Eliane Cantanhêde
Estadão
Não adianta tampar o sol com a peneira: o presidente Lula ainda é um homem forte e saudável para os seus 79 anos, mas não um político com energia e vitalidade suficientes para disputar um quarto mandato em 2026, o que faz ecoar, estridentemente, o alerta feito pelo uruguaio José Mujica, ídolo das esquerdas sul-americanas: “Lula não tem substituto. Essa é a desgraça do Brasil”.
Assim, Lula teve três boas notícias nesta quinta-feira, 12/12: além da embolização ter sido “um sucesso”, segundo o dr. Roberto Kalil Filho, a pesquisa Quaest apurou que não apenas o próprio Lula, mas também o seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, venceria todos os nomes já colocados como opções da direita, caso a eleição fosse hoje.
SEM BOLSONARO – E mais: o ex-presidente Jair Bolsonaro, já derrotado por Lula em 2022, está inelegível e respondendo a processos no Supremo, inclusive por tentativa de golpe de Estado. Sabe-se lá onde estará em 2026?
Ronaldo Caiado, governador bem avaliado de Goiás, que obteve 88% de aprovação na mesma Quaest, também está inelegível por oito anos por decisão da Justiça Eleitoral em primeira instância.
Outros governadores e candidatos à direita são Ratinho Júnior (PR), com 81% de aprovação no seu Estado, Romeu Zema (MG), com 64%, e Tarcísio de Freitas (SP), 61%. Mas essa é a avaliação interna nos Estados que governam. Fora deles, todos são ilustres desconhecidos. Mais de 44% dos mineiros, paranaenses, baianos e pernambucanos não sabem, por exemplo, quem é Tarcísio. Com tanta antecedência, não chega a ser impeditivo, mas acende o sinal amarelo.
LULA ESTÁVEL – Na quarta-feira, a Quaest mostrou estabilidade na aprovação de Lula, mas com 61% considerando o terceiro mandato pior do que os anteriores. E, no dia seguinte, eis Lula como capaz de derrotar todos os concorrentes da direita.
Outra curiosidade é que tanto a principal alternativa a Lula, Haddad, quanto a opção a Bolsonaro, Tarcísio, não andam nos seus melhores momentos.
Haddad está às voltas com o mercado, que considera os cortes de gastos insuficientes; com o PT e as esquerdas, que acham excessivos para os mais pobres; com o Congresso, que pensa mais nas emendas parlamentares do que no Brasil.
SOBEM OS JUROS – Mas não é só. Os embates dentro do próprio governo são desgastantes e o salto de um ponto porcentual nos juros, decidido pelo BC por unanimidade, mirou na inflação, mas atingiu o ministro da Fazenda.
Já Tarcísio foi sucessivamente atingido por vídeos perdidos, comprovando que sua política é o seu homem da segurança são um desastre. Os criminosos atuam à vontade, sem controle e limite, enquanto as forças policiais agem como criminosos. Aturdida, tensa, a sociedade já não sabe mais quem é mocinho e quem é bandido nesse bangue-bangue.
As duas maiores preocupações da população são, justamente, economia e (falta de) segurança. Com Bolsonaro inelegível e enrolado e Lula ainda disposto a concorrer, mas cada vez se distanciando da intenção e das condições, convém aos candidatos à renovação priorizar nessas duas pautas.
Lula é um azougue politicamente
É o mais esperto politicamente em Brasília. E deve estar ‘inseguro’, portanto, quanto à possibilidade de alguém vir a sentar na sua cadeira presidencial, que deixou involuntariamente desocupada já há alguns (longos, para ele) dias no Planalto.
É tamanha a sua esperteza política, que começou a governar antes mesmo de tomar posse, aprovando no Congresso a PEC fura-teto, que retirou do Teto de Gastos – numa tacada só – R$ 145 bilhões em dezembro de 2022, o que lhe possibilitou deitar e rolar orçamentariamente a partir de 2023.
Reputo essa jogada magistral – que levou de roldão Câmara, Senado, STF, Ministérios e Presidência no final do governo Bolsonaro – como a sua maior manobra até aqui, e antes mesmo do início de seu mandato, repita-se.
Acorda, Brasil!
A pesquisa como sempre, é direcionada.
Geraldo Alckmin-vice.
CIRO GOMES, Pablo Marçal, não são citados.
O BRASIL ENTRE A CRUZ, A ESPADA E A POSSÍVEL REDENÇÃO INÉDITA como nunca antes visto na história deste país. O medo e a preguiça de pensar e agir em favor do jeito certo e do lado certo sãos os gigantes que impedem o descortino de possíveis e necessários novos horizontes. E assim o Brasil vai ficando cada vez mais na rabeira do velho mundo tido como civilizado e desenvolvido, até esta parte da história da Humanidade, preso entre a cruz (Lula), e a espada (Bolsonaro), com os seus puxadinhos fantasiados de 3ª, 4ª, 5ª… vias atuantes como estepes dos me$mo$, perfazendo-se assim a maldita capciosa e nefasta polarização que infesta a nação e tanto infelicita o conjunto da população obrigada a sobreviver sobressaltada e às turras entre irmãos, forjada, imposta, protagonizada e desfrutada há 135 anos pelo militarismo e o partidarismo, politiqueiro$, e seus tentáculos velhaco$, conjunto da obra esse, dos me$mo$, contra os quais, a 35 anos, graças a Deus, temos A PROPOSTA DE REDENÇÃO, do país, da política e da vida do conjunto da população, representada pelo megaprojeto novo e alternativo de política e de nação, no bojo da Revolução Pacífica do Leão…, até esta parte da história do Brasil ignorado, cancelado e excluído da cena eleitoral pelos donos de partidos, pelo capital velhaco e tb pelos dons da imprensa falada, escrita e televisionada, que face a mega solução, via evolução, comportam-se como avestruz e fogem dela igual o diabo foge da cruz…http://www.tribunadainternet.com.br/2024/12/15/com-bolsonaro-fora-e-lula-improvavel-muda-tudo-na-eleicao-de-2026/#comments
Não muda nada, Dona Eliane, o problema do Brasil não é de nomes, é de prática e estrutura.
Num sistema político patrimonialista, populista, ineficiente, corrupto e criminoso, nem Adenauer, Roosevelt, Tacher ou Churchill teriam sucesso.
O sistema com suas oportunidades e impunidade só atrai vigaristas bandidos.