Carlos Newton
De vez em quando, o editor da Tribuna da Internet tem uma epifania, como os gregos chamavam o sentimento de compreensão ou entendimento súbito da essência de algo, como uma manifestação que pode ter até mesmo um fundo religioso e espiritual.
Pois minha mais recente epifania ou “insight”, como dizem os americanos, é essa história do lobo solitário que atacou a Praça dos Três Poderes nesta quarta-feira à noite. Os suspeitos de sempre dizem que o objetivo maior era atacar o Supremo Tribunal Federal, para matar o ministro Alexandre de Moraes, aquele que anda com um alvo pintado na careca e virou um sonho de consumo de âmbito internacional para todo tipo de terrorista, seja pé de chinelo ou empresário quase trilionário.
RESPEITAR OS MORTOS – Minha epifania/insight foi a necessidade de respeitar os mortos, sem tentar entender o que passou pela cabeça deles no último momento ou na undécima hora, mesmo que sejam perigosos terroristas.
O quê? Eu disse “perigosos terroristas”? Desculpem, foi um engano. É óbvio que o cidadão catarinense nada tem a ver com terrorismo. Muito pelo contrário, sua apresentação foi de um mero aprendiz de feiticeiro, absolutamente incapaz de criar uma bomba que prestasse.
Notem que os artefatos que colocou nos dois automóveis eram do tipo cabeça de nego, nem chegaram a estragar a lataria, os reparos ficarão baratíssimos, abaixo da taxa de risco da seguradora…
QUASE-MORTE – No desespero, ao sentir que poderia ser preso, o candidato dos 93 votos resolveu acabar com tudo de uma vez. Mas a autoexplosão foi mínima, o terrorista só morreu porque pressionou o artefato contra a cabeça, o resto do corpo ficou incólume.
Assim, diante de tão importantes detalhes, tive o insight/epifania de que é um erro chamar de “terrorista” um cidadão sofrido, candidato a vereador, arrasado pelos 93 votos recebidos. Como comparar Francisco Wanderley Luiz com os verdadeiros terroristas do World Trade Center? Ou do Estado Islâmico, do Hamas, do Hezbollah e do Iêmen???
Realmente, não há a menor base para esse tipo de comparação. Aliás, a fotografia de Francisco Wanderley Luiz diz tudo. Como na música de Luiz Reis e Haroldo Barbosa, o personagem principal não tem cara de terrorista, pinta de terrorista nem roupa de terrorista. Portanto, não deveria ser rotulado assim, tão despudoradamente. Morreu sem tentar fazer mal a ninguém. É isso que interessa.
Caro Carlos Newton, parabéns pelas sábias conclusões, pois terrorismo pratica esse subversivos e apátrida conjunto de destrambelhados para tanto alçados levando toda a conjuntura nacional ao insucesso e empobrecimento, subtraindo todas as reservas, que viriam a garantir o futuro de seus agora preocupados “guarda-dores”!
Knocking on heaven’s door…hahahahahaha!
Just like that.
Sabotador sem automáticacorreçáo, é o tal de teclado.
Procede, procede, Seu Carlos, mas há terrorismo sim, não no patético suicídio do Francisco Wanderley, mas na pregação contaminante de neurónios daquela turminha sentada bem à destra da Deusa Democracia, que o induziu subliminarmente.
Pois é, Sr Editor. O único lobo solitário que oe mamadores-“progressistas” aceitam é Adélio Bispo.
Falam em 8/1 o tempo todo para impressionar idiotas dóceis e vagabundos que querem viver à sombra do Estado pelos restos de seus dias. Poderiam citar a invasão da Câmara pelo MLST em 2006, com dezenas de feridos, mas isso ofuscaria 8/1 e, portanto, NÃO CONVÉM !!!
A propósito: se há conexão com alguns vândalos de 8/1, qual é a razão de Francisco Wanderley não ter sido preso naquele dia ?
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