Tostão
Folha
Independentemente da atuação e do resultado do jogo desta terça-feira (10) contra o Paraguai, a seleção brasileira, mesmo com algumas deficiências individuais e coletivas, está no grupo das candidatas ao título mundial em 2026. Isso porque outras importantes seleções também apresentam problemas, como Espanha, Inglaterra, França, Alemanha e Portugal, além da Argentina, campeã do mundo, que perdeu para a Colômbia, por 2 a 1.
O Equador é um adversário difícil para qualquer seleção do mundo, como foi contra o Brasil, mas isso não justifica as deficiências da equipe brasileira contra os equatorianos. É preciso evoluir, jogar bem e de uma maneira prazerosa, convincente.
Os times e a seleção brasileira necessitam se reinventar e apagar as condutas antigas ultrapassadas, como a pratica de dividir o meio campo até o ataque entre o camisa 5, o camisa 8, o camisa 10 e o camisa 9, além dos dois pontas. Tudo certinho, burocrático, como no jogo contra o Equador, que ganhamos, ou contra o Paraguai, que perdemos.
COMO SE JOGA – Cada vez mais, nas principais equipes do mundo, não há essa separação. Geralmente elas jogam com um volante centralizado, que marca, inicia as jogadas com um bom passe e às vezes avança para finalizar. Além disso, há um meio-campista de cada lado, atuando de uma intermediária à outra e participando regularmente das jogadas ofensivas. São o camisa 8 e o camisa10. Os times são compactos e não há espaços para um clássico meia-atacante, camisa 10, que joga perto do centroavante e do gol, sem participar da marcação.
O Manchester City não tem um clássico camisa 8 nem camisa 10, e quando Haaland não joga não há também o camisa 9, pois o time passa a atuar sem centroavante fixo.
Contra o Equador e o Paraguai, Vinicius Junior atuou como um ponta esquerda, fixo, isolado, e foi facilmente marcado. Lembrou-me a eliminação para a Croácia na Copa de 2024. No Real Madrid, Vini Jr é um atacante, não um ponta. O Real costuma atrair o adversário e aproveitar a velocidade e o talento de Vinicius com bolas lançadas nas costas do lateral e dos zagueiros.
PONTAS ABERTOS – Ter dois pontas abertos, rápidos, dribladores é uma ótima conduta em certas situações, pois os laterais adversários se posicionam muito abertos e com isso aumentam os espaços pelo centro. Por outro lado, os pontas dribladores são mais marcados e as equipes com dois pontas passam a ter um jogador a menos no meio campo, na armação e na marcação.
Pontas canhotos, hábeis, que jogam pela direita e que driblam para o centro, viraram epidemia no futebol mundial. Na seleção brasileira, quatro têm sido chamados: Savinho, Raphinha, Luiz Henrique e Estêvão, embora, contra o Paraguai, tenha jogado Rodrygo, destro e que dribla pelos dois lados. Vários pontas canhotos brilham pela direita na Europa, como Lamine Yamal, na Espanha, e Saka na Inglaterra.
Tudo é incerto. O único que tem certeza é Dorival Junior, que afirmou, antes do jogo desta noite, que o Brasil estará na final da Copa de 2026. Foi surpreendente, uma ousadia do prudente, e agora vidente, técnico. Tomara que esteja certo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Concordando em tudo com a análise do Tostão, está na cara que o Luiz Henrique é o melhor atacante do time e não pode ficar de fora. Apenas isso. (C.N.)
Assim como nossos políticos, o nosso futebol está repleto de pernas de pau
Concordo plenamente com Carlos Newton, que viu o talento de Luiz Henrique, que dribla com facilidade pelas pontas e pelo meio. Ele foi caçado em campo, pelos violentos defensores do Equador e do Paraguai. Iam direto no tornozelo de Luiz Henrique, sob o olhar complacente dos árbitros, que faziam cara de paisagem. Nem cartão amarelo davam. Isso desestimula o bom jogo de futebol. Parece um telekats.
Ontem um jogador do Vasco, entrou com violência no adversário, jogador do Atlético Paranaense e ainda desferiu um soco nele. O árbitro deu cartão amarelo. Chamado pelo VAR, mudou para vermelho.
Assim não dá para assistir porradaria em campo.