Um poema sobre a simplicidade do poema, na inspirada criação de Olavo Bilac

Manuel Carlos🇧🇷 on X: "FRASES DE OLAVO BILAC. https://t.co/x1DILeizue" / XPaulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista e poeta carioca Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (1865-1918), no soneto “A Um Poeta” fala de um poema sobre o poema. “Versos em que o poeta nos apresenta uma profissão de fé, ou seja, a sua posição em relação à poesia. Isto é perceptível em todo o poema”, segundo a professora de literatura Sílvia C. Lobato Paraense.

Nesta poesia, o poeta se manifesta sobre o ofício de ser poeta expondo o produto final desse trabalho que é comparado ao de um escultor, ouvires ou artesão, em busca da forma perfeita, explica a professora, “para isso, são necessárias paciência e dedicação beneditinas; o produto final deve ser uma obra formalmente perfeita, chamada de Arte pura”.

A UM POETA
Olavo Bilac

Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima , e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço: e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego

Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E natural, o efeito agrade
Sem lembrar os andaimes do edifício:

Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.

2 thoughts on “Um poema sobre a simplicidade do poema, na inspirada criação de Olavo Bilac

  1. Hoje, consegui uma fuga para ler alguns artigos. Não abandonei nossa TI, apenas tive de me afastar de alguns compromissos para poder cumprir com outros, mais urgentes e necessários.

    Já ha alguns anos, venho estudando ditados, provérbios e frases ditas por pessoas que nos legaram história e conhecimento.

    Um dele foi sobre a frase: “A ocasião faz o ladrão”! Lembro dela, quando ainda era criança. Os nossos idosos repetiam isto, muitas vezes.

    De repente, analisando o contexto, cheguei a uma conclusão, para mim, mais lógica. Na verdade, quem cria a ocasião é o ladrão e não contrário como me diziam.

    Quantos de nós tivemos a oportunidade pegar algo de outro! E não fizemos. Por que? Não somos ladrões!!!

    Já o ladrão, escolhe tudo: o dia, a hora, a pessoa e até o que vai roubar. Ou seja, o ladrão é que faz/cria a ocasião.

    Alguém dirá: “mas as pessoas dão oportunidades para tal.” Poe ser, mas se não interessar ou não for vista pelo ladrão, acabou!

    Muita saúde a todos os amigos Tribunários!

    Fallavena

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