“Plano” de Motta para reduzir punições sem anistia é Piada do Ano

Hugo Motta: de pupilo de Cunha a presidente da Câmara - Nexo Jornal

Motta devia ser proibido de ter ideias; é perda de tempo

Mario Sabino
Metrópoles

Não presto atenção ao que diz homem que usa gel no cabelo. É porque as ideias também têm gel, e basta dar uma enxaguada e o lustro vai embora. Mas, contrariando a minha resolução existencial, prestei atenção ao que disse o deputado Hugo Motta, presidente da Câmara, sobre o abacaxi dos condenados pelo 8 de Janeiro.

Pressionado pelos bolsonaristas a colocar o projeto de anistia em votação e obsequioso com o STF, tudo ao mesmo tempo agora, o gajo disse aos jornalistas Luciana Lima e Eumano Silva que negocia uma solução para o imbróglio com Lula, em nome da pacificação do país (quando ouço falar em pacificação, penso sempre nas 50 mil vítimas de assassinato a cada ano). Alguém precisa fazer política, não é?

ENTENDIMENTO? – A ideia é chegar a um entendimento entre os Três Poderes para que as penas pesadíssimas impostas aos participantes do 8 de Janeiro sejam aliviadas.

“O que tenho defendido é a capacidade de a gente se entender. Eu tenho conversado com muita gente. Também o Executivo tem um papel importante a cumprir nisso”, disse Hugo Motta.

Depois de ler a frase, perguntei aos meus botões (eu estava de camisa social) se não foi “muita gente” que deu esta ideia a ele: substituir o projeto de anistia com outro que prevê o abrandamento de condenações, de tal modo que tiraria a maioria dos depredadores da cadeia e daria aos brasileiros, eternamente em busca de uma ilusão, o sentimento de que a Justiça finalmente voltou ao seu leito.

PETISTAS GOSTAM – Segundo os autores da reportagem, alguns petistas gostam da ideia, porque esvaziaria o discurso bolsonarista (como eles poderiam ser contra aliviar sentenças condenatórias?) e concentraria as punições em quem eles apontam como os cabeças do 8 de Janeiro.

Assim, Jair Bolsonaro e o seu entorno não teriam mais como misturar-se à geleia geral de uma anistia que beneficiaria tubarões e bagrinhos.

SEM O ABACAXI – É bom para todos os interessados: Hugo Motta se livraria do abacaxi da anistia; Lula transmitiria a imagem de misericordioso com chance de ganhar pontos de popularidade nas proximidades de um público que o detesta; e o STF deixaria de ser o antipático antagonista de uma anistia humanitária e passaria a ser o simpático protagonista de uma, vamos lá outra vez, pacificação nacional que não fere a sua autoridade.

Será que a ideia é mesmo de Hugo Motta? De qualquer modo, preciso começar a prestar atenção ao que dizem homens que usam gel no cabelo.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
– A ideia é absolutamente idiota e inexequível. Para diminuir as penas tem de mudar artigos do Código Penal e de outras leis, como a do Terrorismo. É uma imbecilidade a ser esquecida. Quanto ao gel nos cabelos, Motta estava ficando careca e fez um implante muito bem executado, mas faltou cabelo para implantar e ele tem de botar gel para esconder a calvície. Motta não tem cabelos nem nada na cabeça. (C.N.)

10 thoughts on ““Plano” de Motta para reduzir punições sem anistia é Piada do Ano

  1. Essa ideia, é do pt.

    Liberar a massa de manobra e colocar as garras da justiça nos verdadeiros golpistas e incentivadores.

    Sinceramente, não acho a ideia ruim, é verdade que a massa de manobra queria o golpe, mas foram inegavelmente ludibriados, mantendo a esperança o tempo inteiro até o dia do quebra quebra.

    Acho que essa gente, já foi dominada pela justiça, pois, estão tomando um susto tremendo.
    Já aprenderam a lição, é duvido muito que façam essa M. novamente.

    Já falei há muito tempo que as penas por eles recebidas, foram pra dar um grande susto e que haveria um relaxamento gradual desse “castigo”, imposto pelo STF. Relaxamento que já existe, há acordos em andamento e as pessoas que aceitaram, ficaram livres.

    O negócio é focar nos artífices do engendro diabólico, com o biroliro como mentor dessa empreitada enlouquecida.

    Tudo o que foi planificado e descoberto com provas abundantes, não pode ser visto como se nada tivesse acontecido.

    NÃO PODEMOS ALIVIAR PARA OS MENTORES!

    Houve sim uma tentativa de golpe e as FFAA, não negam mais isso, até porque, os generais golpistas continuam presos, e assim, devem continuar. Esses são realmente perigosos.

    Toparam a parada pra ficar uns trinta anos numa ditadura ensandecida e ainda por cima, saquear os cofres públicos, sejam con altíssimos salários, benesses intermináveis e evidentemente, os costumeiros roubos dos ditadores, famílias e aduladores desse nefasto poder.

    Vão roubar como os outros já roubaram e jamais se cansaram de nós saquear, só que na ditadura, dificilmente os saques viriam à tona.

    Agora sabemos de quase todas as falcatruas, tudo é exposto na maior cara dura e os caras que aí estão, tiram onda de ilibados.

    Ou seja, espoliados, seremos sempre, mas permanece a nossa esperança que as coisas podem mudar a cada quatro anos, que também duvido muito que mudem, mas ficar agarrados numa ditadura por vinte ou trinta anos, é demais da conta, algo inaceitável.

    José Luis

    • Corruptos e degenerados morais infiltraram-se em importantes organizações de defesa e de inteligência corrompendo-as e tornando-as omissas e apátridas.

  2. Só alguém com extrema deficiência cognitiva acredita que o articulista se importa com os pobretões presos.
    “Não presto atenção ao que diz homem que usa gel no cabelo.”.
    M.S.
    Assim começa,sei lá como definir,o que escreve.
    Garoto,leia a lei e produza suas opiniões sob seu Império. Aceitando ou criticando, cite as que não concorda,para que saibamos que leu e tem conhecimento das mesmas.
    Do contrário, parece mais um bozo fedorento.

  3. Para os que querem que a lei seja lida, comecem por eles mesmos. Onde no Ordenamento Jurídico Brasileiro é crime, pensar, fazer reuniões e até mesmo orquestrar um golpe se ele nunca existiu? Se o golpe não existiu não foi um golpe. Nem a famosa tentativa de alguma coisa existe. É fácil esconder a cabeça como uma avestruz e não perguntar por que o GDias não foi preso com os “golpistas” ou esquecer de perguntar por que o Ministro da Justiça destruiu as imagens de 81 das 85 câmeras instaladas.

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