Venezuela é ditadura e a posse de Maduro é ilegítima, diz líder do governo

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Deu na Folha

O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que a Venezuela vive sob uma ditadura e que a posse de Nicolás Maduro em sua terceira posse, nesta sexta-feira (10), é ilegítima e farsante.

“Um regime que desrespeita direitos humanos, desrespeita alternância de poder e não respeita a soberania da vontade popular, é um regime autoritário. Portanto, é dever de todo democrata, esteja onde estiver, condenar qualquer ditadura, seja de direita, seja de esquerda”, disse em publicação no X (ex-Twitter).

LULA DIVERGE – Em agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o atual regime venezuelano não configura uma ditadura, mas um “regime muito desagradável” que tem um “viés autoritário”.

As relações entre o regime e o governo Lula atingiram seu nível mais baixo após o pleito de julho de 2024. O governo brasileiro não reconheceu o resultado da eleição venezuelana.

Diferentemente da última investidura de Maduro, em 2019, sob contestação, mas feita na sequência de uma eleição boicotada pela oposição, as eleições de julho de 2024 foram marcadas por acusações de fraude feitas pela oposição, que se declarou vitoriosa e divulgou atas eleitorais que comprovariam o triunfo do diplomata Edmundo González.

MADURO ISOLADO – Mais isolado do que nunca, o ditador se sustenta nos tentáculos do regime, mas vê diminuir o respaldo internacional.

O Brasil enviou a embaixadora Glivânia Oliveira, sob o entendimento de que, mesmo diante do endurecimento do regime, é importante manter relações diplomáticas com o país com que faz fronteira.

A diplomata foi a responsável por tentar reconstruir pontes diplomáticas após o rompimento sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

SEM COMENTÁRIOS – Ao menos por ora, Brasília não planeja emitir comentários sobre a escalada da repressão na Venezuela. Sob reserva, interlocutores dizem que o objetivo do governo é manter “baixo perfil” para não fechar canais de diálogo. Reconhecer Maduro como eleito não é uma opção, e o mesmo vale para Edmundo González.

Do Brasil, estiveram presentes uma delegação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e um grupo de dirigentes do PT (Partido dos Trabalhadores), a legenda do presidente Lula.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Randolfe Rodrigues é um político sério, que não apoia ditaduras para fazer agrados a Lula. O senador sabe distinguir ditaduras e democracias, mas a grande maioria dos políticos não entende o que é uma coisa e outra. (C.N.)

7 thoughts on “Venezuela é ditadura e a posse de Maduro é ilegítima, diz líder do governo

  1. Era uma vez uma farsa na Venezuela?

    Maduro é o que é, mas seus opositores também não seriam lá essas coisas.

    Com a ‘cassação’ de sua candidatura presidencial, a deputada Corina Machado, opositora (de araque) do ditador Maduro, lançou então, a presidente, o diplomata aposentado González Urrutia, como fantoche.

    Após Maduro se autoproclamar reeleito, Corina anunciou que o eleito tinha sido o González, que foi ‘perseguido’ pela ditadura chavista, se ‘exilou na Espanha e foi impedido de tomar posse, como se sabe.

    Mas em quem se deve prestar atenção aqui, aproximando mais a lente, não é no ditador Maduro, nem no fantoche González, mas nessa tal de Corina.

    Curiosamente, ela se posiciona para a mídia e os venezuelanos como principal ‘opositora’ de Maduro, sofre às vezes algumas ‘repreensões’ do regime chavista, como ‘impedimento’ de candidatura por ocultação de patrimônio, mas a rigor não é presa, não precisa se exilar etc., está sempre por ali numa boa.

    Anteontem, por ocasião da posse de Maduro, participando de uma manifestação oposicionista teria sido teatralmente ‘presa’ ou ‘interceptada’, como ‘informou’ para a mídia, mas logo após foi ‘liberada’, sem maiores problemas.

    Fica a impressão de que ela ‘entretém’ os venezuelanos contrários à ditadura lá reinante, mas, por trás das cortinas, ‘negociaria’ interesses seus ($$$) com o regime de Maduro, assim como o barba negociava aqui com o regime militar na época.

    Não tem herói nem há salvador da pátria nessa história, senão a pátria talvez já tivesse sido salva.

    • Sr. Panorama,
      É exatamente isso.
      Nota dez pro seu comentário.

      Lá os “opositores”, são de araque.

      Um circo tenebroso, e sanguinário.
      Essa mulher, fede a corrupção.

      Todos afanan, a ditadura, e também a oposição.
      Cada um faz suas negociadas e vão fudendo com o povinho, esse que não tem acesso a nenhum dos lados.

      O infeliz que não consegue entrar pra curriola, é o que sofre.

      O colombiano maduro, só sai do poder, MORTO.

      Ele sabe muito bem disso, portanto, veremos longos anos de ditadura neste país maravilhoso e que detém a maior reserva de petróleo do mundo.

      Um dia a festa do maduro, vai acabar… só não se sabe quando.

      Um abraço,
      José Luis

    • Só que devemos lembrar que a queda de ditaduras é algo muito complexo, real, pragmático, concreto. Na prática não é possível ficar escolhendo os “tantos” e os nem “tantos”.

      O conceito de forças produtivas explicam. Quando as oligarquias tirânicas entram em conflito com elas, todos unem-se, independentemente de ser-se brioso ou não.

      E é lógico que o grau de brio é um conceito relativo (não como o da Democracia do Lules), que depende de quem o expresse.

      Por exemplo, a derrota da Ditadura no Brasil uniu um arco enorme de visões de mundo e situações concretas, como fora o impedimento do Collor e da Dilma. Depois cada um foi pro seu “lugar”.

      E, é assim, que chegará o fim da atual Velha República Tardia.

      Não será projeto e ação nem dos “nem tanto assim” e dos “tanto assim”.

      Questão de sobrevivência da sociedade, com um mínimo de civilização.

  2. Parece que a Oligarquia Estatal Patrimonialista esteja tendo que esconder determinados aspectos extemporâneos e dissonantes com o atual estágio do processo civilizacional.

    Engodos desta magnitude precisam de sólidos, perenes e crescentes indicadores econômicos para manterem-se.

    Assim parte-se pro império das meias verdades, uns batem e outros assopram. Já notam que o grau de incoerência já ultrapassou todos os limites e que já perdem apoio político, que tende a aprofundar, com os pífios resultados econômicos. “Democratas” defendendo ditaduras, passa despercebido se os indicadores estão ótimos, mas quando caem, como soe acontecer, o cobertor torna-se muito curto.

    A Oligarquia, desta forma, adapta-se, uma parte dá apoio ao crápula, bárbaro e medieval Maduro e outros falam, sem qualquer constragimento que desaprovam o pilantra.

    Vejam que coisa.

    https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2025/01/10/comitiva-do-pt-comparece-a-posse-de-maduro-na-venezuela-saiba-quem-foi.htm

    Palavras ao vento, sem qualquer lastro na realidade, ainda estão passando, mas tendem a, tão somente, mostrar a verdadeira caveira do que são.

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    A propósito, o objeto do artigo, andava meio sumido. Sem ter colocado as mãos diretamente na lama, mostra suas pontas de dedos limpos.

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