
Charge do Zé Dassilva (NSC Total)
Hélio Schwartsman
Folha
Medidas de Trump mostram que EUA são menos confiáveis do que se supunha, o que compromete posição de liderança do país. Apesar de Donald Trump ter suspendido o efeito do tarifaço por 90 dias, exceto para a China, ele já causou aos EUA danos difíceis de reverter.
Muito do poderio americano derivava do fato de o país ser visto como porto seguro, na economia, na geopolítica, na estabilidade democrática e na capacidade de produzir inovação. Não é mais.
SEM CONFIANÇA – A fase mais aguda do tumulto econômico das tarifas deverá passar em dias, mas o mundo se deu conta de que os EUA são um parceiro comercial menos confiável do que se supunha. Vários países procurarão colocar-se em posição de menor dependência, desacoplando suas economias da americana.
Pode sobrar até para o dólar. A moeda americana não vai deixar imediatamente de ser a grande reserva global de valor, mas Trump criou um incentivo a que se busquem alternativas.
No plano militar, a Europa percebeu que não pode mais contar com Washington para encabeçar a defesa do continente contra a Rússia.
GROENLÂNDIA – Não dá nem para descartar a possibilidade de os EUA se tornarem uma ameaça mais concreta do que Vladimir Putin, o que ocorreria caso Trump decidisse mesmo tomar a Groenlândia, que é parte da Dinamarca, à força.
Também estamos vendo coisas que até há pouco seriam inimagináveis, como a imprensa (a tradicional, não a satírica) discutindo planos do presidente para violar a Constituição e turistas europeus desistindo de viajar à América por medo de sofrer prisões arbitrárias.
FUGA DE CÉREBROS – É possível até que os EUA estejam vivendo as fases iniciais de um “brain drain”, a fuga de cérebros, que é o fenômeno pelo qual países instáveis perdem suas melhores mentes científicas para outras nações. Timothy Snyder, por exemplo, já anunciou que trocou Yale pela Universidade de Toronto.
O problema de base são os eleitores. Eles não sabem a força que têm. É verdade que trumpistas radicais votaram por uma delirante reforma da natureza. Mas parte considerável dos americanos foi de Trump em protesto contra os preços de Joe Biden. Compraram mais inflação e muita devastação pelo Agente Laranja.
Essa guerra tarifária já virou uma grande palhaçada!
Cabe notar – em meio ao tarifaço – o irritante descaso de Trump com o Brasil, que chega a ser comovente.
Tal articulista deve ter tido aulas com
Van Gogh, pois pinta os Girassóis com o Sol às suas costas.
Importa para Donald Trump só economias industrializadas produtoras de tecnologias, como a China, Japão, Taiwan etc.
Já países do setor primário são irrelevantes para Trump. Daí o seu colossal descaso com o Brasil.
Pior é aqui que o agente marrom está levando esse País para a falência não só financeira como também moral
Insisto. Se querem ter noção do que se passa, ouçam os jovens operadores do mercado de valores mobiliários.
Alô seu Trump, pare de sacanear os Estados Unidos, o senhor Hélio Schwartsman está ficando aborrecido com isso.
Seu Helio só gosta do Agente Marrom.
Unabomber.
Os americanos jogaram uma bomba atômica em cima de Hiroshima, Dom $talinacio Curro de La Grana, jogou outra, um peido. Chamou a diretora geral do FMI, Kristalina Georgieva, de mulherzinha.
Pra que já mandou Elon Musk tomar no caneco, mulherzinha é elogio.
A explosividade do casal Janjo e Janja é de fazer onça largar da cria e o Conde Vlad se persignar diante de um empalado.
Como dizia minha amiga lá de Cuiabá MT, eu ‘si divirto’.
O sarcasmo e a ironia é uma forma de ridicularizar os mal paridos no poder.
Das coisas mais ridículas já escrita por alguém que se diz jornalista: “e turistas europeus desistindo de viajar à América por medo de sofrer prisões arbitrárias.” Será que o Hélio estaria falando da Coréia do Norte, ou como diz o meu vizinho; nasceu assim ou ficou sem neurônios ouvindo os discursos da Dilma?
O que será que os assessores de Trump e o mercado pensam sobre as ações do presidente? Suas idas e vindas parece que são tomadas pelas repercussões financeiras. Interessante a materia publicada no NYT: https://www.nytimes.com/es/2025/04/10/espanol/estados-unidos/aranceles-trump-pausa-razones.html