O mais bolsonarista dos comandantes foi decisivo para neutralizar o golpe

O tenente-brigadeiro do ar, Carlos de Almeida Baptista Junior, durante audiência pública na Câmara, sobre o caso do militar preso com cocaína na Espanha em aeronave da Força Aérea Brasileira.

Baptista apoiava o golpe, se houvesse fraude eleitoral

Marcelo Godoy

Era 12 de julho de 2019 quando o Estado-Maior do Exército baixou normas sobre o uso de redes sociais pelos militares da ativa. As manifestações e as contas se haviam multiplicado, com oficiais superiores e generais aplaudindo o governo de Jair Bolsonaro e criticando a oposição. Até sargentos participavam de lives com “reivindicações”.

E entre um dos mais ativos influencers estava um brigadeiro: Carlos de Almeida Baptista Junior, então chefe de operações conjuntas do Ministério da Defesa.

CONTA NO X – O brigadeiro abrira uma conta no antigo Twitter em janeiro de 2019. Ele despertava entusiasmo no entourage de Bolsonaro pela sua adesão ao governo, principalmente entre o grupo que gravitava em torno do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Não era para menos. Em seis meses de atividade frenética na rede social, o brigadeiro – um militar da ativa – publicara 42 tuítes marcadamente políticos, o que fez dele o recordista entre 20 contas mantidas por militares analisadas pelo Estadão.

Havia ali de tudo, desde o compartilhamento de publicações de deputados governistas, do presidente Bolsonaro e até do blogueiro Allan dos Santos. Havia ainda críticas a jornalistas profissionais, acusados de ignorância ou esquerdismo, e a qualquer um que ousasse criticar o então presidente.

SEM OS VÍCIOS – Em 31 de janeiro de 2019, ele tuitara: “Para que o governo de @jairbolsonaro lidere a reconstrução do #Brasil, um novo #Congresso deverá ser instalado amanhã, sem os vícios da velha política. Acreditamos em vocês.” E marcou na mensagem: “#Senado#Camara @CarlosBolsonaro @planalto #OPovoNoPoder“.

Enquanto o Forte Apache tentava coibir as manifestações públicas mais nefastas da contaminação política que tomou conta dos quartéis naquele período, o brigadeiro prosseguia com suas publicações.

O que o Exército procurava deter era um movimento cujo impulso decisivo havia sido o tuíte do general Villas Bôas, então comandante da Força, de 3 de abril de 2018, por meio do qual ele pressionou o STF contra a concessão de habeas corpus à Lula, então condenado no âmbito da Operação Lava Jato.

PERFIS MILITARES – Se o chefe Villas Bôas podia fazer, os demais sentiram-se livres a seguir seu caminho. Mesmo depois da medida, uma análise feita nas contas do então Twitter de militares seguidas por Villas Bôas e nas destes oficiais encontrou 115 integrantes da ativa que fizeram 3.427 tuítes de caráter político-partidário entre abril de 2018 e abril de 2020.

As publicações estavam nos perfis mantidos por 82 integrantes das Forças Armadas, entre os quais 23 oficiais-generais – 19 generais, dois almirantes e dois brigadeiros. E lá estava mais uma vez Baptista Junior.

Em 2021, durante a crise que derrubou ao mesmo tempo os comandantes das três Forças, o pai do brigadeiro, o ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista confidenciou ao coronel Lúcio Wandeck que o filho seria o novo chefe da Aeronáutica. Era natural. Desde a campanha eleitoral de 2018, o velho Baptista criara relações com Bolsonaro, sugerindo, inclusive, a recriação do Serviço Nacional de Informações (SNI).

CAINDO A FICHA – No entanto, vida no governo foi tornando as coisas mais claras para o comandante Baptista Junior. As bandeiras de moralização da vida pública foram deixadas de lado. Escândalos se sucediam com a mesma velocidade que Bolsonaro alienava aliados e se lançava nos braços do Centrão: da rachadinha, aos pastores das barras de ouro da Educação, tudo parecia se resumir às ambições pessoais desmedidas de pessoas desqualificadas para as funções.

Baptista Júnior então se convenceu que o maior serviço que os militares podem prestar ao País era permanecer fiéis a si mesmos, em silêncio e com coragem, à maneira militar. Diante das investidas de Bolsonaro e de seus generais palacianos contra as urnas eletrônicas, ele sabia que teria de em breve estar diante de uma hora adversa, aquela que define como cada um será conhecido na história. Esse momento chegou.

Primeiro, quando o brigadeiro disse ao general Augusto Heleno, em um voo para Brasília: “Eu e a Força Aérea, por unanimidade do Alto-Comando da Aeronáutica, não vamos apoiar qualquer ruptura neste País. Se alguém for bancar isso, saiba quais são as consequências.”

AVISOU BOLSONARO – Ele repetiu o gesto para o presidente Bolsonaro. “Eu falei com o presidente Bolsonaro: aconteça o que acontecer, no dia 1º de janeiro o senhor não será presidente.” E foi enfático com o então ministro da defesa, general Paulo Sérgio de Oliveira, que buscou lhe entregar a cópia de um plano para golpe.

O brigadeiro perguntou se o documento estabelecia a “não assunção do 1.º de janeiro do presidente eleito”. Diante do silêncio do ministro, o brigadeiro disse: “Não admito sequer receber esse documento, não ficaria aqui.” Contou que levantou de mesa e saiu da sala. Naquela guerra, ele não perdeu de vista, como disse, o objetivo político.

Atraiu para si e para sua família, a fúria dos golpistas. “Senta o pau no Batista Júnior. Povo sofrendo, arbitrariedades sendo feitas e ele fechado nas mordomias, negociando favores. Traidor da pátria. Daí para frente. Inferniza a vida dele e da família”, escreveu o general Braga Netto para um dos conspiradores em mensagem obtida pela PF.

EVITAR O GOLPE – Isso é o que todos já sabem em razão do depoimento do brigadeiro no STF. O que poucos sabem é que Baptista Junior agiu para evitar o golpe. E não foi apenas batendo a porta da FAB na cara dos golpistas. O militar é apontado como a origem do vazamento da nota conjunta dos Comandantes antes de ser publicada, nas qual as três Forças condenavam manifestações e restrições de direitos.

Foi ele ainda, segundo a coluna apurou, o responsável por vazar a informação de que os comandantes das Forças pretendiam entregar os cargos antes do fim do governo Bolsonaro para não se submeterem, ainda que brevemente, ao governo Lula. O vazamento acabou frustrando a iniciativa, que tinha no almirante Almir Garnier, comandante da Marinha, o principal defensor.

Baptista Júnior havia então convivido tempo demais no governo para entender o que estava por trás de toda aquela azáfama, conforme escreveu em 2024, em suas redes sociais, após a Operação Tempus Veritatis, da PF: “A ambição derrota o caráter dos fracos. Aliás, revela’. Já tendo passado dos 60 anos, não tenho mais o direito de me iludir com o ser humano, nem mesmo aqueles que julgava amigos e foram derrotados pelas suas ambições.”

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Faltam ser contadas as reuniões dos Comandos do Exército e da Marinha. Como se sabe, golpe militar sem apoio do Alto Comando do Exército simplesmente não  acontece. Em 1964, quando o general Olympio Mourão Filho sublevou a pequena tropa de Juiz de Fora, iniciando a revolta, o Alto Comando do Exército já estava a favor e o golpe foi dado sem disparar um tiro. Desta vez, 99% dos militares eram a favor, se houvesse fraude na eleição. Como não ficou comprovada a irregularidade, o apoio caiu para cerca de 35%. E isso ainda precisa ser contado. (C.N.)

24 thoughts on “O mais bolsonarista dos comandantes foi decisivo para neutralizar o golpe

  1. O famoso golpe é como a viúva Porcina aquela que foi sem nunca ter sido. Ou seja, arrumaram a narrativa de golpe para calar a oposição.

  2. Documentário de Almir Labaki, sobre o golpe tentado em 1961, a partir da renúncia de Jânio Quadros, quando os militares se sublevaram para impedir a posse do vice, João Goulart vai passar no Canal Brasil em três episódios, sempre as 21: 30, nos dias 5, 6 e 7 deste mês de junho.

    Tem uma foto emblemática numa solenidade do mês de agosto, em unidade militar com a presença de Jânio Quadros, o então ministro da Guerra, equivalente ao Comando do Exército de hoje, marechal Odylio Denis e o general chefe da Casa Militar, Ernesto Geisel, que se tornou presidente de 1964 a 1978.

    Jango estava em viagem a China a pedido de Jânio Quadros. Com a vacância presidencial voltou ao Brasil imediatamente. Em voo foi informado que seu avião seria derrubado se entrasse no espaço aéreo do Brasil.

    A classe política entrou em ação e o deputado Tancredo Neves negociou com os militares golpistas com a aprovação de João Goulart o fim do presidencialismo com a adoção do Parlamentarismo. Tancredo foi nomeado primeiro ministro. Sete meses depois, Jango preparou um plebiscito restabelecendo o Presidencialismo.

    Pois bem, a tentativa de Golpe em 1961 não deu em nada, ninguém foi punido, ficou por isso mesmo e os golpistas voltaram em 1964. Se tornaram vitoriosos e mandaram na nação por 21 anos.

    Quem hoje passa pano para os golpistas de 2022, militares e civis, defendendo ANISTIA, ampla, geral e Irrestrita, pode estar cevando essas cobras estreladas e civis que só pensam em matar, exterminar, torturar e se manterem no Poder para enriquecer, se articulem para dar o bote em novo Golpe.

    Lembrem-se, que as vítimas podem ser, nós mesmos, os que defendem a Anistia e os que são contra.

    A história demonstra cabalmente, que a falta de punição para atos golpistas, tem uma consequência trágica para o país e não custa lembrar, qua a tomada do Poder pelos ditadores da América Latina, no Oriente Médio, na África na Ásia e até na Europa, destrói as nações por um longo período e trás agonia e infelicidade para a sociedade.

    Assistam ao documentário no Canal Brasil e tirem suas conclusões

  3. O depoimento do Comandante da Aeronáutica de Bolsonaro , brigadeiro Batista Junior o mais bolsonarista e anti petista das Forças Armadas, expondo em detalhes no STF a trama golpista, não pode ser desconsiderada por aqueles que teimam em dizer, que não aconteceu nada, se tratando de meras narrativas.

    O brigadeiro Batista Junior e o general Freire Gomes , tinham informação suficiente para tomar as decisões contrárias ao Golpe de Estado. Sabiam que o Brasil ia mergulhar rumo ao desconhecido, talvez em convulsão social e guerra civil.
    Quando não há unanimidade relativa, refletindo a maioria do estamento militar, a tentativa de golpe pode resultar em carnificina, com mortes entre camaradas da caserna e civis contra civis.

    Importante citar os exemplos do Iraque, da Líbia e da Síria, três países dirigidos por golpistas, o coronel Muamar Kaddafi, o coronel Saddan Husseim e o herdeiro do Ditador Hafes Assad, seu filho Assad, hoje exilado na Rússia.
    Dois foram mortos com requintes de crueldade, porque eram também cruéis com seus inimigos. O último conseguiu fugir, quando os mercenários do HTS, grupo jhiadista islâmico comandado pelo atual ditador Al Shara, entrou com as tropas em Damasco a capital da Síria.

    É sempre o mesmo enredo e quem paga é a sociedade, que enterra seus mortos na vala comum .

  4. Temos analisado a produção “acadêmica” da Organização Petista.

    Estamos nos detendo ao dogma de que o impeachment da Dilma fora um golpe.

    Os caras não citam, em seus argumentos falaciosos, o impeachment do Collor, remetem aos vários golpes militares já havidos.

    Nossas Ciência Sociais foram exterminadas, a Academia tornou-se uma seita de produção fordista de dominação ideológica e gênios imbecilizados.

    Impressionante é a defesa da corrupção do tal Governo e anterior. Dizem que a corrupção é coisa típica do capitalismo, logo a tal “esquerda”, ao se tornar criminosa e assaltante do povo em conluio com a burguesia, é mera vítma.

    Trabalho intelectual que se equipara aos trabalhadores das áreas do lixo, esgoto, da perícia criminal.

    É preciso ter estômago muito forte pra penetrar neste esgoto intelectual.

    Teremos livro que escancara o que é a Organização Petista, preenchendo uma criminosa lacuna acadêmica, cuja produção não é ciência, mas dogmas de membros de seita de louvação da maior pilantragem política da História, o lulopetismo.

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    Embora defendam o dogma do “golpe parlamentar” como se referem ao constitucional, legal, politica e socialmente ato perfeito, o impeachment da Presid`anta Dilma, engendram um tal golpe que nunca saiu do papel, se lá estivera.

    Pra vagabundos enganadores, um batom é uma arma potente como uma bomba atômica.

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    Vem aí a censura neoludista das big techs. Cruz credo pra este avanço top das forças produtivas, nosso negócio é produzir bananas.

    E, ainda, dizem que o agronegócio, que segura a onda, é o campo do nazi-fascismo.

    Gente imprestável.

    • Não adianta dialogar ou tentar (daqui a pouco, dirão que houve a tentativa de diálogo e isso é crime). Conhece a história do pombo jogando xadrez ? Pois é. Aplicável aos “adevogados”, às ovelhinhas, aos cúmplices do ladrão, à macacada, aos velhos velhacos, ao cronista pé-de-cana e a todos os demais assemelhados, ou seja, aos paus de arara mortos de fome e a quem repete bobagem “porque mamãe/papai falou”.

      Não gaste mais que duas linhas. com o grupo acima.

      • Correção

        Não adianta dialogar ou tentar (daqui a pouco, dirão que houve a tentativa de diálogo e isso é crime). Conhece a história do pombo jogando xadrez ? Pois é. Aplicável aos “adevogados”, às ovelhinhas, aos cúmplices do ladrão, à macacada, aos velhos velhacos, ao cronista pé-de-cana e a todos os demais assemelhados, ou seja, aos paus de arara mortos de fome , aos vagabundos que não gostam de trabalhar, esperando pelo bolsa-família e a quem repete bobagem “porque mamãe/papai falou”.

        Não gaste mais que duas linhas. com o grupo acima.

        (correção)

  5. Conversa mole. O golpe foi dado no 8 de janeiro.

    Por covardia, Bolsonaro perdeu a maior chance de sua vida

    Se Bolsonaro não tivesse fugido e tivesse ficado de prontidão em Brasília, era só comparecer na Praça dos Três Poderes no final da invasão, e seria carregado em triunfo pela massa golpista e entronizado na cadeira de presidente, com o imediato apoio das forças armadas, e o ex-mito seria hoje o ditador da república que sempre quis ser.

    Agora, sabe quando? nunca mais!

    O mais próximo hoje da condição de ditador é Xande.

  6. Por covardia, ex-mito perdeu a maior chance de sua vida

    Se o ex-mito não tivesse fugido e tivesse ficado de prontidão em Brasília, era só comparecer na Praça dos Três Poderes no final da invasão, e seria carregado em triunfo pela massa golpista e entronizado na cadeira de presidente, com o imediato apoio das forças (que teriam argumentos), e o ex-mito seria hoje o ditador que sempre quis ser.

    Estava tudo dominado. O Barba já tinha fugido de véspera da capital (e sua sequência seria o exílio), e seu ‘amigo’ GDias ‘recepcionava’ golpistas.

    Agora, sabe quando? nunca mais!

    O mais próximo hoje da condição de ditador seria Xande.

    Acorda, Brasil.

  7. O jornalista deveria alertar o leitor com o aviso “Matéria patrocinada!”, no início do texto.

    O Brigadeiro voador foi desmascarado durante o seu depoimento: 1) confessou não ter lido a tal “minuta do golpe”, 2) confessou ter se retirado da reunião “golpista” e 3) que “achava” que o objetivo da reunião – da qual ele não participou – era impedir a posse do ungido.

    Além do depoimento desastroso, as oitivas dos outros generais não confirmaram a sua narrativa. Como militar, foi desmoralizado, principalmente por ter sido “presenteado” com uma boquinha milionária numa empresa aeronáutica, daquelas que tem altos negócios com o Departamento de Defesa dos EUA. Sim o mesmo EUA que o ministro Barroso, então presidente do TSE, pediu para a CIA interferir na nossa eleição e “pressionar” os militares, a fim de derrotar o bolsonarismo.

    Diante da humilhação, nada como uma matéria transformando uma melancia num brigadeiro.

    Nesta altura do campeonato, quem ainda acredita em mensagens “encontradas” pela PF ? Somente os devotos da “santa minuta do golpe”, a prova material do crime, que sequer foi incluida nos autos do processo.

  8. Conversa mole. O golpe foi dado no 8 de janeiro.

    Por covardia, o ex-mito perdeu a maior chance de sua vida.

    Se, ao invés de fugir para os EUA com medo de ser preso, o ex-mito tivesse ficado de prontidão em Brasília no dia 8 de janeiro, era só ele ir até à Praça dos Três Poderes, na parte final da invasão e das depredações, e seria carregado em triunfo pela extasiada massa golpista, que o entronizariam na cadeira de presidente, recebendo das forças apoio imediato.

    E o ex-mito seria hoje o ditador da república que sempre quis ser.

    Estava tudo dominado no dia. Barba – sem oferecer resistência – tinha fugido de véspera da capital (e a sequência seria o exílio). Seu vice também já tinha caído fora, se escondendo entre bananeiras de sua chácara em Pinda. E seu dileto ‘amigo’ GDias ‘recepcionava’ golpistas servindo água mineral.

    Agora, sabe quando, seu ex-mito? nunca mais!

    O mais próximo hoje da condição de ditador seria Xande.

    Acorda, Brasil.

  9. A tentativa de golpe não é narrativa de quem quer que seja. Trata-se de fatos reais, realizados a luz do dia.
    Primeiro o vandalismo na capital no dia 12 de dezembro de 2022. Ônibus e carros queimados, um quase caiu do viaduto em cima da rodoviária , depredação no prédio da PF e no dia 24, o atentado a Bomba fracassado, objetivando criar o caos no aeroporto e a decretação de uma GLO. Tentaram repetir a bomba do Riocentro de 1981.

    A operação Punhal Verde e Amarelo, seria uma ação de assassinatos em série. Culminando com a desesperada invasão dos prédios dos três poderes no dia 8 de janeiro de 2023.

    Será esses fatos todos, uma narrativa simplória de um domingo no parque?

    O golpe só não foi vitorioso, porque os generais não confiam no Bolsonaro. O presidente humilhou uma série de generais, almirantes e brigadeiros, todos legalistas

    Azevedo e Silva, o ministro da Defesa, Edson Pujol comandante do Exercito, o Almirante Ilques Barbosa, comandante da Marinha e o brigadeiro Moretti Bermúdez, comandante da Aeronáutica foram demitidos de uma tacada só por Bolsonaro, com a articulação do general Braga Neto, porque o ministro da Defesa e os três comandantes, porque não deram o apoio para o Golpe, pretendido por Bolsonaro. Esse foi o maior erro de Bolsonaro, que provocou uma fratura nas Forças Armadas e uma desconfiança contra ele.

    A demissão dos Comandantes foi mais dolorosa do que a demissão do general, herói de guerra na África, Santos Cruz, logo no início do governo, por intrigas palacianas.

    Desafio os comentaristas, a contestar esses fatos e argumentar, que não passam de narrativas.

    • “Desafio os comentaristas, a contestar esses fatos”

      1- Bolsonaro não demitiu os 3 comandantes, ele demitiu apenas o ministro da defesa, general Azevedo. Os 3 comandantes, solidários ao Azevedo, renunciaram aos seus cargos.

      2- Na época, não se falava em golpe, mas em “interferência” nas FA, segundo a própria esquerda. O motivo real da demissão não é conhecido.

      O que se sabe, é que o general Azevedo trabalhou no STF e tinha ligações no tribunal. Por conta dessa proximidade, ele foi usado pela corte para “consultar” os comandantes militares sobre a anulação da condenação do Lula, pelas costas do Bolsonaro. Temos então duas versões: interferência nas FA e quebra de confiança. Pelo desenrolar dos fatos, a última versão é a mais plausível.

      PS: “consultar”, naquele contexto, pode significar “convencer” a não interferir nas ações para “derrotar o bolsonarismo”.

  10. Bolsonaro demitiu os quatro militares. Pode checar senhor Celso. Foi articulação do Braga Neto para substituir por militares fies a causa bolsonarista. Mas, escolheram errados, somente o Almirante Garnier colocou as tropas da Marinha a disposição do chefe. Dizem, que era apenas bravata do Garnier.

    Pegou muito mal no meio militar, as demissões dos comandantes.

    Bolsonaro ficou com ódio do comandante Edson Pujol, quando o general deu o cotovelo quando Bolsonaro lhe estendeu a mão.. Estávamos em plena Pandemia e esse era o protocolo no Exército para evitar as contaminações.

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