Mariana Muniz
O Globo
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta sexta-feira contra um recurso da defesa do general Walter Braga Netto que pede a revogação da prisão preventiva do militar.
“Dada a permanência dos motivos que fundamentaram a decretação da prisão preventiva e a inexistência de fatos novos que alterem o quadro fático-probatório que embasou a medida, não há que se cogitar de sua revogação”, apontou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, na manifestação
PRESO NO RIO – O ex-ministro foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) está preso desde o último sábado, no âmbito das investigações que apuram uma tentativa de golpe após a eleição de 2022.
Braga Netto é suspeito de obstrução de Justiça. Ele teria tentado obter dados da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O militar foi indiciado no inquérito com outras 36 pessoas, que incluem o ex-presidente Jair Bolsonaro e Mauro Cid.
Segundo a PGR, ao autorizar a prisão preventiva no último sábado, a Polícia Federal, ao pedir a prisão preventiva de ambos, apontou que Braga Netto e Peregrino “estavam associados aos propósitos de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e execução de Golpe de Estado contra o governo legitimamente constituído” e atuaram para obstruir as investigações, interferindo nas informações prestadas por Mauro Cid.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Mais um parecer que desmoraliza o Ministério Público, considerado o “fiscal da lei”. Se os procuradores atuassem na forma da lei, seriam a favor da libertação de Braga Netto, que não é flor que se cheire e merece execração pública, mas tem todo direito de responder a processo em liberdade. Moraes e Gonet agem em dobradinha no descumprimento da lei. (C.N.)