Vinicius Torres Freire
Democratas do mundo inteiro torcem em desespero pela vitória de Kamala Harris. Se eleita, a candidata do Partido Democrata não vai reverter esta onda longa de degradação social e política, fora do controle até do poder de um império mais benevolente. Mas manteria no poder o establishment imperial mais comedido e racional, de resto com 10% de desconto social, o Partido Democrata e seus aliados na finança, na universidade ou na ciência em geral e em boa parte das “big” (“techs”, “pharma” e outros gigantes tecno).
De certo modo, é coalizão que vem desde Bill Clinton (1992-2001), em especial desde Barack Obama (2009-2017), com qualificações.
O QUE VEM – As consequências de Donald Trump são incertas, até se ele perder. Haveria guerra jurídica e tumulto na rua? Vitorioso, vai implementar seu programa? Plutocratas menos lunáticos do entorno de Trump dizem que não; pode haver revolta política; talvez o Congresso barre o pior.
O plano de Trump tende a acabar com o que resta da ordem mundial que os EUA comandaram desde 1945 e com uma ideia de governo que, na sua versão moderna, tem bem mais de um século.
Os aumentos de impostos de importação (“tarifas”) acelerariam a fragmentação econômica global, além de agravar perigosamente o conflito com a China. Bloqueios de comércio alteram também fluxos de investimento; reorganizam ou reforçam blocos políticos e econômicos. Teriam consequências imediatas: preços e juros maiores, comércio menor, menos atividade econômica.
DRIBLAR RESTRIÇÕES – Haveria tentativas de driblar as restrições, como já acontece com as tarifas de Trump 1 (e políticas de vários governos dos EUA). Parceiros, vizinhos e aliados da China tornam-se veículos ou intermediários do capital e da produção chinesas. O pequeno Vietnã ora tem o terceiro maior saldo comercial com os EUA (US$ 105 bilhões, em 2023; o déficit com a China, o maior, é de US$ 279 bilhões). A
fim de fazer valer sua vontade, Trump viria a impor outras sanções contra países da conexão comercial ou de investimentos chineses e contra outros dribles?
Trump quer que países da Otan e do Leste da Ásia paguem a conta da proteção militar americana. Criaria problemas na endividada e lerda Europa e pânico em Taiwan, para começar. Mais importante, sem dinheiro e armas americanas, qual seria a atitude diplomática e econômica de tais países e blocos?
MOEDA MUNDIAL – Um exemplo menor. A conversa sobre a substituição do dólar subiu de tom com o confisco de reservas da Rússia e o banimento do país das redes financeiras ocidentais, entre outros rearranjos. A perda de peso do dólar ainda é pequena; o poder da moeda está longe de depender só de política. Mas as coisas se movem.
Trump quer trocar a burocracia, o governo racional, o serviço público de Estado, por um séquito. Ameaça meter a mão até no Banco Central, o que teria consequências para o financiamento da explosiva dívida americana e para taxas de juros mundiais, para nem mencionar a insegurança que causaria nos donos do dinheiro grosso, que estacionam seus haveres nos EUA.
O republicano quer dar cabo da transição ambiental; por tabela, ameaçaria compromissos do resto do mundo. A fim de deportar milhões de imigrantes ilegais (o que teria efeito econômico sério), criaria campos de concentração e um grupamento policial-militar de caça e intervenções? Os EUA têm Guantánamo, recorde-se.
“Kamala Harris é um misto de Dilma Rousseff com Rolando Lero”
Segundo Mario Sabino, que parece meio nervoso ultimamente. Talvez esteja sem dinheiro, o que não seria um privilégio unicamente dele.
“É um escândalo jamais visto um governador leiloar escolas públicas na Bolsa de Valores de São Paulo, na B3. Isso é um escândalo, é algo inaceitável, é revoltante você ver algo acontecendo, porque nós estávamos acostumados aqui em São Paulo com a privataria tucana, que já era terrível. Agora, nós temos a privataria bolsotucana”, afirmou o deputado estadual e diretor de escola pública, Carlos Giannazi
https://jornalggn.com.br/politica/escandalo-jamais-visto-leiloes-escolas-estaduais-sao-paulo/
Escândalo e um ex- presidente mandar invadir e roubar uma refinaria do Brasil
Lula torce por Kamala; Bolsonaro por Trump. E daí? Daí, nada
Por que tanto Lula quanto Jair Bolsonaro se sentiram livres para, aboletados no Palácio do Planalto, apoiar candidatos à Casa Branca?
Afora a ignorância e o menosprezo de ambos pelos interesses brasileiros, mais preocupados que estão em jogar para as respectivas galeras em todas as oportunidades, há uma causa para essa liberdade da qual eles não se dão conta.
A causa é a nossa insignificância.
Dois números a expressam à perfeição: a participação do Brasil no comércio mundial gira em torno de 1%; a bolsa brasileira representa apenas 0,5% da carteira de investimentos do mundo.
Mas sugiro olhar a nossa renda per capita, que é o que interessa de verdade: menos de U$ 10 mil.
Insignificantes econômica e também militarmente, somos um anão diplomático, na perfeita imagem israelense.
A ela se pode acrescentar uma metáfora marinha: sob Lula e o seu antiamericanismo primitivo, viramos um daqueles peixinhos que acompanham tubarões para se alimentar dos restos de comida que ficam presos nos dentes dos predadores. Viramos o fio dental de Rússia e da China.
A opinião e o apoio do Brasil não significam nada em lugar nenhum do planeta, a não ser a criação de pequenos problemas para nós mesmos, tão minúsculos quanto nós próprios, nas situações em que a opinião e o apoio não deveriam ser dados ou são dados a coisa que não presta.
O Brasil não existe, o mundo não seria diferente se o país deixasse de existir como nação — apenas os porcos chineses sentiriam um pouco a falta da nossa soja na ração.
Somos, no máximo, um enorme mau exemplo. É por isso que Lula e Jair Bolsonaro podem torcer abertamente para quem quiserem na eleição americana.
Fonte: Metrópoles, Opinião, 04/11/2024 11:22 Por Mario Sabin, que parece meio nervoso ultimamente. Talvez seja por falta de dinheiro, o que não seria um ‘privilégio’ unicamente dele.
Trump, ‘paz e amor’, diz que não contestará resultado “se for uma eleição justa”.
Leia-se: se ele GANHAR a eleição.
Porque, se PERDER, o tempo fecha, como da outra vez.
Trump e Kamala são dois candidatos que deixam a desejar
Na mosca.!
Nosso Editor-Chefe está ” Terrivelmente Terrível””…
aquele abraço….
O passado do milionário americano é menos sórdido do que o da vice-presidente americana, porque o que se pode dizer dele, também se pode dizer dela. Político honesto nasce morto, então julgar se este ou aquele é mais ou menos sórdido é uma estupidez. O que podemos pretender é ver em que esta gente pode nos ajudar, o resto é lorota para mostrar conhecimento.
Os parabéns de Zelensky foram os mais estranhos…
Se pudesse, Putin estaria sorrindo de ponta a ponta e seria o primeiro a parabenizá-lo.
Mas, malandramente, apenas palpitou:
“Eu adoro o sorriso de Kamala”