Apoio da ABI à eleição de Maduro subverte princípios do jornalismo

Octávio Costa analisa a imprensa brasileira em entrevista | Variedades

Octavio Costa levou a ABI a apoiar o tirano Maduro

Lygia Maria
Folha

Uma imprensa livre é condição sine qua non para a democracia. Não à toa, é um dos setores que mais sofre repressão na vigência de regimes autoritários. Assim, jornalistas que apoiam ditaduras são como cordeiros celebrando o próprio abate. E, por incrível que pareça, eles existem, como mostra a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

A entidade, por meio de sua Comissão de Relações Internacionais, foi um dos 19 signatários de uma carta enviada a Lula (PT) solicitando que o governo brasileiro reconheça a eleição de Nicolás Maduro na Venezuela.

FARSA ELEITORAL – Mas Maduro é um ditador. O pleito realizado em 28 de julho foi uma farsa. Ao assinar o documento, portanto, a ABI achincalha não só a atividade jornalística como os direitos humanos.

Em 2012, um ano antes de o caudilho chegar ao poder, a colocação do país no ranking mundial de liberdade de imprensa da organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) era a já preocupante 117ª. Em 2023, despencou para a 156ª —numa lista de 180 nações.

Para compor a nota final, a RSF avalia cinco indicadores (político, econômico, legislativo, social e de segurança). No primeiro, que trata do respeito à autonomia dos veículos ante pressões do Estado e de outros atores políticos, a Venezuela está na 170ª posição.

ABUSOS E VIOLÊNCIA – A brutalidade de Maduro é notória. O Tribunal Penal Internacional levantou mais de 1.500 denúncias de abusos das forças de segurança. Revelou tortura, desaparecimentos, assassinatos e centenas de presos pelo regime, inclusive menores de idade, entre setembro de 2023 e 31 de agosto de 2024.

Tanto a ONU como o Carter Center apontam que a alegada vitória de Maduro carece de credibilidade. Dados analisados pelo Carter Center mostram que seu adversário, Edmundo González, obteve muito mais votos.

A carta assinada pela ABI até deturpa informações, ao dizer que González reconheceu o resultado do pleito, quando na verdade ele afirma ter sido coagido a acatá-lo para poder sair do país. É surreal que a ABI respalde tantas violações ao jornalismo e à democracia. Por tal feito, já pode ser chamada de Associação Brasileira de Incoerência.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Fui Conselheiro da ABI e tinha orgulho. Agora, fiz uma promessa. Jamais pisarei novamente naquele prédio histórico. (C.N.)

15 thoughts on “Apoio da ABI à eleição de Maduro subverte princípios do jornalismo

  1. Extrapolam os conceitos.

    Onde já se viu jornalista defender ditador que persegue a imprensa!?

    Maduro é ditador e opressor.

    Até a passividade do governo brasileiro atual foi um CRIME COMISSIVO POR OMISSÃO.

    ABI está fazendo o mesmo.

    ABI está dominada por Hipocresistas.

  2. É vergonhosa a carta que defende que Lula reconheça vitória de Maduro

    Um dos signatários da carta em defesa de Maduro é a ABI, representativa da esqualidez intelectual e ideológica dos jornalistas brasileiros

    É sobre a carta que defende que o Brasil reconheça como legítima a vigarice eleitoral que ocorreu na Venezuela de Nicolás Maduro.

    A carta, que trata Lula como “estimado companheiro” na sua introdução, não poderia ser mais indecorosa.

    A Associação Brasileira de Imprensa é uma das signatárias dessa canalhice de chamar a oposição venezuelana de “terrorista” e transformar uma gigantesca fraude eleitoral em “escolha legítima do povo venezuelano”.

    Notório antro esquerdista, há de se reconhecer que a ABI é bem representativa da esqualidez intelectual e ideológica dos meus colegas de profissão.

    Os jornalistas brasileiros (…) aplaudem como macacos de auditório cada cala-boca, cada ato liberticida que pretende, cinicamente, defender a democracia, seja aqui ou no exterior.

    A ABI pode ficar tranquila: Lula vai reconhecer a “legitimidade” do ditador sanguinário Nicolás Maduro. Aliás, tudo está armado para que isso venha a ocorrer em breve. Sempre esteve, é que o companheiro Maduro andou falando mais do que deveria. A falta de vergonha na cara vos une.

    Fonte: Metrópoles, Opinião, 29/12/2024 13:14 Por Mario Sabino

  3. Dólar dispara e bate R$ 6,24 em último dia de negociação do ano…”

    Bora , dolinha, arrebenta com o Ladrão e o Ratão…..

    Acaba com tudo…..

    aquele dólar, ops, errei, aquele abraço….

  4. Na moral Carlão…Born to Write..

    O nobre jornalista da purissima linhagem de Líbero Badaró…Esperava 0 quê…desta ABI?
    Só latrina…Carlão…e o que diremos da ABL …( Que vergonhosamente…e covarde ..Elegeu um certo degenerado moral …ao invés de Mário Quintana…Uma prova cabal da latrina que virou a ABL …como agora se vê com a “ABI”…)

    Ao mais notamos que instituições estão mais fetidas…do que certas Latrinas…
    Prova de que estamos chegando ao fins dos tempos…

    Desejo ao prezado Carlão…e toda sua Casa…um novo Ano de saúde e paz…Com a Graça do ALTÍSSIMO YAH NOSSO CRIADOR E SALVADOR SEJA LOUVADO SEMPRE…

    E extendo Eu e minha Casa votos de um 2025 de saúde e paz…PARA todos sem exceção dos meus queridos TRIBUNARIO..deste Farol…com ” my captain “…na Condução…

    Que a PAZ DE YAH O ALTÍSSIMO NOSSO CRIADOR…seja com TODOS…OK

    YAH O ALTÍSSIMO NOSSO CRIADOR E SALVADOR SEJA LOUVADO SEMPRE…

  5. NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Fui Conselheiro da ABI e tinha orgulho. Agora, fiz uma promessa. Jamais pisarei novamente naquele prédio histórico. (C.N.)

    Sr. Newton

    Depois do Sr. “escapar” daquele viveiro de comunistas psicopatas doentes procto retal-cerebral, onde até o porteiro e o ascensorista chamavam todos de “camarada”., agora foi a vez de escapar de mais um viveiro de comunistas a ABI, uma corja de vermelhinhos doentes pela ideologia do carniceiro josefino stalinho…..

    Congratulações por mais essa vitória da liberdade

    Meu desprezo por esses jornazistas degenerados que não tem mais relevância para o Páis…….

    aquele abraço

  6. Octavio Costa levou a ABI a apoiar o tirano Maduro

    Um jornazista apoiar um dos maiores ditadores da atualidade é a prova mais real da doença vermelha que tomou conta da Grande Midia Nefasta Pobre Corrupta …….

  7. O assunto, o artigo e os comentários aqui exarados, me levam à petulância e oferecer uma reflexão sobre o tema que eu publiquei no início do ano, como uma oferta de um Ano Novo com uma imprensa mais “limpa”

    SOMOS REFUGO DA FEIRA DA INFORMAÇÃO
    Difícil estabelecer o início da atividade econômica organizada, mas já 1.500 anos A.C., os fenícios exerciam comercio marítimo, organizado e escriturado, daí para mercados, moeda, escravos, tributos, metalurgia, monopólios, máquina a vapor, revolução industrial, sociedade de consumo, tecnologia das comunicações, informática, economia globalizada e era da informação, foi só um passo de 35 séculos.

    A conexão entre algumas das últimas fases é que vou tentar explicar porque poderiam ser um ponto de retrocesso no ritmo da evolução cívica, institucional e intelectual da humanidade.

    O ciclo da atividade econômica eu definiria, empiricamente, como inovação, projeto, produção, produto e comercialização envolvendo modernamente estratégias de marketing.

    A captação e divulgação de notícias desde a epifania de Júlio Cesar, 21 séculos atrás, com seu jornal Acta Diurna, a 1ª SECON, foi se arrastrando lenta e esporadicamente até a descoberta da prensa móvel de Gutemberg em 1440 e a partir de aí até o primeiro jornal diário de notícias de Leipzig em 1650 a atividade foi mais literária com edição de artigos de fundo e livros diversos passando a partir de aí a focar na divulgação de notícias e opiniões sobre fatos ocorridos ou situações latentes.

    Alguns jornais foram sendo fundados e experimentados até que em 1785, em Londres, aparece o The Daily Universal Register que em 88 viraria The Times, e é no século XIX que empresários, políticos e governos acordam para o potencial econômico e doutrinário dos jornais e seus conteúdos, quando aparecem veículos emblemáticos como The New York Times, The Guardian, Agence France Presse, United Press e o nacional Correio Braziliense.

    Mas é no final desse século e no decorrer do XX, que a onda de invenções na arte gráfica e especialmente nas comunicações, transformam o jornalismo num colosso econômico pela sua abrangência mundial total, seu poder de propaganda comercial e de doutrinação política, mas perdendo receita pelo praticamente fim da venda do jornal impresso, mesmo substituído pela venda de assinaturas.

    O direcionamento desse poder de difusão é que seleciona as duas fontes de rendas do jornalismo, o setor econômico e o setor político, o que nos leva à única conclusão lógica possível, o setor jornalístico tem que entregar sua mercadoria, notícia e análise, aviada e embalada de acordo com a necessidade do cliente ou comprador, pelo que a verdade, a lógica e a isenção não farão necessariamente parte da mercadoria entregue, não bastasse as pressões dos clientes, apareceram umas nuvens negras sobre o setor, a internet, as redes e o celular, e como consequência, milhares de concorrentes a repórter, comentarista, ancora, a praga dos blogueiros e dos Influencers, todos disputando o imenso mercado do sensacionalismo, da desinformação, do proselitismo político, da polarização ideológica, do consumismo, da mentira, da falsa narrativa e, consequentemente, da estupidez humana. As consequências dessa diversidade de fraudes informativas, são o triunfo de políticos absolutamente desqualificados, ausência de líderes bem intencionados e cidadãos minimamente conscientes e bem informados, adoração de ex presidiários e agitadores terroristas, hordas de cidadãos se comportando como débeis mentais, o Q.I. médio nacional recuando anualmente e um país caindo rapidamente no conceito mundial.

    Um Velho na Janela
    Enviado por Um Velho na Janela em 28/02/2024

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