Troca na Secretaria de Comunicação marca momento estratégico para Lula

Paulo Pimenta dá lugar a Sidônio Palmeira no comando da pasta

Pedro do Coutto

O presidente Lula da Silva trocou o comando da Secretaria de Comunicação para obter melhores resultados junto à opinião pública sobre o seu governo e a sua atuação. A saída de Paulo Pimenta e a nomeação de Sidônio Palmeira para o comando da pasta marcam um momento estratégico para o governo. Pimenta realmente não vinha atuando positivamente e isso refletiu-se no panorama político que depende da comunicação para se desenvolver.

A transição na Secom está agendada para a próxima segunda-feira, e vem acompanhada de uma série de eventos importantes, incluindo a participação de Pimenta nas atividades de aniversário dos dois anos dos atentados às sedes dos Três Poderes ocorrida ontem. Em seguida, será Sidônio quem assumirá as rédeas da comunicação do governo.

PLANEJAMENTO – A transição não é repentina. Na verdade, ela vinha sendo planejada há semanas e envolve uma estratégia mais ampla de ajuste ministerial. Lula já havia manifestado interesse em que Palmeira integrasse sua equipe de forma mais ativa, especialmente após um encontro realizado antes de sua hospitalização. A escolha por Sidônio é uma tentativa de reforçar a comunicação governamental e intensificar o alinhamento estratégico com o Planalto.

“O presidente quer ter a frente da Secom uma pessoa que tenha um perfil diferente do perfil que eu tenho. Um profissional de comunicação, uma pessoa que tenha experiência, que tenha talento, a criatividade, a capacidade de poder exercer essa tarefa e poder coordenar essa política de comunicação do governo no próximo período”, disse Pimenta à imprensa.

Sidônio Palmeira enfrenta inúmeros desafios ao assumir a nova função. Entre as principais tarefas está a necessidade de desenvolver uma comunicação que ressoe com o público e auxilie nas relações entre o Executivo e o Legislativo. O recente envolvimento de Sidônio em iniciativas como o anúncio do corte de gastos públicos, liderado pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, exemplifica sua capacidade de estratégia em comunicação.

EXPECTATIVA – “A gente precisa é que aconteça, é que tem uma expectativa grande com governo, tem a gestão e tem percepção popular. Eu acho que a gente precisa alinhar essas três coisas. E esse é o desafio nosso: expectativa, gestão e percepção popular fiquem equilibradas. A gente precisa evoluir nisso”, afirmou Palmeira a jornalistas.

Para Paulo Pimenta, o futuro ainda é incerto. Possibilidades incluem sua realocação para outro ministério ou retorno ao mandato na Câmara dos Deputados, do qual está licenciado. A mudança reflete mais um passo na estratégia administrativa de Lula, que visa ajustar o equilíbrio de poder nas relações com partidos políticos e garantir suporte para políticas de interesse do governo.

DIVULGAÇÃO – É preciso ver o que se encontra no governo em questões que podem se transformar em fatos concretos para a divulgação efetiva. Lembro do governo Juscelino Kubistchek que de dois em dois meses comparecia à televisão falando do seu governo, demonstrando um entusiasmo crescente e uma sensação de que algo concreto acontecia. O governo Lula precisa dessa disposição para conquistar espaços vazios na opinião pública. É necessário que se baseie em situações de interesse coletivo.

O governo entrará em uma nova etapa da comunicação visando as eleições de 2026. É preciso ver que não custa nada passar um pente fino nos problemas que estão tramitando no Congresso e no próprio Executivo. A partir daí é preciso analisar os setores que precisam de um rejuvenescimento e uma visão popular para que cheguem ao conhecimento público com mensagens efetivas de interesse de todos.

12 thoughts on “Troca na Secretaria de Comunicação marca momento estratégico para Lula

  1. Depois de Alex, com poder real, no país, não há praticamente mais nada, a não ser coisas como Janja e Stuckinha (que trocaram Pimenta por Sidônio) e Lula, nessa ordem, etc.

  2. Risco de recessão no Brasil

    Problemas econômicos se acentuam

    A consultoria Eurasia afirma em relatório de riscos que a incerteza geopolítica global pode acentuar os problemas econômicos do Brasil e aumentar o risco de uma recessão no país nos próximos anos.

    A Eurasia entende que o Brasil entra em 2025 sob pressão provocada por preocupações crescentes sobre as contas públicas e que o governo Lula não foi capaz de amenizar as preocupações dos investidores, provocando uma alta de 27% do dólar no país em 2024.

    O maior alerta da consultoria é para as políticas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, sobre imigração, comércio e gestão fiscal, que devem contribuir para uma inflação mais alta e um dólar mais forte – acentuando os problemas econômicos do Brasil.

    “Se o cenário econômico global se deteriorar, aumenta o risco de que o Brasil entre em uma nova recessão (…)”, diz o documento assinado pelos executivos Ian Bremmer e Cliff Kupchan.

    Revista Veja, Radar Econômico, 9 jan 2025, 08h20 – Por Diego Gimenes / Pedro Gil

    É uma previsão de expectativa, só que do pessoal que tem dinheiro.

  3. Segundo o site Antagonista, esse novo secretário fraudou contratos na Bahia. Vai trocar um corruptlo. Segundo li o Pimenta dava golpe com transação de arroz. O pt é um caso perdido

  4. No meu parco entender, vejo a contratação do experiente marqueteiro como o que é, o início da campanha de 26, será que o velho malandro esqueceu que o apressado come cru, dois anos sendo ventilado vão acabar expondo mais defeitos do que inexistentes virtudes.

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