Bruno Boghossian
Folha
No discurso de vitória, Donald Trump reivindicou “um mandato poderoso e sem precedentes”. Durante a campanha, o republicano pediu para voltar à Casa Branca com autoridade expandida. Explorou com destreza o rancor de setores abalados por transformações econômicas e sociais, prometendo ultrapassar os limites que fossem necessários para atendê-los.
Os americanos toparam fechar mais um negócio com o magnata. Os EUA deram a Trump uma eleição confortável até nos estados-pêndulo que haviam sido responsáveis por sua demissão em 2020. Ofereceram ao republicano uma maioria no Congresso para cumprir suas promessas mais perigosas.
MESMA ESTRATÉGIA – Trump voltou a capturar uma classe trabalhadora frustrada, desinteressada em esperar por uma mudança que os democratas não foram capazes de entregar, a despeito de bons números da economia.
O republicano reuniu um grupo mais diverso do que em sua primeira eleição, melhorando o desempenho entre eleitores latinos e homens negros.
Esses americanos puseram de lado os riscos e os efeitos do caos oferecidos por Trump. Eleitores que se sentem deixados para trás julgaram que a ideia de vingança era mais sedutora do que os apelos à identidade ou a direitos como o acesso ao aborto e a preservação de uma democracia que, na visão deles, não os atende.
NARCISISMO – Trump fará de tudo para tirar proveito desses sentimentos. Dará vazão ao próprio narcisismo para retaliar aqueles que o transformaram num criminoso condenado. Abusará de pendores autoritários para derrubar obstáculos que a democracia impõe.
Terá o prazer de manipular a raiva do eleitorado para atropelar consensos civilizatórios sobre o clima, as guerras, o comércio, o trabalho e a imigração.
A vitória coroa uma mutação que transferiu o controle da direita americana para as mãos da extrema direita trumpista. Num ciclo de oito anos, Trump liderou uma revolução que deu aos republicanos a preferência do eleitorado de baixa renda, sem que fosse preciso sair da cama dos bilionários fiéis que bancam seu plano de poder.
ECOS PELO MUNDO – A sobrevivência desse modelo político dos Estados Unidos terá ecos desastrosos em todo o mundo, inclusive no Brasil.
Estabelecerá uma nova âncora para o negacionismo ambiental, a brutalidade social, as divisões políticas e as doutrinas anticientíficas, para ficar em alguns exemplos.
Para completar, Trump volta ao poder depois de tentar um golpe de Estado para desafiar de maneira escancarada a própria ideia de democracia.
Este sobrenome poderia falar também do Mahatma (Grande alma) contemporâneo, que é o senhor netanyahu.
Trump é o americano legítimo, escarrado, até no estereótipo…
O Criador (Partido Republicano), nunca teve uma Criatura, que o representasse tão bem…
A Kamala , também nunca teria a menor chance de vencer o Trump, por inúmeras razões…
Os americanos, de verdade, estão felizes e orgulhosos do seu Cowboy mor.
Valente e decidido !
Aqui do lado de baixo, só canalhas, ladrões, oportunistas, ditadores de direita e esquerda, analfabetos bêbados, negacionistas imbroxáveis e, principalmente, mentirosos contumazes, que só pensam em se dar bem, as custas do suor dos otários, que ainda batem palmas…
Credo !
Ricardo Lemos para presidente do IBGE. É bom ver de vez em quando estatísticas com cheiro de realidade.
é tão legal ver a imprensa petista se auto flagelando, continua CN!!!