Mariana Carneiro
Estadão
Ex-ministra da Agricultura do governo Jair Bolsonaro, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) afirmou que nunca ouviu defesa a um golpe contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no agronegócio e criticou a menção ao setor na prisão do general Braga Netto, no fim de semana.
Braga Netto, segundo a investigação da Polícia Federal que teve como base o depoimento de Mauro Cid, teria recebido do “pessoal do agro” recursos para financiar o plano de golpe que previa até o assassinato do presidente então eleito, de seu vice Geraldo Alckmin e de ministros do Supremo Tribunal Federal.
LEVIANDADE – “É uma leviandade alguém falar em ‘dinheiro do agro’ porque o agro é um setor enorme, com mais de 5 milhões de produtores rurais”, afirmou a ex-ministra.
“Isso é colocar um setor inteiro quando, se aconteceu isso e se é verdade que é alguém, é alguém do agro, mas não o setor. Do jeito que está sendo colocado parece que o agro queria financiar o golpe e eu nunca ouvi isso. Eu sou do agro, ando pelo agro, tenho relações e nunca ouvi isso de ninguém.”
A senadora foi colega de Braga Netto no ministério de Bolsonaro. Tereza Cristina disse que pessoas ficaram insatisfeitas com o resultado eleitoral – em manifestações do 7 de setembro e também em acampamentos, empresários e transportadoras do agronegócio deram suporte a bolsonaristas. No entanto, ela negou que houvesse um sentimento golpista no setor agro.
SEM GENERALIZAR – “Não pode generalizar, pode ter uma parte de gente que trabalha também no agro que pode ter… não sei se golpe, mas não tinha satisfação com o que aconteceu. Ficaram indignados porque perderam a eleição, mas daí partir para o que veio nas informações que temos lido… Nunca fui em nenhum acampamento, nunca participei disso. Perdeu a eleição, perdeu, vamos trabalhar para ganhar daqui a quatro anos.”
A ex-ministra disse lamentar ainda o envolvimento do setor do caso. “É ruim para o setor, que é tecnificado, moderno, entrar nessa confusão”, afirmou. “Quem cometeu crime, seja em que esfera for, a lei está aí para ser cumprida. Tem que ter o direito de defesa, mas a lei é igual para todos. O que nós não podemos é criminalizar o setor”, acrescentou.
“Temos que ver o rumo das investigações. Eu sou a favor que quem está fora da lei tem que ser punido.”
Está clara a “refrega”: Sabotagem e subversão institucionalizada!
Querem destruir tudo que representa produção de famílias e alimentos e quem sabe até as fábricas de mesas, cadeiras, talheres e pratos!
Legado de Lula e Marina ao Meio Ambiente: Área queimada em 2024 bate recorde histórico
Com Lula e Marina no governo, área devastada por incêndios no Brasil é a maior desde o início de medição em 2019.
O país queimou literalmente em 2024 com despreparo e inoperância do governo.
De janeiro a novembro, a área destruída por fogo no Brasil em 2024 subiu 90% ante o mesmo período de 2023, indo de 156.448 km² a 297.680 km² —o equivalente ao território do Rio Grande do Sul.
É o maior número desde 2019, início da série do Monitor do Fogo do Mapbiomas, que divulgou os dados deste ano na segunda (16).
A expansão (…) evidencia falta de preparo do poder público para enfrentar o problema. Em 2023, a amazônia foi sufocada por fumaça.
O Governo deveria ter se antecipado com alocação de recursos para prevenção e combate ao fogo. Mas os dados indicam que isso não ocorreu.
Além do fogo do desmatamento produzido pela agropecuária, as queimadas são impulsionadas por garimpo e abertura de pastagens e estradas que elevam a incidência de luz solar e vento nas matas.
Em setembro, o mês de maior destruição ambiental pelas chamas (106.535 km²), gestores públicos estavam perdidos. O que se viu foi uma reação atabalhoada.
O governo Lula (PT) anunciou a criação de uma autoridade climática, promessa de campanha que até hoje nem chegou ao papel.
Não é com populismo penal, canetadas do Judiciário ou ações em cima da hora que se combatem os efeitos do aquecimento global, mas com políticas contínuas e integradas de adaptação à mudança climática —que, no caso em tela, incluem contenção da degradação das florestas e respostas céleres em emergências.
Fonte: Folha de S. Paulo, Opinião, 18.dez.2024 às 22h00 Por Editorial
Senhora ex-ministra da Agricultura do governo Jair Bolsonaro, e senadora Tereza Cristina (PP-MS) , não seria mais ” lógico e sensato ” , exigir que se dessem nomes aos bois dos membros do agronegócio envolvidos na trama do golpe de estado , do que defende-los cegamente como estas fazendo ?