Malafaia tenta impedir que bancada evangélica seja liderada por “lulista”

Malafaia

Malafaia boicota a aproximação de Lula aos evangélicos

Augusto Tenório
Metrópoles

Líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia tem um favorito para liderar a bancada evangélica no Congresso a partir de 2025. O grupo está dividido e pode, pela primeira vez, rachar com a votação do deputado que presidirá a frente parlamentar. Dois nomes estão no páreo: Otoni de Paula (MDB-RJ) e Gilberto Nascimento (PSD-SP).

Otoni é visto como favorito. Ele representa a ala da bancada que, apesar de conservadora, está aberta a dialogar com Lula. Esse grupo sinalizou ao Planalto seu desejo de ser ouvido na próxima reforma ministerial e sua vontade de participar do governo.

OTONI SE VENDEU – Nesse sentido, Malafaia tem defendido Gilberto Nascimento para impedir aproximação dos evangélicos com o Planalto. “Ele tem dez mandatos de deputado federal, é um cara moderado, todo mundo conhece ele, é amigo de todo mundo, não puxa para lado nenhum. Otoni não, ele se vendeu ao governo, está uma vergonha. Até um dia desses, esculhambava com Lula e o PT, era ‘aliadíssimo’ de Bolsonaro. Agora se vendeu o governo”, disse à coluna.

Apesar da sua preferência, o pastor afirmou que não tem interferido nas campanhas. “Eleição de presidente da frente tem a ver com os deputados. Eu não liguei pra um. Desafio um deputado, eu tenho aqui o telefone de mais de 50, mostrar que eu liguei pra pedir voto para Gilberto. Eu acho Gilberto é candidato da maioria dos deputados, Otoni não, já disse para que veio”.

ORAÇÃO NO PLANALTO – A crítica de Malafaia ocorre porque Otoni de Paula orou pelo presidente Lula num ato realizado no Planalto, junto a outras lideranças evangélicas. Bolsonaristas logo reagiram, temendo uma adesão de fiéis ao PT.

A Frente Parlamentar Evangélica conta com 219 deputados e 26 senadores. Historicamente, os líderes do grupo são escolhidos de forma consensual, para evitar rachas.

A eleição acontecerá em fevereiro de 2025, após a posse dos novos presidentes da Câmara e do Senado.

CONFLITO INTERNO – Atualmente, o grupo evangélico é presidido pelo deputado Silas Câmara (Republicanos-AM). Ele tentou antecipar para este ano a escolha do novo presidente, antecipando o fim do seu mandato.

A ideia era fazer a frente parlamentar escolher logo seu presidente para apaziguar o conflito interno, até a eleição das mesas diretoras do Legislativo.

A tentativa não deu certo, por causa da oposição de Malafaia e outros pastores.  

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Malafaia é o verdadeiro líder dos evangélicos, deixando o bispo Macedo no chinelo. E toda discussão ele ganha no grito. Já apoiou Lula, já apoiou Bolsonaro e vai apoiar qualquer outro que vencer em 2026. (C.N.).

Moraes deveria parar de prender militares sem obedecer a lei

Altamiro Borges: A pressão pela queda de Alexandre de Moraes

Charge reproduzida da revista Fórum

Carlos Newton

O Exército Brasileiro nunca mais será o mesmo. Dois anos após o fracasso do golpe de estado, a corporação enfrenta cada vez mais os efeitos das articulações ilegais para impedir a posse de Lula da Silva e, depois, para derrubá-lo do poder.  

Os oficiais da ativa não podem se pronunciar politicamente nem demonstrar seu descontentamento, ficando os protestos inteiramente a cargo do pessoal da reserva, que é muito atuante nas redes sociais e no YouTube, tem seus próprios influenciadores e conta com apoio de todo tipo de militante bolsonarista.

CONTRA LULA – É preciso entender que essa situação constrangedora para o Exército não vai mudar e tende a se agravar com possíveis indiciamentos de outros oficiais da ativa ou da reserva.

E tudo isso ocorre porque os militares jamais engoliram as armações do Supremo para libertar ilegalmente Lula da Silva e depois limpar sua ficha criminal, para possibilitar que ele fosse candidato em 2022 e derrotasse o capitão.

Por isso, quando a cúpula do governo Bolsonaro passou a divulgar que havia como provar fraude eleitoral, houve grande animação na caserna. Todos apoiavam o golpe, caso ficasse comprovado que a eleição tinha sido forjada.

DECEPÇÃO GERAL – Mesmo contratando um dos maiores especialistas do país, o engenheiro Carlos César Rocha, integrante da equipe que criou a urna eletrônica, nada ficou provado. Foi uma decepção geral.

A cúpula das Forças Armadas (leia-se Alto-Comando do Exército) teve de recuar. Quando Bolsonaro chamou ao Palácio da Alvorada os três comandantes militares e lhes mostrou a minuta do golpe, foi uma surpresa que a conspiração tenha sido vetada pelos comandantes do Exército. Freire Gomes, e da Aeronáutica, Baptista Júnior.

Somente o comandante da Marinha, Almir Garnier, continuou a favor, mas perdeu uma boa oportunidade de ficar calado e hoje está indiciado pelo inquérito no Supremo.

À MARGEM DA LEI – Apesar de detestarem Lula, os Altos Comandos de Exército e Aeronáutica se mantiveram legalistas e o golpe fracassou. Mas a crise continua, devido ao indiciamento e prisão de oficiais.

Os militares têm de apoiar as investigações, mas é evidente que não aceitarão passivamente que haja outras prisões ilegais, como a do general Braga Netto. O Alto-Comando admite um de seus membros preso, devido ao conjunto da obra, porque ele fez por merecer.

Mas nada indica que aceitem outras prisões sem obediência à lei, conforme é costume do ministro Alexandre de Moraes, que transformou em “terroristas” cerca de 1,5 mil brasileiros de ficha limpa, condenados a até 17 anos de prisão, quando deveriam ser julgados apenas por invasão de prédio público ou vandalismo, caso a caso.

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P.S. 1
Tenho desprezo por ditaduras. Minha ficha no Doi-Codi mostra que não me omiti no regime militar. E posso declarar que uma ditadura do Judiciário é algo muito mais detestável e tenebroso do que uma ditadura militar.

P.S. 2 – Se a lei dá ao indiciado o direito a responder a processo em liberdade, não interessa se é general, sargento ou recruta, esse direito precisa ser respeitado. No caso de Braga Netto, ele está preso porque teria telefonado ao pai de Mauro Cid, mas já se sabe que foi o contrário o general Lourena Cid é que ligou para ele. (C.N.)

Novo estudo revela a distribuição dos supersalários no poder público

Vinte e cinco mil servidores recebem supersalários e custam R$ 3,9 bi por  ano ao país

Charge do Nef (Jornal de Brasília)

Deu na CNN

Um estudo realizado pelo Movimento Pessoas à Frente revisitou dados alarmantes sobre a distribuição de supersalários no poder público brasileiro. A pesquisa, que analisou os rendimentos de servidores públicos ao longo de 2023, revelou discrepâncias significativas entre diferentes setores do governo.

Segundo o levantamento, enquanto apenas 0,14% dos servidores da administração direta federal receberam acima do teto constitucional, no Judiciário e no Ministério Público, esse percentual ultrapassou os 90%.

DADOS ALARMANTES – Especificamente, 93% dos integrantes do Judiciário e 91,5% dos membros do Ministério Público receberam, em algum momento de 2023, remuneração superior ao salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal.

O estudo também detalhou o impacto financeiro desses pagamentos extraordinários. No Judiciário, dos R$ 18 bilhões em rendimentos brutos, cerca de R$ 8,44 bilhões corresponderam a despesas extraordinárias. Já no Ministério Público, a situação se mostrou semelhante, com os gastos extraordinários quase se equiparando aos subsídios ordinários.

O Movimento Pessoas à Frente estima que o potencial custo dessas exceções possa ultrapassar R$ 11 bilhões apenas no ano de 2023.

PENDURICALHOS – Entre as principais exceções ao teto salarial, que estão em discussão no Congresso Nacional, destacam-se:

Indenização de férias não gozadas: R$ 1 bilhão no Judiciário e R$ 460 milhões no Ministério Público; Acúmulo de função: Quase R$ 800 milhões no Judiciário e mais de R$ 500 milhões no Ministério Público; Pagamentos retroativos: R$ 2 bilhões no Judiciário e R$ 1,1 bilhão no Ministério Público

Esses números ressaltam a urgência de uma discussão mais aprofundada sobre os limites salariais no serviço público e o impacto dessas remunerações nas contas públicas.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Jamais me canso de citar Capistrano de Abreu, um dos maiores historiadores brasileiros, que tinha um admirável senso de humor, até porque nasceu em Maranguape (CE), era conterrâneo de Chico Anysio. Dizia ele: “A Constituição só precisa ter dois artigos, assim: Art. 1º – Todo brasileiro deve ter vergonha na cara. Art. 2º – Revogam-se as disposições em contrário”. Infelizmente, Capistrano morreu sem ver sua Constituição aprovada. (C.N.)

Piada do Ano! Até Gusttavo Lima quer ser candidato à Presidência

Gusttavo Lima

Lima, amigo de Caiado e Bolsonaro, está “à disposição”

Paulo Assad
O Globo

O cantor sertanejo Gusttavo Lima anunciou, nesta quinta-feira, que pretende se candidatar à Presidência da República. A informação foi publicada incialmente pelo Metrópoles e confirmada pelo GLOBO. Em nota, a assessoria de imprensa do sertanejo disse que o “nome do cantor está à disposição, caso o país venha a precisar”.

“Estou cansado de ver o povo passar necessidade sem poder fazer muito para ajudar (…) Vim de uma condição bastante humilde, cheguei a perder três dentes, mas, claro, tive condições de me tratar, condição que muita gente não tem”, disse Gusttavo Lima ao portal.

SEM FILIAÇÃO – Próximo do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que também já anunciou ter intenções de disputar a Presidência, Gusttavo Lima não está no momento filiado a um partido político. O sertanejo já declarou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao ex-coach Pablo Marçal durante sua campanha à Prefeitura de São Paulo em 2024.

“Chega dessa história de direita e de esquerda. Não é sobre isso, é sobre fazer um gesto para o país, no sentido de colocar o meu conhecimento em benefício de um projeto para unir a população”, disse Gusttavo Lima ao Metrópoles.

Em setembro, o sertanejo foi indiciado pela Polícia Civil de Pernambuco por lavagem de dinheiro e organização criminosa em um suposto esquema envolvendo o site de apostas Vai de Bet. Ele chegou a ser alvo de um pedido de prisão preventiva, mas o Tribunal de Justiça do estado reverteu a medida. O Ministério Público de Pernambuco defende o arquivamento das investigações contra o sertanejo.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Mais um não-político a dar pitaco no assunto. Dizem que Luciano Huck também só pensa naquilo. Coitados, têm uma vida moda, ficaram ricos trabalhando e não sabem a chatice monumental que é fazer campanha e depois exercer um cargo público. (C.N.)

Com o fim de Lava Jato, é claro que a corrupção voltaria a reinar

Charges - Corrupção

Tirinha do Armandinho (Alexandre Beck)

Merval Pereira
O Globo

Quando todos, especialmente os parlamentares, esperavam que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flavio Dino iria acatar as respostas nada esclarecedoras da Câmara a respeito da liberação das emendas, eis que ele se manteve firme na exigência de informações precisas.

Não havia por que a manobra do presidente da Câmara, Arthur Lira, e os líderes, depois da reunião com o presidente Lula no Palácio da Alvorada, pudesse obrigar o governo a pagar as emendas que foram suspensas pelo ministro Dino. A não ser que ele estivesse realmente de conluio com o presidente, como parecem acreditar os parlamentares.

FALSA NORMALIDADE – O problema não é com o governo, que está disposto a pagar para não se atritar com o Congresso. Aliás, já fez mais do que deveria, isto é, afirmar, através da Advocacia Geral da União (AGU) que está tudo normal na tramitação, quando todos sabem que ela transgrediu as normas mais elementares de transparência e pessoalidade, como aliás frisou o ministro Dino na resposta.

A tendência no STF era apoiar unanimemente a decisão de Flávio Dino, mas ele acabou revertendo, por causa das emendas na área da saúde.

Deputados queriam que a decisão de Flavio Dino se baseasse na informação que mandaram, francamente incompleta, porque dizem que nada foi alterado sobre o que as comissões decidiram. Mas alegam que as Comissões não têm atas que possam comprovar a afirmação.

ATENDENDO JUCÁ – Se acordo houve, foi entre setores majoritários do Supremo e o Congresso, como já havia previsto o hoje lobista Romeroa Jucá, um dos maiores conhecedores das entranhas do Congresso e do Governo.

Ele preconizava, no auge da crise desencadeda pelas prisões de políticos e empresários pela Operação Lava Jato, que era preciso fazer um acordo “com STF e tudo” para “conter essa sangria”.

Dito e feito, todos os condenados pela maior operação de combate à corrupção já ocorrida no país estão em liberdade, sendo agraciados com o arquivamento de seus processos, com a anulação de suas condenações, com a prescrição de supostas penas por impossibilidade de decretá-las em tempo hábil.

TUDO COMO DANTES – Ficando “tudo como dantes no quartel de Abrantes”, natural que situações idênticas, mesmo que com roupagens diferentes, voltassem a acontecer.

Os políticos, que antes se contentavam em manipular as estatais, sem poder de mando no cotidiano, agora voltam as vistas para o verdadeiro poder, que lhes dá direito a definir quanto e quantos se beneficiarão dos cofres públicos, ligando esses interesses particulares à chantagem para aprovar projetos de interesse do governo.

Assim temos uma governança que, em vez de objetivar o avanço do país, mira o avanço privado nas coisas públicas. Com essa dinheirama vinda das emendas parlamentares e dos fundos eleitoral e partidário, os partidos políticos têm meios de desvirtuar as eleições, mantendo o Congresso refém de grupos políticos específicos pelo país afora.

José Carlos Dias aponta as graves falhas dos Três Poderes

Estamos vivendo pandemia e pandemônio', diz ex-ministro José Carlos Dias - 09/12/2020 - Cotidiano - Folha

É o pior Congresso de todos os tempos, afirma Dias

Marcelo Godoy
Estadão

Em setembro de 2017, o Tribunal de Justiça de São Paulo resolveu homenagear o advogado José Carlos Dias. A cerimônia serviu para reconhecer as “relevantes contribuições à cultura jurídica e ao Poder Judiciário, em especial pela defesa dos direitos de presos políticos durante a ditadura e seu trabalho na Comissão Nacional da Verdade”.

Em seu discurso, Dias fez referência aos casos de corrupção de então: “Sinto que é meu dever dizer algumas palavras sobre nosso país, golpeado, esquartejado pela corrupção e pelos desmandos cometidos por agentes públicos dos Três Poderes”.

DISSE O JURISTA – “O que se espera hoje do Judiciário, especialmente do STF? Como conciliar rigor absoluto no combate à corrupção, com absoluta intransigência no respeito ao devido processo legal e às garantias penais esculpidas na nossa Constituição?”, indagou o jurist.

A reflexão do criminalista permanece atual. Assim como outras reunidas no livro “Democracia e liberdade: a trajetória de José Carlos Dias na defesa dos direitos humanos”, de Ricardo Carvalho e Otávio Dias.

O homem que defendera mais de 500 presos políticos e fora um dos idealizadores da Carta ao Brasileiros – lida por Goffredo da Silva Telles Jr. em 1977 na Faculdade de Direito da USP – havia aceitado em 1972 o convite de dom Paulo Evaristo Arns para compor a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo.

BUSCA DA JUSTIÇA – Na Comissão Justiça e Paz, em busca da Justiça, José Carlos Dias começava um trabalho que o levaria à Secretaria de Justiça de São Paulo, no governo de Franco Montoro, e ao Ministério da Justiça, na presidência de Fernando Henrique Cardoso.

Dias não se limita no livro a dar seu testemunho em defesa da democracia; ele também adverte sobre fragilidade da democracia.

“Estivemos sob a ameaça de um novo golpe de Estado tramado no próprio Palácio do Planalto. (…) Nossa frágil democracia, embora tenha prevalecido, continua sob ameaça”, assinala.

TRÊS PODERES – “Temos o pior e mais nefasto Congresso até hoje eleito, que parece empenhado em desfazer os avanços alcançados a partir da Constituição Cidadã. Temos um Executivo que, apesar de comprometido com a democracia, a redução das desigualdades sociais e os direitos humanos, admite jogar para baixo do tapete o passado autoritário. E um Judiciário que, embora tenha sustentado um papel fundamental na tutela da democracia, falha em cumprir no varejo suas obrigações para que a lei possa ser aplicada de maneira igualitária e imparcial a todas as pessoas”, adverte o jurista.

E conclui: “A união de todos os democratas (…) é o único caminho para enfrentar o crescente poder da extrema direita no Brasil e no mundo.” Será que vão escutá-lo?

Nunes é peça-chave para Tarcísio e obstáculo para Lula em 2026

Se Tarcísio disputar a Presidência, será eleito, diz Nunes

Tarcísio e Nunes estão cada vez mais entrosados

Pedro Venceslau
CNN

Depois de manter a estrutura e os principais nomes do primeiro escalão da prefeitura herdados por Bruno Covas (PSDB), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tomou posse em seu segundo mandato nesta quarta-feira (1º) com um secretariado com marca própria, horizonte político ampliado e lugar de fala no debate nacional.

Reeleito com o apoio incondicional de Tarcísio de Freitas (Republicanos), Nunes entra nessa nova fase como uma peça-chave no projeto político do governador paulista, seja ele qual for.

A MESMA COALIZÃO – Se disputar a reeleição, como tem dito ser seu plano, Tarcísio deve contar com Nunes para articular na disputa estadual a mesma ampla coalizão partidária que garantiu sua reeleição na capital.

O prefeito já deu reiteradas demonstrações de que a parceria é sólida, prioritária e veio para ficar. Além de colaborar na construção de uma “frente ampla”, Nunes sinalizou disposição de retribuir o apoio de Tarcísio e ser um cabo eleitoral engajado na capital.

Aliados de Tarcísio na Assembleia Legislativa avaliaram positivamente, por exemplo, a decisão de Nunes de convidar ex-prefeitos de cidades paulistas para cargos no primeiro escalão.

OUTRA HIPÓTESE – Caso o cenário político nacional empurre o governador para uma disputa presidencial (que ele a princípio gostaria de evitar), o prefeito Ricardo Nunes também pode cumprir um papel importante.

Nesse caso, o prefeito representaria um obstáculo em um eventual plano de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de colocar o MDB como parceiro preferencial em uma eventual coligação, inclusive com a prerrogativa de indicar o candidato a vice.

Uma ala do partido presidido pelo deputado Baleia Rossi (SP) está alinhada com Lula e ocupa cargos na Esplanada dos Ministérios.

GANHOU FORÇA – Ainda é cedo para saber o quanto Nunes estará disposto a atuar na vida partidária, mas o fato é que com o mandato renovado ele ganhou força e ampliou seu lugar de fala na sigla, o que altera a correlação de forças.

Dito isso, Nunes montou agora uma gestão com seu perfil depois de manter no primeiro mandato a estrutura herdada por Covas, de quem foi vice.

Os nomes anunciados até agora indicam um primeiro escalão com perfil técnico. O emedebista conseguiu contemplar os partidos aliados sem desfigurar a administração ou ceder a pressões bolsonaristas para a formação de um governo com viés ideológico.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Tarcísio de Freitas está semeando, na certeza de que terá boa colheita. O tempo joga a seu favor. (C.N.)

Reforma ministerial é prioridade e pode atrapalhar Lula ainda mais

Veja as 10 melhores charges do Painel na reforma ministerial - 21/08/2023 -  Painel - Folha

Charge do Cláudio de Oliveira (Folha)

Vera Magalhães
O Globo

Com Lula de volta a Brasília e o projeto de corte de gastos passando raspando por um Congresso que não esconde a má vontade, o almoço de fim de ano do governo deu forte cheiro de fritura no ar. Isso porque o começo de 2025 transformará a reforma ministerial em pauta prioritária em Brasília, com o tempo correndo contra o relógio para contemplar os arranjos feitos para a troca da guarda na Câmara e no Senado e, no mundo ideal, já tentar amarrar os partidos para as eleições de 2026.

Os rumores se intensificaram nos últimos dias, e aqueles cujas pastas são incluídas na bolsa de apostas das trocas se apressam em negar que estejam na lista de cortes do presidente.

CENA REPETIDA – A mesma agonia foi vista no ano passado, quando muitos conseguiram se segurar na base da amizade e do voto de confiança de que fariam os programas de suas pastas deslancharem a contento se recebessem nova chance.

As especulações não poupam, de novo, nem o vice-presidente Geraldo Alckmin. Depois que Ricardo Lewandowski deu um jeito de que viesse a público seu incômodo com a possibilidade de perder o cargo que não queria ocupar, mas que foi convencido por Lula a aceitar, ensaia-se um desenho em que Rodrigo Pacheco deixe o Senado para ocupar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio no lugar de Alckmin.

RISCO DE CRISE – Em algum momento, a falta de cuidado do entorno de Lula com o vice provocará uma crise real. Depois da experiência traumática do PT com Michel Temer, o partido parece dar pouco valor à lealdade absoluta demonstrada por Alckmin em todos os momentos, desde a campanha.

O descaso faz com que sejam quase permanentes os balões de ensaio sobre nomes de diferentes partidos que poderiam ocupar a vice em 2026. Nesses cenários, traçados por quem tem claro interesse no Jaburu, Alckmin sairia para o governo de São Paulo ou o Senado. Só falta saber se alguém combinou com ele.

É o tipo de cogitação que, se passa de fato pela cabeça de Lula, mostra que a reforma ministerial pode ser causa de mais crise, e não solução para os problemas concretos do governo.

MUITOS PROBLEMAS – Além da já detectada falha de comunicação — que, diga-se, não se deve exclusivamente ao ministro Paulo Pimenta e muitas vezes começa no próprio Alvorada —, há problemas concretos na Saúde, a mais importante pasta da Esplanada, e no Trabalho, para ficar só em duas áreas.

O risco é que, se houver a substituição de Nísia Trindade, as razões podem ser as erradas, e o resultado pior. Ninguém de boa-fé discute a respeitabilidade da ministra, mas seria tapar o sol com a peneira desconsiderar os graves problemas de gestão que, após dois anos, remanescem na pasta de maior Orçamento do país.

 A campanha para derrubá-la atende antes a interesses fisiológicos do Congresso, viciado na dopamina das emendas, do que a uma preocupação legítima com o andamento dos programas e da rede de saúde.

MARINHO TRANQUILO – No caso de Luiz Marinho, nenhuma prévia da reforma feita por quem acompanha o raciocínio de Lula o inclui nas listas de quem pode ir para a casa.

Isso mostra que, por mais que o governo detecte a dificuldade de compreender como funciona o novo mundo do trabalho, não está interessado em virar esse jogo.

A lógica que preside a reforma em início de gestação é dar ainda mais espaço a partidos como União Brasil, PSD, Republicanos e MDB, que já frequentam a base aliada.

SEM COMPROMISSO? – Resta a pergunta: o upgrade que essas siglas podem ter será acompanhado de um termo de compromisso de apoio a Lula daqui a dois anos?

Nada indica que sim. Pelo contrário: esses partidos usarão a visibilidade e a caneta ofertadas pelo petista para fazer política em suas bases e negociar a valores ainda mais altos seu apoio a um dos lados da polarização em 2026.

Se a maior crise de Lula hoje é de confiança, e aqui não se trata apenas do famigerado mercado, mas também do eleitorado em geral, como mostram as pesquisas, essa lógica de reforma ministerial não deverá ajudar em nada. Com boa chance de ainda atrapalhar.

O castigo do espírito, na visão poética de Vicente Limongi Netto

A Vida pode ser, de fato,... Khalil Gibran - Pensador

Frase de Khalil Gibran, pensador libanês

Paulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista, escritor e poeta amazonense Vicente Limongi Netto, radicado há décadas em Brasília, inspirou-se em fatores que a seu ver acarretam o “Castigo do Espírito”.

CASTIGO DO ESPÍRITO
Vicente Limongi Netto

O vento do silêncio
é perturbador,
entra pelas narinas
e soluça trêmulo.

O sossego da alma dolorida
atravessa rancores,
o verniz espiritual consola
a tristeza da solidão.

A infelicidade rasteja
para o banquete dos fracos,
e os pedaços do coração
juntam-se aos famintos
adoradores do vazio da vida.

População mundial e a pobreza crescem sem que haja qualquer providência

Movimento de comércio no Natal de 2019

Movimento normal na Rua 25 de Março, em São Paulo

Deu no Poder360

A população mundial estimada chegará a 8,09 bilhões nesta quarta-feira (1º.jan.2025). Segundo o Escritório de Censos dos Estados Unidos, o aumento será de 71.178.087 pessoas (0,89%) em relação ao mesmo dia de 2024. O órgão indica o nascimento de 4,2 pessoas por segundo e duas mortes no mesmo intervalo de tempo durante janeiro de 2025.

De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), a população mundial atingiu a marca de 8 bilhões em 15 de novembro de 2022.

NOS ESTADOS UNIDOS – O Escritório de Censos norte-americano espera que os Estados Unidos país registre um nascimento a cada 9 segundos e uma morte a cada 9,4 segundos no próximo ano. A imigração líquida ao país deve adicionar uma pessoa à população dos EUA a cada 23,2 segundos.

A ONU estima que o Brasil deve permanecer como o 7º país mais populoso do mundo até pelo menos 2050, com 230 milhões de habitantes no país. Hoje, são 212,6 milhões.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estima que a população brasileira parará de crescer em 2041, quando o país deve atingir o recorde de 220.425.299 habitantes e, depois, irá desacelerar seu crescimento demográfico.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O problema do Brasil e do mundo é o aumento da pobreza, que devasta o meio ambiente e prejudica a vida. Os países onde a população diminui são justamente os mais ricos, enquanto a natalidade aumenta nos mais pobres, com crescimento da violência urbana e tudo o mais, perpetuando esse sinistro mundo cão. (C.N.)

Aumenta a chance de uma eleição sem Lula e Bolsonaro em 2026?

Pesquisa: Lula é "esperança" para 60% da população; Bolsonaro é "decepção" para 55% - O Cafezinho

Charge do Henfil (Pasquim)

Hélio Schwartsman
Folha

O arrgumento da idade poderá tirar petista da disputa, e o capitão reformado já está legalmente impedido de concorrer e poderá estar preso

Pelo lado de Lula, a situação é delicada. Até onde a vista alcança, ele terá condições objetivas de concorrer à reeleição, mas a idade poderá revelar-se um empecilho. O episódio de hemorragia cerebral por que ele passou está fortemente relacionado à idade.

Se os EUA servem de prévia, foi o número de velas no bolo que inviabilizou a candidatura de Biden. Aliás, o próprio Lula disse várias vezes na campanha de 2022 que estaria velho demais para um quarto mandato.

SEM SUCESSOR – E o problema é que Lula não tem sucessor óbvio no PT. Para manter-se como líder inconteste do partido, ele trabalhou ativamente para que não surgisse nenhum. O mais perto que há de um candidato natural é Fernando Haddad, mas, por ocupar a posição de ministro da Fazenda, sua viabilidade eleitoral está indissociavelmente ligada ao desempenho da economia.

E é o próprio Lula e as alas mais ideológicas do PT que vêm contribuindo para turvar o cenário que favoreceria Haddad.

Já nas hostes bolsonaristas, a ausência do capitão reformado é quase uma certeza. São irrisórias as chances de ocorrer uma reviravolta judicial que lhe restitua o direito de pleitear cargos eletivos. É mais verossímil imaginá-lo atrás das grades do que na chapa presidencial.

E BOLSONARO? – Resta saber qual será o nome da direita na disputa. Pode ser alguém tão ruim quanto Bolsonaro. Pense em Eduardo Bolsonaro ou em Pablo Marçal. Mas também pode ser um candidato que abrace a pauta conservadora, mas não os elementos antissistema da agenda bolsonarista.

Na democracia, devemos estar prontos a aceitar a vitória de ideias que desprezamos, desde que haja compromisso com a manutenção das regras do jogo e com um núcleo básico de direitos e garantias — o pacote liberal.

Infelizmente, não dá para descartar cenários ainda mais distópicos. Imagine uma teocrática presidenta Michelle Bolsonaro convocando cadeia de rádio e TV e falando em línguas com a população. O fundo do poço sempre pode ter um alçapão. Os americanos estão prestes a passar por ele.

Por que o eleitorado está feliz com a vida e infeliz com o governo?

Lula - Lula added a new photo.

Lula estaria passando uma imagem de pouca seriedade

Maria Hermínia Tavares
Folha

A grande maioria dos brasileiros terminou o ano de bom humor e com muitos sentimentos positivos com relação a 2025. É o que revela a pesquisa Radar Febraban, realizada pelo Ipesp no começo de dezembro.

Segundo a sondagem, 70% dos entrevistados se declararam satisfeitos com sua situação pessoal. Diante de outra pergunta, 46% responderam que as coisas melhoraram; 34% disseram que ficaram como estavam; e nada menos de 80% se disseram esperançosos, alegres e confiantes, pois acreditam que podem melhorar ainda mais neste novo ano.

HÁ OTIMISMO – São também otimistas as perspectivas que enxergam para o país. Só 2 em cada 10 pessoas acham que as coisas vão piorar.

O otimismo tem bases reais. A economia cresceu acima do previsto pelos especialistas, a taxa de desemprego é a menor e o salário médio é o maior desde 2017, quando uma coisa e outra começaram a ser medidas pela Pnad-Contínua.

A sabedoria convencional diz que tal estado de espírito beneficia os governos de turno, aos quais se costuma atribuir a paternidade dos bons resultados econômicos. Não é o que acontece no Brasil.

DIVIDIDO POR TRÊS – Outra pesquisa de opinião, esta realizada pelo Ipec, também em dezembro último, mostra que, ao contrário do que seria de esperar, a avaliação do governo Lula divide o país de maneira relativamente estável em três grupos de igual tamanho: o dos que o consideram “ótimo e bom”; o dos “apenas regular” e, enfim, o dos “ruim e péssimo”.

Da mesma forma, quando perguntados sobre o desempenho do presidente Lula, 47% dos entrevistados o aprovam e 46% não o consideram bom. Por fim, a confiança no presidente vem se mantendo estável há 12 meses, depois de haver caído em relação ao primeiro mês do seu governo. Hoje, como em dezembro de 2023, prevalecem os que desconfiam (52%) sobre aqueles que confiam (45%) no inquilino do Palácio do Planalto.

REALIZAÇÕES – É intensa a discussão sobre o descompasso entre, de um lado, os bons resultados na economia e o sentimento de bem-estar da população, e, de outro, a avaliação do Executivo.

O qual, é imperativo destacar, deu início, já não sem tempo, à reforma tributária; conteve o desmatamento; tem recuperado capacidades estatais destruídas pelo governo anterior, além de reerguer a normalidade democrática, que o país esteve a ponto de perder.

Novas pesquisas poderão explicar o que vai pela alma dos brasileiros e que impede o governo de se beneficiar do otimismo da população. De toda forma, reduzir a questão à falta de comunicação adequada dos feitos governamentais parece ser grosseiro simplismo.

SEM SINTONIA – Ao governo federal — e a seu chefe — parecem faltar sintonia com o que preocupa a população e respostas que se transformem em marcas de uma administração que se quer progressista. Sem elas, não há comunicação que dê conta.

Afinal, segundo o mesmo Radar Febraban, saúde e — em menor grau — segurança e educação, são, segundo os brasileiros, as áreas às quais o governo federal deveria dar mais atenção. Definir políticas inovadoras que caibam no Orçamento e façam palpável diferença para os cidadãos é um desafio e tanto.

O que não se pode ter é apenas mais do mesmo, como o lema “Governo da Reconstrução” parece indicar.

Dino foi enganado com R$ 2,5 bilhões de “emendas disfarçadas”

Dino libera R$ 370 milhões em emendas parlamentares para saúde

O próprio Planalto conseguiu enganar o ministro Dino

Rafael Moraes Moura
O Globo

O Partido Novo acionou nesta segunda-feira (30) o Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar a distribuição de R$ 2,5 bilhões de “emendas disfarçadas” a poucos dias do prazo limite para o empenho de recursos do Orçamento de 2024.

Conforme revelou o blog, a Secretaria de Relações Institucionais, comandada pelo ministro Alexandre Padilha, passou a utilizar uma dotação exclusiva do Ministério da Saúde para liberar verbas aos parlamentares sem que seja necessário identificá-los e nem dizer para quais municípios estão enviando o dinheiro.

“Os danos gerados pelo uso do artifício são irreversíveis. Em outras palavras, caso não seja estancado o problema, o dano gerado será potencializado, o que não poderá ser revertido por eventual decisão de mérito favorável”, alertou o Novo.

EMENDAS DISFARÇADAS – Para a legenda, as “emendas disfarçadas” estão sendo utilizadas como instrumento “para agraciar parlamentares que não mais dispõem de parcela significativa das emendas de comissão”, um dos focos de atrito entre o Congresso e o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Um conjunto de mensagens a que a equipe da coluna teve acesso mostra que, desde a quinta-feira 19, assessores de Padilha e líderes do governo na Câmara e no Senado estavam enviando a deputados e senadores orientações sobre como solicitar os recursos, para enganar Dino, alegando necessidade de custeio para a rede primária e especializada de atenção à Saúde.

A verba foi remanejada internamente no Ministério da Saúde e liberada no último dia 12, mas quem estava decidindo quem iria recebê-la era a SRI de Padilha, a partir dos pedidos entregues às lideranças do governo na Câmara e no Senado.

PASSO A PASSO – “Pessoal, segue um texto que a SRI fez para orientar os procedimentos”, diz a primeira de uma série de mensagens enviadas aos parlamentares. O material traz um passo a passo detalhado, ensinando como protocolar os pedidos no Ministério da Saúde. Contém, ainda, uma planilha com um manual de justificativas a serem usadas para conseguir a liberação dos recursos.

Os pedidos, porém, não são feitos pelos próprios parlamentares, mas pelas prefeituras escolhidas por eles. No final, quando o recurso for enviado, só o que se saberá é quais cidades pediram o dinheiro, mas não qual parlamentar está sendo atendido.

Na prática, o mecanismo de envio dos recursos é o mesmo das emendas Pix e do orçamento secreto, em que o dinheiro é enviado por um caixa central para os municípios indicados por deputados e senadores.

A MESMA JOGADA – A burla às exigências do Supremo de transparência, rastreabilidade e controle é a mesma. A diferença é que dessa forma o controle dos recursos fica na mão da Palácio do Planalto e não do Congresso.

“Infelizmente não é surpresa que o governo Lula recorra a artifícios obscuros para distribuir recursos públicos sem qualquer transparência, perpetuando a velha política do toma lá, dá cá. Esse tipo de prática está no DNA de todos os governos petistas”, afirma a líder do Novo na Câmara, deputada Adriana Ventura (Novo-SP).

“É inadmissível que a saúde, uma prioridade absoluta para a população, seja transformada em moeda de troca política. Esse absurdo é alvo da nossa denúncia ao TCU, porque práticas assim não podem ser toleradas.”

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
– Em matéria de emendas parlamentares, a criatividade dos deputados brasileiros é realmente espantosa. Deveriam ganhar o Oscar de Efeitos Especiais. (C.N.)

Que os homens de boa vontade unam-se pelo Brasil no ano inteiro

Minha charge publicada hoje, na GAzeta de Alagoas. Quem puder, me segue,  curte, compartilha. adnaelcaricaturas #adnael #caricatura #caricaturista  #cartoon #cartum #anonovo

Charge do Adnael (Gazeta de Alagoas)

Vicente Limongi Netto

Seria tão bom que as alegrias e emoções da virada do ano durassem o ano novo inteiro. Brasileiros de todas as classes sociais, irmanados, vibrando, cantando, beijando, abraçando, brindando o raiar de 2025. Rostos felizes e esperançosos, nas ruas, nas praias, nos apartamentos e casas, saudando o amor. 

Nos rostos e corações de milhões de brasileiros, a chama de bons ventos e alto astral deixando para trás o ano velho. Promessas, juras, desejos, encantando a alma de adultos e crianças. Bom que o mar leve oferendas de saúde e paz. Melhor ainda que a vida melhore para todos. Não custa torcer e orar.

COMIDA NA MESA – Em 2024, as doações ao Sesc Mesa Brasil alcançaram 361 instituições no Distrito Federal, garantindo alimentação para 110 mil pessoas, entre elas, 48 mil crianças.

O Sesc Mesa Brasil é um programa nacional de segurança alimentar e nutricional de combate a fome e ao desperdício. A iniciativa, segundo a Fecomércio do Distrito Federal, é reconhecida pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), como a maior rede privada de banco de alimentos da América Latina.

O Sesc Mesa Brasil começou em 1994, no Sesc de São Paulo. Chegou a Brasília em 2003 e já distribuiu mais de 18 mil toneladas de alimentos

Medina Osório, jurista e ex-ministro, é homenageado por sua obra jurídica

Medina Osório Advogados - Catálogo Migalhas

Medina criou a disciplina de Direito Administrativo Sancionador

Carlos Newton

Muito justa a homenagem ao jurista Fábio Medina Osório, que em 23 de dezembro tomou posse na Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro (ACLERJ), assumindo a cadeira nº 5, cujo patrono é Manuel Antônio de Almeida, autor do clássico “Memórias de um Sargento de Milícias”.

A solenidade marcou não apenas um reconhecimento à trajetória de um dos maiores juristas do país, mas também a consolidação de um legado que une cultura, conhecimento jurídico e dedicação ao interesse público.

TRABALHO INOVADOR – Medina Osório é conhecido por seu trabalho inovador na introdução da chamada “compliance” no país, para que empresários e administradores públicos possam desfrutar do conjunto de regras, políticas e boas práticas em todo tipo de licitações e concorrências, evitando que sejam desclassificados ou punidos por alguma impropriedade ou lacuna.

É considerado também um dos maiores especialistas em Improbidade Administrativa, tendo defendido a tese que saiu vitoriosa no Congresso, que evita punição a administrador público que tenha agido sem dolo, ao cometer algum erro inadvertidamente.

O jurista gaúcho, que já tinha escritórios em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, decidiu permanecer em Brasília e abriu uma das maiores bancas de advocacia da capital, onde retomou também sua rotina de palestras e participação em eventos e seminários no Brasil e no exterior.

DIREITO SANCIONADOR – Assim, a eleição de Medina Osório para a Academia de Letras reconhece que se trata de um intelectual de rara erudição e pioneiro em seu campo, reconhecido como a maior autoridade nacional em Direito Administrativo Sancionador, disciplina que ele introduziu no Brasil no início dos anos 2000.

Uma de suas principais obras, “Direito Administrativo Sancionador”, publicada em 2000, foi a primeira a sistematizar os princípios e fundamentos desse ramo do Direito Público no país, que hoje é essencial para compreender e enfrentar temas complexos como a regulação econômica, a responsabilização empresarial e a governança pública.

Carter foi um grande presidente, que se preocupava com o Brasil

Ex-presidente americano Jimmy Carter morre aos 100 anos, diz imprensa

Jimmy Carter nunca aceitou a ditadura militar no Brasil

Elio Gaspari
O Globo/Folha

Faltando poucas semanas para o retorno de Donald Trump à Casa Branca, lá se foi Jimmy Carter. Tinha 100 anos e governou os Estados Unidos de 1977 a 1981. Batido por Ronald Reagan, teve um só mandato. Assumiu empunhando a bandeira da democracia e dos direitos humanos, mas foi moído por uma inflação de 9,9% e por suas virtudes de homem simples.

O balanço de sua presidência acompanhou os necrológios que lhe deram os créditos negados na eleição de 1980. O Brasil deveu a Carter o corte do cordão umbilical que ligava a ditadura ao beneplácito de Washington.

DISSE NIXON – Em 1971, quando o general Emílio Médici visitou Washington, o presidente Richard Nixon disse: “Nós sabemos que, para onde for o Brasil, para lá irá o resto da América Latina”. Dois anos depois, os militares governavam o Uruguai e o Chile. Em 1976, foi a vez da Argentina.

Carter governou o pequeno estado da Geórgia e sua experiência nacional era nula. Em março de 1976, numa palestra no Council of Foreign Relations, associou seu futuro político à defesa dos direitos humanos, mas ninguém prestou atenção. Meses depois, deu nome a um dos bois:

“O Brasil não tem um governo democrático. É uma ditadura militar. Em muitos aspectos, é altamente repressiva para os presos políticos. Nosso governo deve corresponder ao caráter e aos princípios morais do povo americano, e nossa política externa não pode contorná-los em troca de vantagens temporárias”.

PAPO DE CANDIDATO – A charanga da ditadura orientou-se pela sabedoria convencional. Aquilo era conversa de candidato. Ele se elegeu, botou na área de direitos humanos do Departamento de Estado a enfermeira Patricia Derian, militante histórica da luta dos negros americanos e como alto funcionário de delegação na ONU, o professor Brady Tyson. Nos anos 60, ele havia sido convidado a deixar o Brasil.

Se isso fosse pouco, Carter, que se dizia engenheiro nuclear (coisa que nunca foi), opunha-se a um acordo assinado pelo Brasil com a Alemanha. Se ele fosse em frente, seriam construídas centrais nucleares e também uma usina de reprocessamento de urânio.

Carter desossou o Acordo Nuclear e, em 1977, mandou ao Brasil sua mulher, Rosalynn. Passando pelo Recife, ela entrevistou-se, ao vivo e a cores, com dois missionários americanos que viviam com os pobres da cidade e haviam sido presos.

RECEPÇÃO FRIA – Em março de 1978, foi a vez de Carter vir ao Brasil. Teve uma recepção cordial, porém fria. Como ele queria ouvir pessoas da sociedade civil, marcou-se um encontro, no Rio, depois de encerrada a parte oficial da visita. Carter encontrou-se, entre outros, com o presidente da OAB, Raymundo Faoro, com o diretor de O Estado de S. Paulo, Julio de Mesquita Neto, e com o cardeal d. Paulo Evaristo Arns.

A coreografia da conversa prenunciava uma estudada irrelevância: todos de pé. O esquema falhou. Carter convidou d. Paulo para acompanhá-lo ao aeroporto e, sentados, conversaram por boa meia hora.

Anos depois, quando Carter e Geisel haviam deixado os governos, ele voltou ao Brasil. Tentou marcar um encontro e não conseguiu. Ligou para Teresópolis, onde vivia o ex-presidente, e ele não atendeu. Era o troco devido por ter mandado a mulher para sabatiná-lo.

Elon Musk muda seu nome na rede X para “Kekius Maximus”

Eis a nova capa do perfil de Musk em sua rede social

Deu no Poder360

O proprietário do X (antigo Twitter), Elon Musk, mudou o nome na rede social para “Kekius Maximus”, deixando internautas intrigados nesta terça -feira (31.dez.2024). Musk também alterou a foto de perfil, que agora mostra o sapo Pepe segurando um controle de videogame.

Apesar de não confirmar oficialmente o motivo da mudança, Musk fez com que a moeda digital de mesmo nome disparasse no mercado. A “Kekius Maximus” é uma “memecoin”, ou seja, uma moeda digital inspirada em memes da internet.

VALORIZAÇÃO – Segundo o site especializado no mercado de moedas digitais CoinGecko, a “Kekius Maximus” teve valorização de 182,6% nas últimas 24 horas.

A nova foto escolhida por Musk também chamou atenção. Isso porque o sapo Pepe, meme amplamente utilizado na internet, é também um símbolo difundido entre comunidades da extrema-direita dos Estados Unidos.

A BBC trouxe mais detalhes sobre possíveis significados da mudança de nome de Musk no Twitter. Uma abreviação de “Kekius” é “kek”, termo usado na internet, principalmente nos Estados Unidos, como sinônimo de “lol”, ou “laughing out loud” (rindo muito alto, na tradução livre).

DIZ A BBC – “Kek”, conforme a BBC, também é o nome da deusa egípcia da escuridão, que frequentemente é representada com uma cabeça de sapo. Já “Maximus” pode fazer referência ao personagem de Russel Crowe no filme “Gladiador”, Maximus Decimus Meridius. O sapo da foto de Musk está vestido com roupas tipicamente ligadas aos gladiadores romanos.

Não é a primeira vez que Musk altera o valor de uma moeda digital. Em novembro de 2024, o preço Dogecoin subiu exponencialmente após o dono do X ser anunciado pelo presidente-eleito Donald Trump (Republicano) como comandante do Doge (Departamento de Eficiência Governamental) junto com o ex-candidato Vivek Ramaswamy.

A memecoin é promovida pelo bilionário, cuja sigla é a mesma do novo departamento, que deve focar na diminuição das regulamentações estatais, além da redução de despesas e melhoria da eficiência do poder público.

Como pato manco, Lula terá incentivos para radicalizar sua agenda

Supercoxinha - Boopo

Charge do Boopo (Veja)

Marcus André Melo
Folha

O malogro de Lula 3 estava escrito na pedra, como já examinei aqui. Aqui não há nenhuma surpresa, como veremos a seguir. Houve surpresas, mas de outra natureza: o 8/1 gerou onda de solidariedade nacional que beneficiou o governo. O mesmo vale, em grau menor, após as evidências que vieram à tona em 2024 de planos golpistas. Mas os ganhos políticos advindos destes eventos estão se dissipando.

Três fatores estavam presentes —alguns antes mesmo da posse— que prenunciavam claramente o que viria. O primeiro deles é o caráter hiperminoritário do Executivo, levando-o a formar coalizão frouxa de 18 partidos, mais do que o dobro dos seus mandatos anteriores (8 e 9 partidos, respectivamente). A coalizão mais heterogênea da série histórica implica elevado custo de gerenciamento.

EM CONFLITO – Em segundo lugar, as preferências dessa coalizão conflitam com as do Executivo em temas comportamentais e economia. Mas o gerenciamento segue o padrão histórico de governos do PT, exacerbando problemas de governabilidade.

Ele é marcado por forte desproporcionalidade na distribuição do portfólio ministerial (o PT e aliados históricos detêm quase a metade dos ministérios) e a compra de apoio via emendas, como aconteceu agora com o “ajuste fiscal”.

Terceiro, e ainda mais importante, antes mesmo de tomar posse, o governo contratou problemas fiscais: a medida de transição expandiu a despesa federal em R$ 150 bilhões.

REFORMA PROBLEMÁTICA – Lula 3 defronta-se com um dilema. Para garantir governabilidade o governo terá que garantir mais proporcionalidade na distribuição dos ministérios. Mas ao fazer isso diluirá ainda mais a marca política de Lula 3, que já é muito débil (como sinalizado, entre outras coisas, nas eleições municipais). Com isso, o partido e seu líder maior enfrentarão uma erosão sem paralelo de reputação e do declinante capital político.

Há ainda outro fator desestabilizador: os problemas de saúde do presidente o enfraquecem; transformam-no em pato manco, o que reduz paulatinamente a eficiência do gerenciamento tradicional. Para os parceiros da coalizão, os ganhos de participar do governo são decrescentes com o tempo. O poder de barganha do Executivo diminui pela incapacidade de fazer promessas críveis.

O encurtamento do horizonte político do Executivo se dá em um contexto em que ele terá incentivos ainda mais fortes e senso de urgência para deixar um legado, o que poderá levá-lo a radicalizar sua retórica e a perseguir políticas expansionistas.

ENTRAR NA HISTÓRIA – Na realidade, isto já aconteceu no início do mandato com as críticas ao Banco Central. Não se trata apenas de estratégia política de deslocamento da culpa pela performance fiscal pífia que se anunciava. Aqui se acopla à ideia de entrar para a história como líder mundial em três frentes: no combate à pobreza (pela via da expansão do gasto social), na defesa da democracia e na área ambiental.

Mas a estratégia está malogrando em virtude do desempenho fiscal desastroso e consequente crise de credibilidade.

A defesa da democracia, por sua vez, foi profundamente maculada pelo apoio a tiranias como as de Maduro, Ortega e Putin. E na área ambiental, onde estariam os frutos fáceis de colher, a incapacidade do país de enfrentar o problema no plano doméstico debilita suas pretensões internacionais.

Exército viveu um péssimo ano, mas tentará se recuperar em 2025

O comandante que silenciou o Exército | Rumos da Economia | Valor Econômico

Paiva respeita o Supremo, mas a lei precisa ser obedecida

Monica Gugliano
Estadão

Se os comandantes do Exército tivessem que definir em pouquíssimas palavras como foi o ano de 2024, certamente recorreriam a já usada expressão pela então Rainha Elizabeth II (1926-2022) para expressar como se sentia em relação a 1992, em que teve separações, escândalos na família Real e um incêndio no Castelo de Windsor. “Annus horribilis”, disse sua Majestade.

Por aqui, no QG em Brasília, onde trabalha o comandante Tomás Paiva, o chefe do Estado Maior, Richard Nunes, e todos os meses se reúne o Alto Comando, a situação, à sua maneira, foi muito difícil também. E ainda não terminou.

8 DE JANEIRO – O Exército prepara-se para as reminiscências que virão no 8 de janeiro, data em que completa dois anos a tentativa de golpe comandada não pela instituição (que rechaçou o rompimento do estado democrático), mas por muitos dos seus mais graduados oficiais.

Prepara-se ainda para os próximos 12 meses de 2025 que também se anteveem horribilis. Há 25 militares entre as pelo menos 40 pessoas indiciadas na investigação sobre um plano que visava um golpe de estado e o assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Os investigados são acusados pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa no inquérito da PF.

A FILA ANDA… – Entre os indiciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro Walter Braga Netto e o general de brigada na reserva Mario Fernandes o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo e o major Rafael Martins, estes cinco últimos já presos.

Sem falar no fantasma da prisão que assombra os generais reformados Augusto Heleno e Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro – que fez um acordo de delação premiada e por meio do qual a Polícia Federal (PF) desvendou boa parte da trama golpista.

Uma substancial parcela desses inquéritos está na Procuradoria-Geral da República (PGR) e o procurador tem evitado estabelecer prazos para devolver os processos. A estimativa é que, se eles não precisarem de novas diligências, vão para o STF nos primeiros meses de 2025. Isso quer dizer que novas informações podem aparecer, novos envolvidos podem ser citados e entre os já indiciados muitos podem seguir o rumo de Braga Netto: a cadeia.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
O Exército não está morto nem derrotado. Recomenda-se que o Supremo conduza os processos contra os militares sem exageros de interpretação e sem descumprimento da lei. O caso da prisão do general Braga Netto é emblemático. A ordem do ministro Alexandre de Moraes está inteiramente irregular e descumprindo as leis vigentes. Como Braga Netto “merece” a prisão, o Alto Comando não protestou. Mas é recomendável que Moraes opere dentro da lei, para evitar que as Forças Armadas tenham argumentos para recorrer e exigir que os militares sejam processados pela Justiça Militar, que tem hímen complacente e não arroxa ninguém. Se é que vocês me entendem, como dizia nosso amigo Maneco Müller, o Jacinto de Thormes. (C.N.)

“Dia de luz, festa do sol, um barquinho a deslizar no macio azul do mar…”

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Menescal e Bôscoli, nos anos 60

Paulo Peres
Poemas & Canções

O jornalista, produtor musical e compositor carioca Ronaldo Fernando Esquerdo e Bôscoli (1928-1994) foi um dos porta-vozes de uma tendência musical que surgiu no Rio de Janeiro no final da década de 50: a Bossa Nova.

A Bossa Nova nasceu na Rio de Janeiro, mas o episódio que motivou a composição de uma das músicas mais emblemáticas do movimento ocorreu no litoral fluminense, a aproximadamente, 150 quilômetros da capital.

No documentário “Coisa Mais Linda – História e Casos da Bossa Nova”, Roberto Menescal conta de onde veio a inspiração para compor a música “O Barquinho”, sua mais famosa canção, feita em parceria com Ronaldo Bôscoli.

Segundo o artista, durante um passeio no mar, próximo às cidades de Cabo Frio e Arraial do Cabo, um barco tripulado por ele, Bôscoli e outros amigos teve um problema e ficou à deriva no Oceano Atlântico. Após várias tentativas para religar o motor, sem sucesso, Menescal começou a dedilhar uma melodia em seu violão, inspirado, justamente, pelo ruído feito pelo motor ao dar partida.

Mais tarde, com o sol quase se pondo, felizmente apareceu um outro barco para rebocá-los até a costa. Satisfeitos, o grupo ficou cantarolando: “O barquinho vai… A tardinha cai”. Na ocasião, a música ficou só nisso.

No dia seguinte, Menescal e Bôscoli se encontraram novamente e começaram a recordar o fato. E assimeles conseguiram transformar aquele episódio quase trágico em um “dia de luz, festa do sol”. A música foi gravada por Maysa, então namorada de Bôscoli, no LP O Barquinho, em 1961, pela Columbia. A música já teve mais de 3 mil regravações.

O BARQUINHO
Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli

Dia de luz
Festa do sol
Um barquinho a deslizar
No macio azul do mar

Tudo é verão
Amor se faz
Num barquinho pelo mar
Que desliza sem parar

Sem intenção
Nossa canção
Vai saindo desse mar

E o sol
Vejo o barco e luz
Dias tão azuis

Volta do mar
Desmaia o sol
E o barquinho a deslizar
E a vontade de cantar

Céu tão azul
Ilhas do sul
E o barquinho coração
Deslizando na canção

Tudo isso é paz
Tudo isso traz
Uma calma de verão
E então

O barquinho vai
A tardinha cai