucessivos crimes de mercantilização das leis do país , modificando e elaborando as leis do país , a seu bel prazer , em detrimento aos interesses do país e de seu povo .