Na farra do INSS, falta bloquear bens e passaportes e fazer logo as prisões 

Onyx nega relação com doador investigado no INSS: “PF tendenciosa” |  Metrópoles

Até agora, poucos bens dos fraudadores foram apreendidos

Fabio Serapião e Letícia Pille
Metrópoles

A Controladoria-Geral da União (CGU) enviou um ofício para a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitando a inclusão do ex-diretor de Benefícios do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), André Fidélis, seu filho, Eric Douglas, além de outras sete empresas na ação do órgão que tenta bloquear os bens de envolvidos no esquema de descontos fraudulentos.

A ação cautelar foi anunciada pela AGU numa coletiva de imprensa convocada pelo governo federal para atualizar o caso da “farra do INSS”.

BLOQUEAR BENS – O objetivo da ação é alcançar os bens dos investigados na Operação Sem Desconto para custear a devolução dos descontos indevidos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS, um problema que tem gerado pressão no governo.

Além de André e Eric Fidélis, também estão incluídos na lista de aditamento da ação empresas ligadas a supostos operadores do esquema, como Antonio Carlos Camilo Antunes, o “careca do INSS”, e a advogada Cecília Rodrigues Mota.

O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023. Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação de 29 entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto elas respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.

INQUÉRITO DA PF – As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela PF e abasteceram as apurações da CGU. Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23/4 e que culminou nas demissões do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Veja as empresas incluídas no pedido da CGU: Eric Fidelis Advocacia; Rodrigues e Lima Advogados Associados; Xavier Fonseca Consultoria; ACCA Consultoria Empresarial; Arpar Administração, Participação e Empreendimento; WM System Informática e BF01 Participações Societárias

A empresa que estaria ligada a Cecília é a Rodrigues e Lima Advogados Associados. Segundo relatório da PF, a empresa teria enviado R$ 630 mil à Xavier Fonseca Consultoria – outra empresa que consta na lista de aditamento.

IRMÃ DO PROCURADOR – A Xavier Fonseca é a empresa da irmã de Virgílio Antonio Ribeiro de Oliveira Filho, procurador afastado do órgão depois da operação da PF e que, como mostrou a coluna, teria recebido R$ 11,9 milhões de alvos da Sem Desconto.

Outra é a Eric Fidelis Sociedade Individual, empresa do filho de André Fidelis que teria sido usada, segundo a Polícia Federal (PF), para receber pagamentos relacionados ao esquema.

André, ex-diretor do INSS, foi demitido do cargo em julho de 2024, depois da divulgação de reportagens sobre o caso divulgadas pelo Metrópoles.

MAIOR ENVOLVIDA – Já a BF01 teria ligação com o ex-procurador e sua esposa, Thaisa Hoffmann. Segundo a PF, a BF01 é a ” é a maior destinatária de valores da Curitiba Consultoria, tendo recebido R$ 1.175.831,30 por meio de 5 pix”.

A Curitiba Consultoria, por sua vez, tem como um dos sócios Thaisa Hoffman. E as demais (ACCA, Arpar e WM System) têm ligação com o “careca do INSS”, o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes.

No documento enviado à Advocacia-Geral, a CGU afirma que, “o avanço das análises nesta CGU levou à identificação de outras empresas intermediárias de pagamento de vantagens indevidas que não foram referidas no ofício acima, mas sobre as quais pesam igualmente fortes elementos de envolvimento no ilícitos”.

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NOTA DE REDAÇÃO DO BLOG –
Bem, já se sabe quase tudo sobre a farra do INSS. Está faltando o bloqueio dos bens, das contas bancárias e dos passaportes de todos os envolvidos, assim como as prisões preventivas, que só têm funcionado velozmente com os perseguidos pelo ministro Alexandre de Moraes, que tem essa qualidade, é rápido no gatilho, embora nem sempre atinja o alvo certo. (C.N.)

11 thoughts on “Na farra do INSS, falta bloquear bens e passaportes e fazer logo as prisões 

  1. E agora, José? Deram com os burros n’água.

    Lula, PT e outros partidos ditos de esquerda e ‘sindicalistas’ daí resultantes CAÍRAM NA PRÓPRIA RATOEIRA QUE ARMARAM sob a ‘reluzente’ bandeira de ‘direitos sociais e trabalhistas’.

    Não haverá saída fácil para o governo Lula (…), ‘coiteiro’ de toda essa gente picareta, para dizer o mínimo.

  2. Quando o sindicato do irmão do Lula, um dos autores dos golpes contra os aposentados, ficou fora da investigação ficou claro que tanto a CGU como a AGU bem como a PGR estão fazendo tudo para descolar o roubo do PT. O contribuinte já tão sacrificado vai pagar a conta e o dinheiro roubado vai ficar com os ladrões. Como se diz, a Rose era bem mais modesta na malinha que levava para o exterior.

  3. “Em casa de ferreiro, espeto de pau”

    Tratar de roubalheira própria de ‘acoitados’ seus não seria o grande e ‘sui generis’ dilema do governo Lula atualmente?

    Não seria, como dizer?, ter que ‘cortar na própria carne’?

    Acorda, Brasil!

  4. ENCONTRO DE CONTAS

    Tendo em vista que tanto a esquerda como a direita são duas porcarias no País, o que Lula deverá propor a Bolsonaro é um “Encontro de Contas” entre as duas facções, no caso do “Crime no Instituto de Previdência”:

    Proposta de Lula para Bolsonaro: Nós ‘aprovamos’ sua anistia, inclusive no TSE, e você aprova a impunidade para nossa roubalheira nesse tempo todo. Okey?

    Acorda, Brasil!

  5. O narcotraficante Luladrão, capo da orcrim PT/STF, avisa aos idiotas de nascimento: “eu não tenho pressa pra investigar (o caso do inss)”.

  6. Criminosos impunes, roubando, furtando e confessando, mas nada acontece. Uma desgraça sem tamanho. Tudo combinado e escorado em narrativas toscas, que num país sério levaria ao impeachment do chefe de plantão, recuperado da jaula para voltar a cena de crime.

    Estelionato eleitoral

    O deputado Luiz Philipe de Orleans e Bragança, que tem no sangue herança de Dom Pedro II, defensor da anistia para pacificar o país, não acredita que o projeto que anistia os presos pela arruaça de 8 de janeiro será pautado pelo deputado despudorado Hugo Motta (Rep-PB). Muito menos por Davi Alcolumbre (União- AP).

    “O caminho é remover o presidente da Câmara e do Senado”, disse ao “pod cast” Diário do Poder.

    O deputado apresentou projeto que institui no país o “voto de desconfiança”, um mecanismo que permite afastar membros da mesa diretora. Ele, que sabe das coisas, sabe também que mesmo diante das assinaturas para pautar uma anistia com urgência e alcançado o número mínimo necessário de apoio (257 deputados), a decisão final de pautar o projeto com urgência cabe ao presidente da Câmara.

    Como tudo virou ao avesso com todos atropelando ordenamento jurídico e reinterpretando a constituição, a insegurança jurídica faz a festa, com o ativismo político judicial, mídia amestrada (que também atende por porca, com todo o respeito aos suínos) e grande parte de políticos abjetos destruindo as estruturas de Estado, a coisa não parece quase impossível.

    PS.: “Voto de desconfiança”. Mas, afinal, o que é a moção de desconfiança? O processo surgiu no próprio Reino Unido e tem como objetivo, basicamente, constranger o chefe de governo, quando há insatisfação em relação ao trabalho dele ou quando o parlamento entende que ele está fragilizado politicamente.
    Aliás, o instrumento só existe em democracias parlamentaristas.

    A ideia é tão boa que recebe aplausos de todo lado, mas os togados podem barrar sob vários argumentos e sem argumentos podem barrar do mesmo jeito, o país está descontrolado…

    PS. 01: O deputado Luiz Philippe afirmou que o Congresso se tornou uma instituição irrelevante e está virando uma farsa. Um mero carimbador de decisões definidas por um pequeno grupo.

    PS. 02: Autocracia brasileira. O deputado sustenta ainda que “estamos vendo o desenrolar, em parcelas, de uma criação de uma ditadura”, concluindo que temos um sistema autocrático ditatorial.

    PS. 03: O Diário do Poder, do jornalista de verdade Cláudio Humberto, registro que Janones (Avante-MG) flopou: O vídeo dando a prória versão para o roubo no INSS somou 3,2 milhões de visualizações. Não chegou nem perto do vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), 135 milhões.

    Quando pré-candidato à Presidência, Janones disse em certa ocasião que Macron é presidente da Argentina e justifica: “posso falar a cesta básica inteira”. O jornalista Roberto D’Ávila, na Globo News, pareceu não acreditar no que ouvia do ignorante e ambicioso deputado despudorado ou despudorado deputado.

  7. Polícia Política do Estado Novo de Lula?

    Nem se compara. É muito pior.

    Vargas fez muito mais pelo Brasil do que esse pulha que capturou as instituições poderia sonhar algum dia.

  8. O sacerdote LADRÃO não será preso. Foi esperto o suficiente para não usar baton, bíblia, pipoca ou algodão-doce. Essas coisas dão cadeia (e 17 anos de cadeia…). Roubar aposentados não dá em nada.

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