Matheus Leitão
Veja
A ministra Isabel Galotti, do Tribunal Superior Eleitoral mantém na gaveta o primeiro processo de cassação do governador do estado de Roraima Antônio Denarium, concluso para julgamento desde 23 de fevereiro passado, embora já esteja condenado em três ações eleitorais sucessivas.
Já o senador Sérgio Moro (União–PR) – aquele mesmo descrito como a pior coisa que a política brasileira já pariu nos últimos anos – teve seu processo colocado em pauta com parecer do Ministério Público e julgamento para semana que se iniciada, com início no dia 16, quinta-feira, e previsão de estar concluído em 21 de maio.
FALTA DE CRITÉRIO – Moro foi julgado pelo TRE do Paraná no dia 8 de abril. Agora, o curioso é que o governador de Roraima também já foi cassado pelo TRE do estado em três condenações por compra de votos e abuso de poder político nas três ações eleitorais.
Ele se mantém no cargo debaixo de verdadeiro temporal de denúncias de corrupção e suposto envolvimento em crimes de grilagem de terras, garimpo ilegal e desvio de dinheiro público.
O que se percebe – e tem se comentado em Brasília – é que não existe critério para conclusão e julgamento de processos pelo TSE. Como um governador com três condenações não tem data alguma para ser julgado, e um senador, em pouco mais de um mês após ser inocentado no TRE, será julgado em tempo recorde?
Fica a pergunta.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É impressionante o comportamento do ministro Alexandre de Moraes, que está em fim de mandato e entregará a presidência do TSE em junho. Seu desespero e sua disposição para cassar Sérgio Moro são de tal ordem que Moraes nem liga para as aparências. O relator das ações contra o senador paranaense, ministro Floriano Marques Azevedo, concluiu seu parecer e liberou os processos para pauta na quinta-feira. Moraes nem esperou dar um tempinho para disfarçar e foi logo marcando o julgamento para o próximo dia 16. É claro que essas decisões, eivadas de partidarismo e servidão, depõem contra a dignidade da Justiça brasileira, que está mergulhada num mar de lama, como diria Carlos Lacerda. No entanto, Moraes não se preocupa com nada disso. E está se tornando mundialmente famoso, no mau sentido. (C.N.)
Missão dada, comissão comprida. ?
No entender de gente ligada ao sistema, Moro é mais pernicioso.
A perniciosidade dele foi ter ajudado a colocar um ladrão na cadeia e agora sua punição vai ser pelo “Orifício Legal”.
Outro orifício.
Deborah Sena
O Supremo Tribunal Federal (STF) designou a ministra Cármen Lúcia como relatora do inquérito que apura fake news sobre as enchentes no Rio Grande do Sul. A investigação atende ao pedido do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
A ministra foi autora de uma célebre frase “o cala a boca já morreu, quem manda em mim sou eu”, de 2016, recebida como uma garantia de que o STF asseguraria o pleno exercício da liberdade da expressão determinada na “Constituição cidadã” em vigor.
Os alvos da operação são o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) e o influenciador digital Pablo Marçal. Eles criticaram a atuação do Governo Federal perante a situação de calamidade e afirmaram que o Exército Brasileiro não se fez presente em alguns municípios.
“Me incomoda [ser chamado de divulgado de fake news] pelos outros que são fracos. Mas para mim não vai mudar nada. É fácil você descer de um lugar, pegar um cachorro e levar o cachorro para Brasília e dizer que fez alguma coisa”, respondeu o influenciador Pablo Marçal, em referência à primeira-dama Janja, que foi ao Rio Grande do Sul e adotou uma cadela e tem feito do ato uma peça de propaganda política.
Eu pensei que a “agilidade” judicial fosse o forte do lavajatismo! Não foi assim que fizeram com o Lula? Não ví críticas ao Moro e ao TRF5 pelas ilegalidades praticadas no processo kafkiano manipulado contra o Presidente! Com a palavra CN, o advogado do criminoso de lesa-pátria marreco de Maringá!