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Marcos Pereira avisa que não é hora de votar a anistia
Bela Megale
O Globo
No périplo de Jair Bolsonaro junto a presidentes de partidos para aprovar o projeto da anistia aos envolvidos no 8 de janeiro, falta apenas o encontro com o presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP).
Há a possibilidade de que a agenda entre ambos ocorra na semana que vem, mas Marcos Pereira já sinalizou a aliados sua posição sobre o tema, a qual não deve agradar Bolsonaro.
APÓS OS JULGAMENTOS – O presidente do Republicanos tem afirmado que, como jurista, avalia que a anistia não pode ser aprovada antes que todas as ações sobre os atos golpistas do 8 de janeiro sejam analisadas e finalizadas.
Até porque isso abre espaço para que partidos contrários à anistia judicializem a medida no Supremo Tribunal Federal (STF), que acabará decidindo sobre o destino final dos condenados pelos ataques aos prédios dos Três Poderes.
Marcos Pereira tem ponderado, no entanto, que considera as penas, que chegam a 17 anos de prisão, elevadas demais.
LÍDER CONFIANTE – O líder da legenda na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), diz já ter votos suficientes para aprovar a anistia e que espera só o posicionamento do Republicanos.
Os deputados do partido, porém, ainda não debateram o tema. Como informou o colunista Lauro Jardim, são necessários 257 votos.
Pelas contas dos bolsonaristas, com o apoio do Republicanos “o sim” à anistia teria cerca de 290 votos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Desculpem a intromissão, mas a matéria tem alguns erros. Como se trata de projeto de lei, a anistia é muito fácil ser aprovada. Para abrir a votação, é preciso haver quórum de maioria absoluta (metade mais um), ou seja, 257 presentes. O presidente da Câmara então pode abrir a votação, e o projeto é tido como aprovado se conseguir apoio da maioria simples, ou seja, apenas 129 votos. É por isso que avaliamos aqui na Tribuna da Imprensa que a anistia está mais do que aprovada. Inclusive, o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) é a favor. Quanto a Sóstenes Cavalcante, autor do projeto, ele é líder do PL e não do Republicanos. (C.N.)
Essa demora é porque não implica em mercenários à serem liberados para ininterruptas e futuras missões!