“Sem maioria, governo não pode ser tão proativo”, afirma Rodrigo Maia

Rodrigo Maia: Problema do governo é não ter uma coalizão com o Congresso |  WW - YouTubeJulliana Lopes e Clarissa Oliveira
da CNN

Para o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a eleição de novas mesas diretoras do Legislativo ainda não garantem vida fácil ao governo Lula nos próximos anos.

Em participação no CNN Entrevistas, Maia disse acreditar que, sem votos suficientes para uma articulação de peso, o Executivo pode continuar sofrendo com resultados não satisfatórios após votações de projetos de interesse da gestão petista.

TER MAIORIA – “O governo precisa dizer para a sociedade: eu quero ou não ter um uma maioria. Então, se não quer ter maioria, não pode ser tão proativo no Legislativo. Tem que ser menos proativo no Legislativo, porque senão toda tramitação vai ter um custo maior para o governo. Porque, se eu não sou da base do governo, eu vou dizer: o que interessa ao meu eleitor para eu votar essa matéria? Vou votar com o governo, ou vou votar contra?”, afirmou o ex-deputado.

A avaliação considera as últimas discussões sobre o Orçamento Público. Nos últimos meses de 2024, impasses sobre os pagamentos de emendas parlamentares travaram as votações da Lei Orçamentária Anual e a análise acabou empurrada para 2025.

Nos últimos 20 anos, o atraso ocorreu apenas três vezes: em 2013, 2015 e durante a pandemia de Covid-19, em 2021.

GOVERNABILIDADE – Segundo Rodrigo Maia, sem maioria no parlamento, restaria a Lula o controle do orçamento para garantir governabilidade.

Para o ex-presidente da Câmara, no entanto, o Executivo tem mostrado pouca influência sobre os debates em torno da distribuição de despesas e, consequentemente, sobre a capacidade de investimentos no país.

“O governo já está entrando no terceiro ano do mandato, e até agora ele não disse o que ele pensa do orçamento. Para mim é muito mais uma disputa sobre quem manda no orçamento para entregar para o parlamento. No fundo, o que eu acho que o governo quer é se apropriar desse poder, negociar com esse poder a maioria, sem precisar mexer no governo”, completou.

MINISTÉRIO – Com a experiência de uma presidência longa a frente da Câmara, Maia também ponderou o resultado de uma possível troca de cadeiras na Esplanada dos Ministérios neste ano.

E destacou os desafios na relação com novo presidente do Senado.

“Acho que a relação do Davi [Alcolumbre] depende muito de como como é que o presidente Lula vai querer organizar isso e o que ele tem a dizer sobre uma política de finanças públicas melhor estruturada e com uma lei mais moderna que o Brasil tem hoje”, afirmou o ex-deputado.

Piada do Ano! Além de imigrantes, Trump quer expulsar presos americanos

Trump é uma pessoa nefasta na política internacional

Jamil Chade
do UOL

O presidente Donald Trump anunciou que quer fechar acordos com governos estrangeiros para que recebam americanos que tenham cometido “sérios crimes”. A ideia é de que esses países possam abrigar esses cidadãos dos EUA em suas prisões, em troca de recursos do governo americano.

Em declarações nesta terça-feira, ele insistiu que enviar para fora dos EUA essas pessoas custaria menos que mantê-los nas prisões do país. “Não queremos essas pessoas”, disse.

TRABALHANDO NISSO – De acordo com Trump “muitos países” já se ofereceram para receber esses criminosos americanos. Mas ele admite que não sabe se existe uma possibilidade legal para que isso seja feito. “Estamos trabalhando sobre isso”, contou.” Se tivermos a autorização legal, queremos fazer isso”, explicou.

O presidente citou o caso de um homem que empurrou outro ao trilho de um metrô. “São pessoas doentes”, disse. “Temos criminosos, pessoas péssimas”, afirmou Trump. “Se conseguimos tirar de nosso país, seria um aviso aos demais”, explicou o presidente.

Trump citou sua ofensiva contra os imigrantes. “Mas temos pessoas tão ruins como eles. Eu ficaria muito feliz se conseguimos tirá-los daqui”, disse.

NOVOS CRIMES – Chamando esses americanos de “animais”, Trump justificou que muitos deles, ao sair da prisão, cometem novos crimes. “Não queremos essas pessoas em nosso país. Uma pessoa dessas nunca vai ser boa”, completou.

Sua declaração ocorre um dia depois que o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, ofereceu seu país como local de destino de pessoas deportadas pelo governo de Trump. A proposta foi anunciada nesta segunda-feira e, segundo o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, o país centro-americano se ofereceu para receber dos EUA imigrantes de qualquer nacionalidade e mesmo criminosos americanos.

Segundo Rubio, Bukele “concordou com um acordo migratório sem precedentes e mais extraordinário de todo o mundo”.

PRESOS AMERICANOS – “Ele também se ofereceu para fazer o mesmo com criminosos perigosos atualmente sob custódia e cumprindo pena nos Estados Unidos, embora sejam cidadãos americanos ou residentes legais”, disse o americano.

Bukele é acusado por organizações internacionais e entidades de direitos humanos de adotar uma violenta repressão em seu país, sob a justificativa de atacar a criminalidade. A oposição denuncia a proposta.

Manuel Flores, secretário-geral do partido Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional, criticou a iniciativa e alertou que isso sinalizaria que a região é o “quintal de Washington para despejar o lixo”.

REPRESSÃO EXAGERADA – A política de repressão de Bukele causou polêmica no país nos últimos anos. Em fevereiro de 2023, ele anunciou a transferência dos primeiros 2.000 prisioneiros para a “maior prisão das Américas”, o “Centro de Confinamiento del Terrorismo”.

A abertura dessa “megacárcel” (mega prisão) foi apenas uma das medidas adotadas por Bukele, que conduz uma suposta guerra contra organizações criminosas que operam no país.

Dados da própria polícia salvadorenha estimam que um em cada seis indivíduos presos é inocente. Os cidadãos são incentivados a denunciar suspeitos de “terrorismo” por meio de uma linha direta, permitindo que denunciem seus vizinhos simplesmente por terem vinganças pessoais.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Mais conversa fiada de Trump, o novo dono do mundo. Todas as maluquices dele serão imediatamente suspensas pela Justiça Federal americana, como aconteceu com o decreto dos filhos de imigrantes. Trump não tem cultura, educação e qualquer noção de solidariedade e tolerância. Acaba de proibir os
Estados Unidos de integrar o Conselho de Direitos Humanos da ONU. É uma figura nefasta, como diria Gilberto Gil. (C.N.)

STF impõe o Brasil na era da pedra lascada, criando um país sem leis claras

Sessão plenária do Supremo Tribunal Federal

Supremo mantém o país em clima de insegurança jurídica

J.R. Guzzo
Estadão

O Brasil se transformou ao longo dos últimos anos num país sem lei. Há todo um imenso fingimento, como nunca houve antes nos porões mais escuros da hipocrisia nacional, para fazer de conta que não é assim – a religião oficial, ao contrário, exige que o cidadão acredite que estamos em plena democracia.

Mas é exatamente assim. O Brasil tem lei para algumas coisas e, com certeza, não tem lei para outras. Se tem e não tem ao mesmo tempo, ou se tem para uns e não tem para outros, então não tem lei nenhuma.

CULPA DO SUPREMO – O responsável direto por essa descida da ordem jurídica brasileira à idade da pedra lascada é o Supremo Tribunal Federal (STF).

Tem, para isso, parceria fechada com o governo Lula e com as gangues partidárias que mandam no Congresso Nacional, mas a atuação “delitiva”, como eles gostam de dizer no seu léxico pedante, provinciano e geralmente boçal, é do STF.

A natureza do chicote, como diz Machado de Assis, depende de quem segura o cabo. No Brasil de hoje, é o STF – e, aí todo mundo se coloca na obrigação de fingir que os ministros usam a chibata para salvar a democracia nacional. Chicotada da Justiça não se discute, certo? Se leva. É onde estamos.

UM CÂNCER LEGAL – O ministro Alexandre de Moraes, por exemplo, está provando mais uma vez que a lei não existe no Brasil. Mas ele faz isso o tempo todo, não faz? Qual é o problema, agora?

O problema é que a repetição serial e intransigente de atos ilegais não os torna legais – por decurso de prazo, digamos, ou por alguma modalidade de jurisprudência reversa.

A delegacia de polícia montada por ele no STF, e o seu inquérito perpétuo, secreto e universal contra inimigos políticos do regime, são um câncer legal – e não há câncer que melhore com o passar do tempo.

SOB SIGILO – O ministro, em sua última produção como Exterminador-Geral das Leis e dos Direitos Civis no Brasil, e sob o mais absoluto silêncio das classes culturais civilizadas, proibiu que as redes publiquem postagens da revista digital Timeline, editada pelo jornalista Luís Ernesto Lacombe e Allan dos Santos, que desde 2021 está nos Estados Unidos — onde pediu asilo político e aguarda resposta do governo americano — para não ser preso por Moraes.

Tanto faz o que se ache ou não se ache de um e do outro. O fato é que a decisão é um monumento à ilegalidade. Os atingidos não foram informados de qual ilícito são acusados. Não foram intimados legalmente. Foram punidos com a exclusão do perfil sem a observação de qualquer processo legal, sem direito de defesa e sem sentença judicial.

Ou seja: foram punidos direta e mecanicamente, sem julgamento. Não há nenhuma democracia séria no mundo que admita uma coisa dessas. O silêncio, aqui, não é uma opção. É uma forma de mentira.

Lupi diz que Ciro Gomes não disputará eleição, mas continua no PDT

ciro gomes no flow podcast

Ciro Gomes continuará atuando como dirigente do PDT

Paulo Cappelli e Petrônio Viana
Metrópoles

Presidente nacional do PDT, o ministro da Previdência Carlos Lupi afirma que Ciro Gomes (PDT), três vezes candidato à Presidência da República, não tem mais planos de disputar qualquer eleição. O ex-governador do Ceará, no entanto, vai permanecer no cenário político como “franco atirador”.

Lupi também disse que “não faria” uma campanha centrada nas críticas a Lula, como Ciro fez no último pleito de 2022, associando o petista a casos de corrupção.

LULA FOI ABSOLVIDO – “Eu não faria. Eu acho que você tem que fazer a crítica sempre em cima dos projetos, das ideias. Ele [Ciro Gomes] faz, às vezes, com muita contundência isso. E você faz porque é democrático. Agora, quando atinge a pessoa… Lula já foi absolvido, inocentado no Supremo, não tem mais que discutir isso. Foi o STF, Supremo Tribunal Federal, que deu a liberdade ao Lula. Eu vou discutir o quê? Então, não se acredita na Justiça? A Justiça serve para isso. A gente questiona, a gente recorre. Decidiu, todos nós temos que aceitar”, disse o presidente do PDT.

De acordo com Lupi, Ciro seguirá como dirigente do PDT e continuará exercendo sua influência por meio de suas manifestações públicas.

SEM CANDIDATURA – “Ele diz que não tem mais projeto político-eleitoral. Em todas as conversas com ele, ele me falou: ‘Olha, eu já fui três vezes e não quero mais esse cenário’. Eu estou me guiando pela palavra dele”, contou o ministro.

“Ele não [saiu] da política, saiu da política eleitoral. Continua militante, é dirigente do partido, dá sua opinião, às vezes com radicalismo, que é um direito dele. Eu penso diferente. Mas vai ser sempre um homem… ele é um livre franco-atirador”, afirmou.

Lula já entendeu que será muito difícil sua reeleição em 2026

Lula antecipa 2026 e quebra uma regra básica da política

Dora Kramer
Folha

É raro, senão inédito, que um presidente da República abra oficialmente a temporada da sucessão ou reeleição com dois anos de mandato pela frente. Reza o manual que isso antecipa o “fim” da gestão em curso, alimenta disputas internas, dá mais espaço para a oposição atuar sem ser acusada de só querer atrapalhar o governo devido a interesses de palanque e deixa à vontade os governistas de ocasião que por conveniência ainda não tenham explicitado a intenção de, adiante, pular do barco.

Além disso, para um governo que tem atraído desconfiança, essa antecipação estimula suspeitas bastante fundadas de que não se possa esperar nos próximos dois anos quaisquer ações de caráter impopular, a despeito de serem necessárias.

PELA INTUIÇÃO? – Luiz Inácio da Silva (PT), como temos visto neste terceiro mandato, anda menos disposto a seguir os ditames da cartilha política tradicional. Portanto, pode ser que sua celebrada intuição fina o tenha aconselhado a agir diferente. A motivação por ora não está clara.

O que lhe disse o anjo da guarda vamos conseguir desvendar ao longo do andar da carruagem, mas é possível fazer alguma suposição a partir da declaração feita na mesma reunião ministerial em que deu a largada para 2026.

Aventou ali a hipótese de não concorrer à reeleição devido a problemas de saúde ou ao imponderável. A decisão, disse, está “nas mãos de Deus”. Conhecendo a avaliação de Lula a respeito de si, sabemos a quem ele se refere quando alude ao divino.

JOGADA ANTIGA – Nessa perspectiva, talvez esteja repetindo o jogo feito em outras ocasiões em que disseminava dúvida sobre se disputaria a próxima eleição a fim de alimentar no PT, temeroso da derrota, a unidade em torno dele e desestimular outras candidaturas no partido.

Na atual conjuntura e na condição de presidente, ele corre o risco de jogar com cartas descartadas do baralho pela passagem do tempo e mudança nas circunstâncias, pois Lula, o PT, a oposição e os anseios dos brasileiros não são mais os mesmos.

Diante disso, a intuição pode não bastar.

Trump pode ser mais perigoso aos Estados Unidos do que a própria China

EUA: relembre os passos que levaram Trump de volta à Casa Branca | Metrópoles

Trump precisa entender que na vida tudo tem limites

Janio de Freitas
Poder360

O pasmo do mundo com o projeto de Trump para as relações internacionais dos Estados Unidos tem olhado para as decorrentes atribulações nacionais e regionais. Mas as decorrências para os próprios Estados Unidos, as internas não menos que as externas, podem ser ainda mais transformadoras que o pesadelo trumpista.

As pretensões de Trump abrem frentes demais, com diferenças demais entre elas. E níveis altos de complexidade e risco. Projeto, portanto, de difícil condução. É o que começa a evidenciar-se já no seu início, com as primeiras repatriações de imigrantes ilegais.

CASO DA COLÔMBIA – A proibição, pelo presidente Gustavo Petro, de pouso do avião militar norte-americano com repatriados colombianos, por certo não era uma das respostas previstas por Trump.

Trump castigou a Colômbia com sobretaxa de 25%, Depois, fez o mesmo com México e Canadá, com 25%, mas pegou mais leve com a China, aumentando apenas 10%.

Canadá devolveu a taxação de 25% para os produtos americanos e a China recorreu à Organização Mundial do Comércio. Os europeus não são de perder negócios por causa de aliados. E a Índia procura portas de entrada mais largas na América Latina.

USO DE IMPOSTOS – As linhas de comércio e volume da produção mundial tornam a tática punitiva dos impostos, eixo de vários planos de Trump, um corrosivo para o emprego e o comércio exterior dos norte-americanos. Para tanto, basta que os países alvejados tenham a dignidade de dar respostas à altura.

Uma crítica bastante difundida na Europa acusa o projeto Maga (sigla de “Faça a América grandiosa outra vez”) de “fundar-se em relação de força” para servir ao “desejo geopolítico de Trump: ruptura com o Velho Mundo”.

É do próprio presidente francês o lançamento das palavras vassalagem e vassalização sobre as relações dos governos europeus com o norte-americano. Elon Musk, sempre, ilustra a tensão.

AMEAÇA À OTAN – O intuito da Comissão Europeia de punir Musk, como foi aqui, levou o vice de Trump, J.D. Vance, a uma advertência mais do que audaciosa: “Se a União Europeia tocar em um fio de cabelo das empresas de Elon Musk, os Estados Unidos se retirarão da Otan”, a aliança militar EUA-UE. Rebaixou a Otan, a União Europeia e a esperança de um convívio razoável.

A pretendida anexação da Groenlândia, o aumento das contribuições para a Otan, a saída norte-americana de entidades e de acordos com a União Europeia e outros, são riscos numerosos de rupturas.

Os europeus, na definição usada por Trump, são “passageiros clandestinos dos gastos dos Estados Unidos com a defesa do Ocidente”. Acusação que também aplica aos “gastos com acordos benéficos aos outros”.

CONTRA A OTAN – A Otan, como a União Europeia, é uma das ojerizas sinalizadas por Trump desde seu primeiro mandato. Seus três principais circunstantes, Elon Musk, o secretário de Estado, Marco Rubio, e o vice têm igual visão. E o mesmo conhecimento de que a Otan é uma aliança muito mais sensível do que parece.

Dentre outros fatores, por sujeitar cada integrante à eventualidade de políticas, e mesmo riscos bélicos, alheios à sua visão e de interesse dos Estados Unidos.

Nenhum dos integrantes está feliz com a Otan. Essa unidade, caríssima, mantém-se graças, sobretudo, a Putin, cujo saudosismo soviético o impede de políticas inteligentes e divisionistas na Europa.

RACHAR A OTAN – Trump, sim, é capaz de rachar a Otan. Pelos mesmos ímpetos que podem levar, caso avance na retomada do Canal do Panamá, como prometeu, a um bloco de latino-americanos insubordinados. Hoje teriam, além das próprias condições, apoios no mundo para sustentar o fim da tutela forçada.

Trump é capaz de fazer aos Estados Unidos o que a paranoia norte-americana teme que a China faça.

O argumento de defesa de Bastos Tigre é politicamente incorreto hoje em dia

Tribuna da Internet | Bastos Tigre se defende da acusação de uma mulher que  ele teria difamadoPaulo Peres
Poemas & Canções

O publicitário, bibliotecário, humorista, jornalista, compositor e poeta pernambucano Manoel Bastos Tigre (1882-1957) no soneto “Argumento de Defesa” ao ser acusado de caluniar uma senhora, apresenta o seu melhor argumento de defesa, embora preconceituoso, ou seja,  ele sempre achou-a feia demais para não ser honesta.

ARGUMENTO DE DEFESA
Bastos Tigre

Disse alguém, por maldade ou por intriga,
que eu de Vossa Excelência mal dissera:
que tinha amantes, que era “fácil”, que era
da virtude doméstica, inimiga.

Maldito seja o cérebro que gera
infâmias tais que, em cólera, maldigo!
Se eu disser tal, que tenha por castigo
o beijo de uma sogra ou de outra fera!

Ponho a mão espalmada na consciência
e ela, senhora, impávida, protesta
contra essa intriga da maledicência!

Indague a amigos meus: qualquer atesta
que eu acho e sempre achei Vossa Excelência
feia demais para não ser honesta…

Taxas aduaneiras de Trump estão detonando uma guerra comercial

Trump avança com tarifas e encara inflação no horizonte

Pedro do Coutto

A vitória de Donald Trump nas eleições, desde o início, já causava uma preocupação progressiva por parte de diversos países, entre os quais o Canadá, o México e até a China. Agora, examinados os últimos passos do presidente americano, verifica-se que, de fato, Trump declarou uma guerra comercial com uma alta taxação a esses países. A União Europeia também afirmou que reagirá com firmeza se for atingida por tais ações.

Trump cumpriu a ameaça feita na campanha para as presidenciais e decidiu avançar com a imposição de taxas aduaneiras de 25% ao México e Canadá e um adicional de 10% nos produtos importados da China. Todos sofrerão um impacto econômico negativo e um agravamento da inflação.  

SEM LIMITES – O mundo está vivendo uma tempestade onde não se observa limites, pois a reação dos países à investida americana vai se fazer sentir no comércio internacional, atingindo por igual uma série de países, e indiretamente o Brasil, isso porque a inflação dos EUA que está se delineando poderá ser repassada aos diversos agentes com os quais o país mantém relações comerciais. Logo, o Brasil, está nessa fila que poderá ser alvo dos reflexos tarifários americanos.

Pequim reagiu com rigor, elevando as importações americanas em 15% e vai apresentar queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC) pelos 10% de taxas aduaneiras que Donald Trump decidiu impor aos produtos chineses importados. As justificativas do presidente norte-americano variam.

Donald Trump queixa-se de que o Canadá deixa a droga fentanil entrar nos Estados Unidos, o que mata milhares de pessoas todos os anos. Com a presidente mexicana houve um acordo a aplicação das tarifas ficam suspensas durante o mês, enquanto há conversações técnicas. A União Europeia ameaça reagir com firmeza se for atingida pela guerra comercial instaurada por Trump.

CONFUSÃO – O presidente Donald Trump falou em guerra comercial. O termo é muito forte, e pode criar uma grande confusão nos preços dos produtos e nas taxações do comércio internacional que integram esse movimento deflagrado.

O fato é que Trump está declarando um confronto tarifário, o que vai conduzir o mundo a uma situação de absoluto desconserto. Afinal, não se sabe quais produtos serão objetos da nova tarifação, e que tipo de reações estão por vir. Trump é um homem que acredita que não pode ser contido. Ele vive em função do confronto e da inflexibilidade. O mundo assim inicia o mês de fevereiro envolto por desafios e ameaças comerciais.

China reage a Trump e cria tarifa de 15% sobre produtos dos EUA

Bonecos matriosca de Xi Jinping e Donald Trump; governo chinês anunciou hoje medida de retaliação aos tributos impostos pelos EUA sobre produtos chineses. Foto: Dmitri Lovetsky/AP

A guerra econômica está declarada entre China e EUA

Deu no Estadão

O Ministério do Comércio da China informou nesta terça-feira, 4, que irá implementar tarifas de repressão contra os Estados Unidos em algumas importações do país. O governo disse que implementará tarifa de 15% sobre produtos de carvão e gás natural liquefeito, bem como uma tarifa de 10% sobre petróleo bruto, máquinas agrícolas e carros de grande cilindrada. As medidas passam a valer a partir do dia 10 de fevereiro.

“O aumento unilateral de tarifas dos EUA viola seriamente as regras da Organização Mundial do Comércio”, afirmou o órgão chinês em sua declaração. “Não é apenas inútil para resolver seus próprios problemas, mas também prejudica a cooperação econômica e comercial normal entre a China e os EUA.” A tarifa de 10% imposta pelo presidente Donald Trump à China entrou em vigor nesta terça-feira.

GOOGLE NA MIRA – Minutos após o anúncio das novas taxas, a Administração Estatal de Regulamentação de Mercado da China informou que está investigando o Google por suspeita de violação de leis antimonopólio do país.

Os chineses também adicionaram o grupo de moda norte-americano PVH (proprietário de marcas como Tommy Hilfiger e Calvin Klein) e o gigante da biotecnologia Illumina a uma lista de “entidades não confiáveis”.

A decisão “protegerá a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento em conformidade com as leis pertinentes”, afirmou o Ministério do Comércio em comunicado. “As duas entidades violam os princípios normais das transações de mercado, perturbam as transações normais com as empresas chinesas e tomam medidas discriminatórias contra as empresas chinesas”, acrescentou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Enfim, o jogo realmente começou. Trump encontrou um adversário de peso que respondeu com firmeza. Agora, o placar é de 15% a 10%, em favor da China. E os analistas precisam calcular o que isso significa para o comércio mundial. Espera-se que Lula continue calado e não diga nenhuma bobagem. (C.N.)

Com Alcolumbre, o Centrão coloca a faca no pescoço do governo Lula

Davi Alcolumbre é eleito Presidente do Senado com 73 votos - Diário do  Sudoeste

Alcolumbre, festejadíssimo por Randolfe, líder do PT

Sérgio Perez

Com Davi Alcolumbre (União-AP) voltando à presidência do Congresso, o Centrão realmente coloca a faca no pescoço do governo. Pagou, levou; não pagou, está perdido. E não adiantará nada o esforço do ministro Flávio Dino tentando barrar o escárnio via Supremo. O Congresso dará sempre um jeito e cada votação terá um preço.

Na verdade, a administração federal virou balcão de negócios. A Codevasf, estatal que cuidava do desenvolvimento da região do vale do São Francisco, conseguiu ampliar ardilosamente a geografia, até fazer o Velho Chico chegar ao Amapá, vejam a que ponto chega a desfaçatez dessa gente.

PETROBRAS NA MIRA – Só no escândalo do parente do drputado baiano Elmar Nascimento (União) a mutreta da Codevasf envolveu mais de um bilhão. com b de bola. Isso mesmo.

Com Alcolumbre na presidência do Congresso, a Petrobras entra na mira para obter licença de pesquisa e extração de petróleo no litoral do Amapá. O governo será pressionado para autorizar logo a operação.

O Brasil precisa desesperadamente de novos campos de petróleo, mas a exploração da margem equatorial poderia começar pelo Rio Grande do Norte, mas o preferido é o Amapá de Alcolumbre.

TUDO DOMINADO – Na situação a que chegou a política brasileira, o Sul e o Sudeste estão dominados no Parlamento. Como resolver essas distorções?

Uma das medidas deveria ser a reforma do sistema representativo, com a adoção do modelo “um homem, um voto”, com os cidadãos tendo o mesmo poder de voto, sem o atual privilégio dos Estados com menos habitantes.

Nesse esquema, devemos defender o voto distrital puro, com “recall” para substituir o parlamentar que não esteja cumprindo suas promessas de campanha. Do jeito que está, o parlamentar não representa ninguém além dele mesmo, pois não há instrumentos de cobrança.

Acredite se quiser! Eleição de 2026 será mesmo entre Lula e Bolsonaro

Charge do JCaesar | VEJA

Charge do JCaesar | VEJA

Carlos Newton

Por incrível que pareça, as correntes políticas da polarização insistem em canalizar entre Lula da Silva e Jair Bolsonaro a disputa da eleição de 2026.  A repetição do confronto somente será evitada caso algum dos contendores tenha problemas de saúde, com agravamento de suas comorbidades, como se diz atualmente.

Lula vai estar com 81 anos nesta campanha eleitoral, na condição de mais idoso governante de país democrático, já com data de validade vencida e graves problemas de saúde. Se Lula não for candidato, o PT perde e se extingue, por decomposição espontânea, e Lula quer evitar esse vexame.

BOLSONARO – O principal adversário é Bolsonaro, dez anos mais novo e que chegará à eleição com 71 anos. Mas também está com a validade vencida, devido aos graves problemas de saúde.

A facada de Adélio Bispo, em 2018, não conseguiu matá-lo, mas roubou sua higidez. A tela implantada no abdômen salvou a vida de Bolsonaro, mas já houve várias recidivas, parece ser um problema que terá pelo resto da vida.

Enriquecido pelos R$ 72 milhões que os admiradores depositaram em sua conta por Fix, calcula-se que a fortuna de Bolsonaro já atinja 140 milhões, incluindo o patrimônio imobiliário. Mesmo assim, ele não desiste da política.

LULA FAVORITO – Pesquisa eleitoral realizada pela Genial/Quaest mostra que o cantor Gusttavo Lima surge como o nome mais competitivo contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em um cenário que reúne diversos outros nomes da direita.

A pesquisa incluiu nomes como o do presidente Lula (PT), o de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e atualmente inelegível, e de governadores de destaque como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), e Ronaldo Caiado (GO), além de outras figuras do cenário político, como Pablo Marçal e Fernando Haddad, atual ministro da Economia.

A pesquisa parece ser Piada do Ano, porque o povo brasileiro é gozador, sacaneia até pesquisa eleitoral. Tudo indica que o candidato mais forte contra Lula é mesmo Bolsonaro.

FALTA A ANISTIA – Para concorrer à eleição, Bolsonaro precisa que o Congresso aprove a anistia, com benefício estendido a políticos de oposição punidos pela Justiça Eleitoral.

Com apoio de Lula e do PT, essa aprovação fica garantida, e Lula tem convicção absoluta que pode sair vitorioso com maior facilidade se Bolsonaro concorrer.

Assim, se Lula mandar o PT votar a anistia, dizendo que não tem medo de perder para Bolsonaro e quer enfrentá-lo, o projeto terá aceitação mais que garantida no Congresso.

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P.S. –
Detalhe importante: as Forças Armadas torcem desesperadamente para que a anistia seja aprovada. Mas isso é assunto para outro artigo. (C.N.)

OAB desafia o Supremo e exige restabelecimento da sustentação oral

 (crédito: Fellipe Sampaio/SCO/STF)

Simonetti colocou os ministros do STF no seu devido lugar

Rayssa Motta
Estadão

Diante dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), na cerimônia de abertura do Ano Judiciário, o criminalista Beto Simonetti, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), criticou os julgamentos virtuais, que aceitam apenas sustentações orais gravadas. “Respeitando quem pensa o contrário, vídeo gravado não é sustentação oral”, disparou o dirigente da OAB.

Na semana passada, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, rejeitou um pedido da OAB para reconsiderar a regulamentação dos julgamentos na modalidade virtual.

DESAGRADO GERAL – O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra o Poder Judiciário, e também é dirigido por Barroso, aprovou diretrizes nacionais sobre o tema que desagradaram os advogados.

Ao negar o apelo da OAB, Barroso justificou que, no “atual cenário de judicialização exacerbada”, é “materialmente impossível dar conta” da fila de processos apenas com os julgamentos em tempo real.

O presidente da OAB aproveitou o espaço na cerimônia, que reuniu as mais altas autoridades de Brasília, para protestar.

DEMOCRACIA EM RISCO – Beto Simonetti afirmou que silenciar a advocacia enfraquece a própria democracia. “A depender do seu uso e de sua regulamentação, a tecnologia pode ampliar a injustiça e violar a ampla defesa, o contraditório e o devido processo legal”, criticou.

Os julgamentos virtuais são assíncronos, ou seja, ao contrário das sessões presenciais e por videoconferência, eles não ocorrem em tempo real. Também não há debate entre os magistrados.

A sessão fica aberta para receber os votos ao longo de uma semana e cada juiz registra seu posicionamento no sistema digital quando achar mais conveniente.

SEM CONTRADITÓRIO – Advogados reclamam que a defesa fica limitada no plenário virtual e que, em algumas modalidades de processos, como ações criminais, o prejuízo é maior. As sustentações orais – momento em que a defesa expõe seus argumentos – são gravadas e enviadas em arquivo de vídeo, ou seja, os advogados não têm a chance de fazer a argumentação diante dos julgadores.

“A oralidade é a marca dos sistemas de Justiça garantias. O direito à palavra é instrumento indispensável ao exercício da defesa plena. A palavra dita é complementar ao escrito”, disse Simonetti.

DEVIDO PROCESSO – Disse Beto Simonetti sobre julgamentos virtuais: “A depender do seu uso e de sua regulamentação, a tecnologia pode ampliar a injustiça e violar a ampla defesa, o contraditório e o devido processo legal”.

O presidente da OAB prometeu buscar “todos os meios legais para assegurar que a advocacia continue exercendo seu papel sem restrições”.

Ao longo dos últimos três anos, Simonetti procurou STF e o CNJ para tentar costurar um acordo em torno do tema, sem sucesso. A OAB decidiu levar ao Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para proibir expressamente a limitação das sustentações orais e para anular julgamentos se a prerrogativa for desrespeitada.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A OAB está coberta de razão. A falsa modernidade do Supremo está destruindo o chamado devido processo legal, sem o qual não existe Direito nem muito menos Justiça. Mas o Supremo, do alto de sua empáfia, não sabe mais o que significa a palavra contraditório. (C.N.)

Kassab afirma que não deixará Tarcísio cometer o mesmo erro de Doria

Tarcísio de Freitas: a trajetória do novo governador de São Paulo

Kassab prefere que Tarcísio seja reeleito governador

Gustavo Zucchi
Metrópoles

Presidente do PSD e secretário da gestão Tarcísio de Freitas em São Paulo, Gilberto Kassab tem dito a aliados não apoiará uma possível candidatura do governador paulista à Presidência da República nas eleições de 2026.

Segundo interlocutores de Kassab, o presidente nacional do PSD e secretário de Relações Institucionais do governo de São Paulo promete “não deixar” Tarcísio cometer o mesmo erro do ex-governador paulista João Doria.

APRESSADO DEMAIS – O “erro” de Doria teria sido abrir mão da reeleição ao governo de São Paulo para disputar o Palácio do Planalto em 2022. No fim, o então tucano acabou sendo preterido pelo PSDB, que apoiou Simone Tebet (MDB) à Presidência, e não tentou reeleição.

Como a coluna já noticiou, caciques do PL, partido de Jair Bolsonaro, acreditam que, caso o ex-presidente continue inelegível em 2026, ele deverá convidar Tarcísio para encabeçar uma chapa de direita nas eleições ao Planalto.

Aliados de Kassab afirmam que, atualmente, o mais provável é que o PSD apoie o nome do governador do Paraná, Ratinho Júnior, que não pode concorrer à reeleição no estado. Ratinho disputaria o Planalto com o apoio de Tarcísio.

E BOLSONARO? – Por sua vez, o ex-presidente Jair Bolsonaro disse, em entrevista à coluna, que dois de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), podem ser indicados por ele para disputar a Presidência em 2026.

Já o sonho de Gilberto Kassab seria candidatar-se a vice-governador de Tarcísio de Freitas em 2026.

O plano do cacique do PSD mira uma possível candidatura do governador à Presidência da República em 2030 e a de Kassab ao governo de São Paulo.

México e Canadá anunciam acordo com Trump para suspender tarifas por um mês

Presidenta do México anuncia que EUA suspenderam tarifas por um mês – Mundo – CartaCapital

Sem condições, presidente mexicana atende ordem de Trump

Isabela Bolzani
do g1

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou nesta segunda-feira (3) que fez um acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pausar as tarifas anunciadas por ele durante um mês.

As tarifas dos EUA sobre o Canadá também foram suspensas por pelo menos 30 dias, disse Justin Trudeau. Segundo o premiê, acordo foi aceito por Trump após Canadá prometer mais cooperação na segurança da fronteira, em movimento parecido ao acordo feito com o México mais cedo

FICOU ACERTADO – O México reforçará imediatamente a fronteira norte com 10 mil membros da Guarda Nacional para impedir o tráfico de drogas do México para os Estados Unidos, particularmente fentanil.

Os Estados Unidos estão comprometidos em trabalhar para impedir o tráfico de armas de alta potência para o México.

As equipes dos dois países começarão a trabalhar em duas frentes: segurança e comércio. E as tarifas comerciais entre os dois países estão suspensas por um mês a partir de agora.

DIZ TRUMP – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira, dia 3, ter conversado com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, e disse gostar dela. “Temos boa relação”, afirmou.

Trump ressaltou que pretende se envolver nas negociações com os mexicanos, que serão lideradas pelos secretários de Tesouro, Scott Bessent; Comércio, Howard Lutnick; e Estado, Marco Rubio.

Ainda sobre a América Latina, Trump informou que negocia um acordo com o Canal do Panamá que, segundo ele, foi de maneira “tola” dado aos panamenhos. “O Panamá viola o acordo”, acusou ele, dizendo que o canal não foi concedido à China…

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGComo se vê, o estilo trator de Trump funciona bem com nações fracas, como Colômbia, México e Panamá, mas deu curto-circuito em relação ao Canadá. Ao se ver ilhado, o premier canadense Justin Trudeau acabou fazendo acordo idêntico ao México. É o poder da boçalidade que se consagra na política externa. Uma lástima. (C.N.)

Trump 2 é mais “Deus, pátria e família” do que comércio e dólar

Donal Trump coloca o mundo entre a espada e a parede

Um homem devasso como Trump pode ser conservador?

Vinicius Torres Freire
Folha

Donald Trump vai criar imposto de importação extra sobre produtos de Canadá e México, a partir de sábado, como prometeu? “Talvez sim, talvez não”, disse o presidente americano nesta quinta (30). O motivo da punição imperial seriam imigrantes e fentanil. Nada a ver estritamente com relações comerciais.

Trump ainda pode arruinar o que resta de ordem econômica mundial e dar tiros na própria testa dos EUA. Mas sua prioridade até agora tem sido a produção e exportação de ignorância escandalosa e apelos aos sentimentos mais baixos dos americanos e de hordas extremistas pelo mundo, como aqui no Brasil.

DIREITOS DE MINORIAS – Trump não perde oportunidade de atacar planos de preservação ou de reparação de direitos de minorias violentadas de alguma maneira. Além de inflação, esse foi um tema principal da campanha.

Mesmo antes de Trump 2, nos EUA havia reação contra essas ideias e políticas, não apenas na grande empresa (há montante de críticas até na esquerda, obviamente em outros termos). Até onde vai esse programa ideológico e quais consequências práticas? Seria apenas diversão inicial, até por fazer mais efeito, sem muito trabalho?

Trump vai destroçar agências de governo também por meio da caça a gente dada a progressismos? Em dois dias, agrediu a Agência Federal de Aviação e o Banco Central. Quando o império começa a solapar até suas burocracias funcionais e essenciais, a coisa parece mais perigosa.

POLÍCIA POLÍTICA – Uma das políticas mais visíveis e incisivas de Trump têm sido o programa de incentivo à ignorância e de aterrorizar imigrantes pobres e funcionários públicos, neste caso com objetivo de erradicar princípios republicanos.

Nomeia negacionistas da razão, ignorantes e lunáticos para vários postos de seu ministério, além de acólitos que anunciam perseguição de servidores e cidadãos recalcitrantes, como se fossem polícia política.

Promove a influência de Elon Musk, que financia ou apoia de outra maneira a extrema direita pelo mundo e promete montar comitês de difamação de políticos que contestem a propaganda disso que se quer um novo regime ou o começo de uma “nova era”. Quem sabe conte com a ajuda de gangues armadas. Não libertou os terroristas do Capitólio?

CULPA DIVERSIDADE – Houve um acidente horrível de avião. Trump diz que a “diversidade” fez Agência Federal de Aviação contratar pessoas com “deficiências intelectuais e psiquiátricas graves”, entre outros delírios.

Ao lado dele, secretários [ministros] repetiam Trump e diziam que fariam uma limpa em seus departamentos. “Se o Fed tivesse gastado menos tempo em DEI [Diversidade, Equidade e Inclusão], em energia ‘verde’ e na falsa mudança climática, a inflação jamais teria sido um problema”, escreveu Trump em post na sua rede social, na quarta, depois que o BC dos EUA manteve a taxa básica de juros.

IDEOLOGIA DE GÊNERO – Na quarta-feira, memorando do Departamento de Administração de Pessoal, reforçou a diretriz do decreto do dia 20, do dia da posse: é preciso eliminar a “ideologia de gênero” em exigências de qualificação para empregos públicos, em contratos do governo e em contas sociais (só existem dois sexos, homem e mulher. Dizer o contrário é contra o “sistema americano”).

Em um dos discursos do dia da posse, revisou seu ranking de “palavras mais bonitas”. Mas Deus, religião e amor viriam antes de “tarifa”.

É diversionismo? Ou o começo de um plano fundamentalista profundo?

Piada do Ano! Gusttavo Lima é o candidato mais forte contra Lula

Quaest: Gusttavo Lima tem menor diferença para Lula no 2º turno | CNN NOVO DIADeu no SBT News

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria todos os adversários em todos os cenários – no primeiro e no segundo turno – na corrida pela Presidência da República em 2026, segundo pesquisa Quaest divulgada nesta segunda-feira (3).

No primeiro turno, Lula tem vantagem em quatro cenários diferentes. Se a eleição fosse hoje, o petista venceria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o sertanejo Gusttavo Lima (Sem partido), o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

SEGUNDO TURNO – Lula também venceria todos os adversários em um possível segundo turno. Veja os cenários:

Lula x Gusttavo Lima: Lula (PT) – 41; Gusttavo Lima (Sem partido) – 35; Indecisos – 3; Brancos e Nulos – 21

Lula x Eduardo Bolsonaro: Lula (PT) – 44; Eduardo Bolsonaro (PL) – 34; Indecisos – 3; Brancos e Nulos – 19

Lula x Pablo Marçal: Lula (PT) – 44: Pablo Marçal (PRTB) – 34; Indecisos – 3; Brancos e Nulos – 19

Lula x Tarcísio: Lula (PT) – 43; Tarcísio de Freitas (Republicano) – 34; Indecisos – 4; Brancos e Nulos – 19

Lula x Zema: Lula (PT) – 45; Romeu Zema (Novo) – 28; Indecisos – 4; Brancos e Nulos – 23

Lula x Caiado: Lula (PT) – 45; Ronaldo Caiado (União) – 26; Indecisos – 4; Brancos e Nulos – 25

EMPATE – Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Jair Bolsonaro (PL) empata com Lula – os dois aparecem com 9% das intenções de voto. O ex-presidente não aparece na pesquisa estimulada porque está inelegível.

Questionados em quem votariam para presidente se a eleição fosse hoje, 78% dos entrevistados afirmaram estar indecisos.

A rejeição dos eleitores a Lula é maior que a aprovação. 49% dos entrevistados conhecem o presidente, mas não votariam nele, enquanto 47% votariam no petista em 2026. Outros 4% afirmaram que não conhecem Lula.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Neste levantamento, somente se aproveitam o resultado da pesquisa espontânea (Lula,9; Bolsonaro,6) e o dado de que 78% dos eleitores não sabem em quem votar. (C.N.)

Líder do PL dá início à articulação para aprovar a anistia neste ano

Sóstenes Cavalcante comenta saída de Pazuello do MS

Sóstenes enxerga longe e acredita na aprovação da anistia

Basília Rodrigues
CNN

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou à CNN que dará início, nesta segunda-feira (3), às conversas com o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para votar o projeto de lei que estabelece anistia para os condenados pelo 8 de Janeiro. Segundo ele, a estratégia é pautar o texto somente quando houver a certeza de aprovação.

“Vamos começar a dialogar com os demais líderes, quando a gente tiver os votos, não abrirei mão de incluí-lo na pauta de votação”, afirmou.

DEPOIS DA MISSA – A primeira reunião de líderes com Motta será no fim desta tarde, na Câmara. Antes, estarão todos reunidos em uma missa religiosa para marcar o início do ano legislativo.

Neste fim de semana, Motta afirmou em entrevista a jornalistas da Paraíba, seu estado de origem, que o andamento do projeto da Anistia deve ser decidido em reuniões dos líderes partidários nos próximos dias.

“Este é o tema que mais divide a Casa hoje. Você tem o PL defendendo que se vote a anistia para os presos do episódio 8 de Janeiro, e você tem a esquerda, o PT, principalmente, defendendo que esse tema não seja votado na Casa. Como eu disse aqui, a pauta é decidida pelo presidente, com participação dos líderes. Com certeza, este será um tema levado para essas reuniões nos próximos dias”, disse o novo comandante da Câmara.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
A cadeira de presidente da Câmara ainda nem esquentou, mas já começou a pressão sobre Hugo Motta para apoiar o projeto que anistia os vândalos do 8 de Janeiro e, de passagem, pode beneficiará Jair Bolsonaro e trazê-lo de volta à política eleitoral. Será um assunto permanente no noticiário político. (C.N.)

O seresteiro Adelino Moreira e a eternidade da volta do boêmio

Adelino Moreira (1918 - 2002) foi... - Coisas da Antiga | Facebook

Adelino, um compositor de sucessos

Paulo Peres
Poemas & Canções

O compositor luso-brasileiro Adelino Moreira de Castro (1918-2002) tem como seu maior sucesso “A Volta do Boêmio”,  cuja letra revela a compreensão, o consolo e a alegria de uma mulher ao entender a vida boêmia de seu amado. Este samba-canção foi gravado,  primeiramente, por Nélson Gonçalves, em 1956, pela RCA Victor.

 A VOLTA DO BOÊMIO
Adelino Moreira

Boemia, aqui me tens de regresso
e suplicante te peço
a minha nova inscrição

Voltei, pra rever os amigos que um dia
eu deixei a chorar de alegria,
me acompanha o meu violão

Boemia, sabendo que andei distante
sei que essa gente falante
vai agora ironizar

Ele voltou, o boêmio voltou novamente,
partiu daqui tão contente
por que razão quer voltar?

Acontece que a mulher que floriu meu caminho
de ternura, meiguice e carinho,
sendo a vida do meu coração

Compreendeu, e abraçou-me dizendo a sorrir:
meu amor você pode partir,
não esqueça o seu violão

Vá rever os seus rios, seus montes, cascatas,
vá sonhar em novas serenatas
e abraçar seus amigos leais

Vá embora, pois me resta o consolo e a alegria
de saber que depois da boemia
é de mim que você gosta mais

Todos sabem que Trump não vale nada, mesmo assim devolveram-lhe o poder

No Globo de Ouro, Meryl Streep disse quem é Trump…

Roberto Nascimento

Em 2017, ao receber o prêmio Globo de Ouro, a atriz americana Meryl Streep comoveu a plateia, ao lamentar que o então presidente Donald Trump, em seu primeiro mandato, tenha zombado de um repórter deficiente físico. De lá para cá, nada mudou. Esse presidente das trevas odeia os negros, os deficientes físicos, assim como odeia os imigrantes da África e da América Latina, brasileiros inclusos, e também os fracos, os humildes, os deserdados das benesses capitalistas.

O todo-poderoso presidente desconhece que um belo dia ele não estará mais aqui. Nesse fatídico dia, o empresário/político Trump não terá tempo para se arrepender, até porque não vai adiantar nada. Pessoas como ele nunca se arrependem do mal que causaram aos outros. Se acham infalíveis e acima de todos.

NO SALÃO OVAL – O que dirão os trumpistas, diante dessa nova manifestação do presidente, em entrevista no Salão Oval, opinando irresponsavelmente sobre o acidente entre um helicóptero militar e uma aeronave comercial, que se chocaram em pleno ar sobre um rio próximo ao aeroporto Ronaldo Reagan em Washington, capital dos EUA, em que 64 pessoas morreram em consequência da explosão.

Pois bem, Trump atribuiu o acidente às políticas de inclusão social dos presidentes Barak Obama e Joe Biden, que empregaram deficientes físicos na Agência de Aviação dos EUA.

Trump tenta colocar a culpa pelo acidente no profissional da torre de controle, sem esperar a conclusão das investigações.

ERRO DO PILOTO – As gravações que vieram a público, demonstram que o controlador avisou ao piloto do helicóptero militar, para se afastar da rota, e perguntou se a aeronave estava em seu campo visual. Portanto, agiu corretamente, conforme os padrões de segurança operacional do tráfego aéreo.

Mas Trump usou essa tragédia para anunciar o fim das políticas de inclusão de deficientes físicos e de negros no mercado de trabalho do serviço público.

Trata-se de uma declaração racista e na linha da limpeza étnica, porque, para piorar, Trump afirmou que os brancos são excluídos dos empregos em prol dos negros e deficientes físicos.

LÍRIOS DO CAMPO – Sobre essas primeiras ações do presidente Trump, é importante citar trehos do livro: “Por Dentro do III Reich”, de Albert Speer.

”O líder maquiavélico possuí intuição teatral, adota um comportamento público segundo as mais diversas situações, porém, age negligentemente diante de seis servidores e colaboradores”. E concluiu:

“Os homens poderosos são como os lírios do campo; um dia fortes e bonitos, no outro dia murchos e sem vida. Como são efêmeros os dias do Poder, propensos a chuvas e trovoadas… Ingênuo é aquele que acredita na perpetuação do mando, exercendo os poderes do Estado com prepotência, principalmente diante dos mais humildes e fracos.

Hugo Motta e Davi Alcolumbre mantêm poder do Centrão no Congresso

Alcolumbre e Mota representam a continuidade de dinastias políticas

Pedro do Coutto

O Senado e a Câmara dos Deputados elegeram neste sábado Davi Alcolumbre e Hugo Motta, respectivamente, como seus novos presidentes. Os dois eram os favoritos em suas disputas. A previsão de analistas é que as mudanças vão manter o Congresso forte e independente do governo de Lula da Silva que deve continuar tendo dificuldade para avançar suas propostas no Legislativo em 2025, um ano decisivo para tentar melhorar a sua avaliação e fortalecer os seus planos de reeleição. A expectativa é que pautas econômicas, como a ideia de mudar regras do Imposto de Renda, possam ser aprovadas, mas à base de muita negociação e concessões, enquanto propostas com mais resistência na oposição, como a ideia de regular as redes sociais, continuem travadas.

Em seu discurso, Alcolumbre afirmou: “Para mim, governar é ouvir, liderar e servir. É disso que o nosso país precisa agora. Uma liderança que una e não que divida”, disse O presidente Lula parabenizou Alcolumbre nas redes sociais: “Um país cresce quando as instituições trabalham em harmonia. Caminharemos juntos na defesa da democracia e na construção de um Brasil mais desenvolvido e menos desigual, com oportunidades para todo o povo brasileiro”.

DISCURSO – Hugo Motta, levou 444 votos dos 513 possíveis (499 deputados votaram). Em seu discurso de vitória ele citou mais de uma vez Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1988 e repetiu a frase célebre do parlamentar: “Tenho ódio e nojo à ditadura”.

“Não existe ditadura com parlamento forte. O primeiro sinal de todas as ditaduras é minar e solapar todos os parlamentos. Por isso, temos de lutar pela democracia. E não há democracia sem imprensa livre e independente.” Ele terminou com uma referência ao filme Ainda Estou Aqui, indicado ao Oscar e focado na época da ditadura militar: “Em harmonia com os demais poderes, encerro com uma mensagem de otimismo: Ainda estamos aqui!”.

Tanto Alcolumbre quanto Motta são lideranças do Centrão — classificação que abarca partidos predominantemente conservadores, mas que costumam apoiar governos de diferentes tendências políticas em troca de cargos e acesso a verbas públicas. Os dois costuraram uma ampla aliança, que vai do PT de Lula ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, e contam com o apoio dos atuais presidentes das duas Casas, o deputado Arthur Lira e o senador Rodrigo Pacheco.

DIÁLOGO – Motta deve ter um diálogo melhor com o Palácio do Planalto do que Lira, mas isso não será garantia de mais facilidade nas votações. Já Alcolumbre deve dar mais dor de cabeça por ter um estilo mais confrontacional e um apetite maior por cargos e verbas públicas do que Pacheco.

Sem dúvida, o grande vitorioso nas eleições de Alcolumbre e Hugo Mota foi o Centrão, demonstrando que o bloco possui uma força suprapartidária no cenário político e de poder, ratificando que sempre que precise restituir líderes nessa caminhada, serão capazes de colocar-se  em posição de destaque para tornar-se um instrumento importante.

A vitória de ambos criou também uma nova realidade política no país que é o fortalecimento das bases que a partir de agora dividem as escalas do poder com Lula de um lado e com Bolsonaro de outro, embora Lula continue absoluto no PT, enquanto Bolsonaro está dependendo do PL e de um leque de apoios para que escolha alguém nas urnas de 2026. As urnas dirão qual será esse nome. A sucessão do próximo ano, portanto, já começou.