
Vândalos atentaram contra a democracia, mas não tiveram êxito
Pedro do Coutto
O governo está tomando providências junto ao Congresso para acompanhar de perto o projeto de anistia voltado para os que participaram da invasão de Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. Está voltado para essa questão porque além de ser uma anistia com um número que se aproxima de mil pessoas, representa também uma brecha para reabilitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, permitindo-lhe assim condições de disputar a sucessão presidencial de 2026.
O projeto de anistia tem poucas possibilidades de ser aprovado e mesmo se assim mesmo o fosse, Lula teria o poder de veto. Pode-se admitir, mas é mais difícil, que o Congresso aprove emenda constitucional fixando as bases da anistia, o que evitaria o veto presidencial. Mas, a questão não é só essa, mas sim que colocado o tema, o governo terá que se mobilizar para conter a ofensiva da oposição e para isso terá que negociar maior apoio do Legislativo para com o governo.
PEÇA-CHAVE – O Centrão passou a ser a peça-chave desse relacionamento. Um problema grave, sem dúvida, para Gleise Hoffmann, ministra da articulação do governo com a oposição. Os que participaram da invasão de Brasília e das ações de vandalismo contra os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal foram financiados por pessoas interessadas em um golpe de Estado que afastaria o presidente Lula do poder. E, na maré alucinada, previam até a morte de Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.
Uma loucura imaginar que isso pudesse acontecer. Mas os golpistas, tomados por uma estranha compulsão, admitiam que tal acontecesse. Espanta que tais hipóteses pudessem passar pela cabeça dos bolsonaristas porque o trauma que isso deixaria anularia a execução de um golpe nessas condições voltadas contra o presidente da República.
SEM LIMITES – Mas, é preciso considerar que o fanatismo não respeita fronteiras e limites. Uma contradição evidente é que Bolsonaro, Braga Neto e Augusto Heleno, principalmente, incluem-se na anistia, embora não tenham ainda sido condenados. Deveriam estar lutando por sua absolvição no julgamento pelo STF. Entretanto, na certeza de que serão condenados, antecipam-se na busca da anistia.
É impressionante a desinformação e o impulso destrutivo dos que participaram do processo de golpe. Havia até um projeto de decreto pronto para ser editado alterando a estrutura do poder político do Brasil. É incrível que isso tenha se passado pela cabeça de oficiais de alta patente e de políticos com experiência. O dia seguinte ao do golpe que seria perpetrado levaria inevitavelmente a uma catastrófica guerra civil.
A história se repetirá?
Jornalistas, ficarão de fora?
PS. Adendos, em:
Stephen Kanitz
A História Não Contada de 1964.
Por que intelectuais, jornalistas, historiadores, professores e escritores tem tanto ódio dos militares brasileiros?
A razão jamais divulgada, até hoje, é essa.
Uma semana depois de assumirem o governo, os militares patrocinaram uma emenda constitucional que se tornaria o maior erro deles.
Promoveram a emenda constitucional número 9 de 22 Julho de 1964, e logo aprovada 81 dias depois.
Essa emenda passou a obrigar todo jornalista, escritor e professor deste país a pagarem imposto de renda, algo que nenhum destes faziam desde 1934.
Pasmem.
Este é um dos segredos mais bem guardado pelos nossos professores de história, a ponto de nem os novos militares, jornalistas, professores de história e escritores de hoje sabem o que ocorreu de fato.
Além de serem isentos do IR, jornalistas tinham financiamento imobiliário grátis, vôos de avião grátis, viviam como reis.
Nenhum livro de história, nenhum jornalista de esquerda jamais irá lhes lembrar que o Artigo 113, 36 da Constituição de 1934 e repetido no artigo 203 da constituição de 1946, rezava o seguinte.
203 .“Nenhum imposto gravará diretamente a profissão de escritor, jornalista ou professor.”
Por 30 anos foi uma farra, algumas faculdades vendiam diplomas de jornalista “até arcebispo era jornalista.”
Por 30 anos esse favoritismo classista era um nó na garganta de nossos médicos, enfermeiras, bombeiros, polícias e militares, que se sacrificavam pelos outros sem reconhecimento.
Que mérito especiais tinham esses privilegiados, além a de poderem chantagear governos, que muitos faziam. Especialmente os privilegiados de esquerda, pois o Imposto de Renda é o imposto que por definição distribui a renda dos mais ricos para os mais pobres.
Hipocrisia intelectual maior não há.
Até a família Mesquita entrou na justiça pleiteando a isenção dos lucros do Estadão, alegando que os lucros advinham de suas profissões de jornalistas.
Só que com esta medida os militares de 1964 antagonizaram, em menos de dois meses de poder, toda a elite intelectual deste país.
Antagonizaram aqueles que até hoje fazem o coração e as mentes dos jovens.
“Grande parte dos jornalistas que tiveram suas crônicas coletadas para este livro, Alceu de Amoroso Lima, Antônio Callado, Carlos Drummond de Andrade, Carlos Heitor Cony, Edmundo Moniz, Newton Rodrigues, Otto Lara Resende, Otto Maria Carpeaux, entre outros, foram aqueles que logo se arrependeram do apoio dado ao golpe.”
Essa gente apoiou a luta pela democracia, ela só se tornou golpe depois da PEC que tirou seus privilégios classista.
“Jornalistas apoiaram o regime, mas antes dele fazer aniversário de um ano, já eram adversários do regime que ajudaram a instalar”, continua Alzira Alves.
Só por que mexeram no bolso dos jornalistas e historiadores, dos intelectuais a professores, numa medida justa, democrática, e que combateu a má distribuição da renda, que esses canalhas incentivavam.
Se os militares fossem de fato de direita, como jornalistas, professores de história e escritores não pararam de divulgar, eles teriam feito o contrário.
Eles se incluíram nesta lista classista.
Mas foram éticos e não o fizeram.
Jornalistas também não pagavam imposto predial1, imposto de transmissão1, imposto complementar2, isenção em viagens de navio, transporte gratuito ou com desconto nas estradas de ferro da União, 50% de desconto no valor das passagens aéreas e nas casas de diversões.
Devido a estas isenções na compra de casa própria, a maioria dos jornalistas tinha pesadas dívidas, e a queda de 15% nos seus salários causou sérios problemas financeiros e familiares.
Some-se a inflação galopante que se seguiu, o baixo crescimento do PIB, e levaria uns 10 a 15 anos para esses jornalistas, escritores e professores recuperarem o padrão de vida que tinham antes.
O “golpe” que os militares causaram foi esse.
Contra os intelectuais e não contra a nação.”
Bem, poderiam colocar na Lei Maior:
Todos são iguais perante a lei, mas escritores, jornalistas e professores não deverão pagar Imposto de Renda.
Este ranço (obrigatoriedade de pagar IR) persiste até hoje, ainda que os novatos nem tenham conhecimento disso.
Repórteres também eram privilegiados.
1) Tema complicado, o Brasil tem uma tradição de Anistias, se não houvesse a última Anistia dos anos 1980, Lula não seria presidente… hoje…
2) Vide revoltas da Aeronáutica em Jacareacanga e Aragarças…
Deve ser desses fatos quase proveem a tradição incivilizada de impunidade criminal para quem tem padrinho.
A DITADURA PRENDIA E MATAVA O INIMIGO
A DITADURA DA TOGA DEIXA O INIMIGO MORRENDO NA PRISÃO
Em qual delas o sofrimento é maior ?
Lembrando sempre que “o autoritarismo – de Trump, Netanyahu e Bolsonaro – é a pretensão da ausência absoluta de limites.”
Sr Vicente, o STF ao menos procura seguir o que o Legislativo elabora, e executa as claras, não as escondidas e nem na calada da noite.
Perguntem ao senhor Pedro do Coutto qual golpe foi dado? Em todo o ordenamento jurídico brasileiro não consta que fazer reuniões preparar e discutir alguma coisa é crime. Se, houvessem saído para a rua com pessoas armadas então teria existido um golpe. Como tem sido fácil mentir para a população utilizando o jornazismo. A questão toda não está no golpe e sim em manter o status quo. Basta ler o comentário do Jose Guilherme Schossland para entender o que está acontecendo no Brasil, agora. O jornazismo não vive sem a ajuda do governo e, então, ficam mentindo para garantir o jabá.
Bolsonaro no cercadinho
Tornado réu pelos ministros do STF, Jair Bolsonaro falou (pelos cotovelos) por cerca de uma hora, trazendo de volta o estilo do cercadinho (e dos adeptos dele) que cultivou durante seu governo.
Metralhou as urnas eletrônicas, a Venezuela e a China. Só faltou condenar a vacina contra a Covid.
Fonte: O Globo, Opinião, 30/03/2025 03h30 Por Elio Gaspari
Decida: vc é PSDB ou petista ?
“Coragem não está no grito
Nem riqueza na algibeira
E os pecados de domingo
Quem paga é segunda-feira”
Paulo Vanzolini, em “Capoeira do Arnaldo”.
A demagogia aqui utilizada para negara a realidade e defender o indefensável é de estarrecer, é o sinal inegável de uma causa perdida e tóxica para a sociedade.
Golpe branco, em efetiva implantação?
https://www.osul.com.br/projeto-do-pt-preve-30-anos-no-poder-com-maioria-no-stf-eliminacao-do-mp-e-controle-das-forcas-armadas/
Isso dizia Gilmar Mendes, quando ficou de olho grande na grana do PT. Uma chantagem aqui, outra ali, até que – finalmente- aderiu.
Attention: Filhinho de Mamãe está sob novo nome !
O único demagogo por aqui tem sido aquele que está sempre na janela. Demagogo e isentão.
Fico na janela porque prefiro olhar os canalhas de longe..
Demagogo só fala mentira, como o Mito, me aponte uma.
Isentão e infeliz por sermos poucos para salvar o país da sanha da direitona reacionária , sedenta de sangue e faminta de grana.
Não adianta, senhor Velho na Janela, mesmo com todas as provas e evidências cabais, de que houve planejamento e tentativa de golpe, uma trama macabra, que previa assassinatos, prisões, cassações e torturas, tudo que acontece em qualquer Ditadura, os adeptos do bolsonarismo vão alegar perseguição e falsas narrativas.
Nada a fazer.
O debate é entre direita e esquerda.
Mas esse debate só ocorre em países que não são comunistas.
Vá cantar em freguesias comunistas as virtudes do capitalismo pra ver o que é bom pra tosse.
Vai pra vala.
Epa! James! quer dizer que vossa santa sumidade concorda com este velho bobo e ignorante, NÃO VIVEMOS NUM PAIS COMUNISTA, e aqui não tem comunistas!
Mas veja bem, James, se tiver me aponte eles, porque eu morro de medo desses monstros, dizem que são pior do que Mito, mas eu, te juro, desde o Capitão Prestes e Olga Benário, não conheço nenhum, Deus me livre, mas sabe como é, esses teus colegas daqui, ficam metendo medo na gente…
O Projeto da Anistia, proposto pelo PL vem ganhando adeptos no PL e no Centrão.
O deputado federal, Sostenes Cavalcante do PL o maior entusiasta do apagão da memória, o esquecimento geral de tiro que ocorreu é o maior entusiasta desse perdão geral e para isso tem pressionado o presidente da Câmara Hugo Motta, para pautar a votação da Anistia, em Regime de Urgência. No entanto, aprovado na Câmara, precisa ser aprovado também no Senado.
Passada essas duas cotações, o Projeto segue para aprovação ou Veto do presidente. No caso de Veto, seria facilmente derrubado.
Mas, o objetivo do PL é demonstrar, que o projeto de anistia passou na Câmara e que Bolsonaro está sendo perseguido e, assim sensibilizar Donald Trump para pressionar a Justiça Brasileira de todas as formas para absolver Bolsonaro.
E os outros Réus? Cara um que se vire nos 30.
“O objetivo do PL é (…) sensibilizar Trump para pressionar a Justiça (…) para absolver Bolsonaro.”
“Sensibilizar Trump”? Trump, ao que parece, não perde tempo com ‘loser’, como se viu:
Trump não hospedou Jair Bolsonaro em seu Resort de Luxo Mar-a-Lago, em Palm Beach, em 30 de dezembro de 2022, como pretendia o ex-mito na sua fuga covarde do Brasil com medo de ser preso.
E o ex-mito, com Trump não lhe dando a mínima, acabou tendo que se abrigar na casa do lutador de MMA José Aldo, em Orlando, onde também não seria tolerado por muito tempo.
Trump, após receber Milei com pompas, também barrou a entrada de Michelle Bolsonaro no Capitólio, na sua posse, em 20 de janeiro de 2025.
E a ex-primeira-dama e comitiva, com Eduardo Bolsonaro incluso, tiveram que assistir ao evento em um telão nos arredores e voltarem ao Brasil incógnitos.