Infâncias silenciadas nessas guerras que destroem o futuro

Cenário retrata falha ética das lideranças políticas

Pedro do Coutto

A morte de crianças em zonas de conflito é uma das mais pungentes tragédias da humanidade. No artigo “Crianças palestinas não esquecerão o que não fizemos por elas”, Dorrit Harazim, em O Globo, lança luz sobre essa calamidade, destacando o sofrimento infantil na Faixa de Gaza, na guerra entre Rússia e Ucrânia, e nas favelas do Rio de Janeiro. Essas crianças, vítimas inocentes de conflitos prolongados, são frequentemente esquecidas por governantes que priorizam o poder em detrimento da vida humana.

Harazim enfatiza que a morte de crianças representa o assassinato de parte do futuro. Meninos e meninas que não têm a oportunidade de conhecer a paz são privados de uma vida plena, tornando-se símbolos de uma sociedade que falha em proteger seus membros mais vulneráveis. A jornalista também destaca o trauma das crianças que sobrevivem, mas carregam cicatrizes físicas e emocionais profundas, como evidenciado por dados da Save the Children, que apontam para mais de dez crianças mutiladas por dia em Gaza, com a perda de uma ou ambas as pernas .

CAMPO DE BATALHA – A situação na Faixa de Gaza é particularmente alarmante. Desde outubro de 2023, quando terroristas do Hamas atacaram Israel, a região se tornou um campo de batalha, com civis palestinos frequentemente usados como “cobaias humanas” pelas Forças de Defesa de Israel (FDI), prática conhecida como “Protocolo Mosquito” . Essa estratégia cruel coloca crianças e adultos inocentes em risco extremo, evidenciando a desumanização presente no conflito.

Na Ucrânia, a guerra iniciada pela Rússia em 2022 continua a causar sofrimento, especialmente entre as crianças. Apesar de ser uma superpotência, a Rússia não conseguiu dominar a Ucrânia como previsto, resultando em um conflito prolongado que afeta profundamente a população civil. As crianças ucranianas, assim como as palestinas, enfrentam a perda de entes queridos, deslocamento e traumas psicológicos duradouros.

No Brasil, as favelas do Rio de Janeiro são palco de uma guerra não declarada. Conflitos entre facções criminosas e ações policiais resultam frequentemente na morte de crianças inocentes. Essas tragédias, embora menos divulgadas internacionalmente, refletem a mesma negligência governamental e a falha em proteger os mais vulneráveis.

SEM COMPROMISSO – Harazim argumenta que esses problemas são criados por governantes que não têm compromisso com a vida humana. A falta de ação efetiva para proteger as crianças em zonas de conflito demonstra uma falha moral e ética das lideranças políticas. A jornalista destaca que “crianças não fazem guerras, mas são as mais indefesas”, ressaltando a necessidade urgente de políticas que priorizem a proteção infantil.

A comunidade internacional também tem sua parcela de responsabilidade. A omissão diante das atrocidades cometidas contra crianças em zonas de conflito é uma falha coletiva. A falta de pressão efetiva sobre os governos envolvidos e a ausência de intervenções humanitárias adequadas perpetuam o ciclo de violência e sofrimento.

É imperativo que a sociedade civil, organizações não governamentais e indivíduos se mobilizem para exigir ações concretas em defesa das crianças. Campanhas de conscientização, apoio a iniciativas humanitárias e pressão sobre os governantes são passos fundamentais para mudar essa realidade.

REFLEXOS – Além disso, é essencial investir em programas de apoio psicológico e reabilitação para crianças afetadas por conflitos. O trauma vivido por essas crianças pode ter consequências duradouras, afetando seu desenvolvimento e sua capacidade de contribuir positivamente para a sociedade.

A morte e o sofrimento de crianças em zonas de conflito são reflexos de uma sociedade que falha em proteger seus membros mais vulneráveis. Diante de tantas tragédias que atravessam fronteiras e contextos — de Gaza à Ucrânia, passando pelas comunidades periféricas do Rio de Janeiro — uma constatação se impõe com brutal clareza: estamos falhando com nossas crianças.

INDIFERENÇA – A omissão internacional, o descaso governamental e a naturalização da violência contra os mais indefesos revelam não apenas a falência de sistemas políticos, mas de valores humanos essenciais. É preciso romper com a indiferença. As crianças que hoje morrem ou sobrevivem à margem da dignidade não esquecerão o que deixamos de fazer por elas — e o futuro que hoje assassinamos cobrará esse silêncio com a mesma severidade com que cobramos as tragédias do passado.

Enquanto não reconhecermos que a paz se constrói a partir da infância protegida, seguiremos perpetuando um mundo onde a guerra não conhece fim — apenas novas vítimas.

10 thoughts on “Infâncias silenciadas nessas guerras que destroem o futuro

  1. Muito bem!

    Mas não devemos deixar de condenar aqueles que defendem Hamas, Houthis, Irã, grupos e ditadura medievais, homofóbicos e misóginos sob o manto de defesa dos palestinos.

    Palestinos que tiveram sua Democracia interrompida e que sofrem uma guerra iniciado pelo lunáticos totalitaristas do Hamas.

    Quem defende este grupos e ditaduras anti-civilzacionais não são bem humanistas.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Pena_de_morte_na_Faixa_de_Gaza

  2. Para um governo que não considera o PCC e outras facções como grupos terroristas, o artigo do Pedro do Coutto faz sentido. Afinal, para a esquerda o terrorismo não existe e portanto não existem as suas consequências.

  3. Painho, – que quer exportar censura e perseguição política pros EUA, quebrando a Constitução mais longeva do mundo, datada de1789, – só pode mesmo ser aplaudido por terrristas fundamentalistas, fanáticos e medievais.

    https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/lider-dos-houthis-grupo-classificado-como-terrorista-pelos-eua-elogia-ataques-de-lula-a-israel/

    É fim de linha.

    Não se trata de um insignificante anão diplomático, mas um tremendo trapalhão.

    Um elefante ensandecido solto na sala das delicadas porcelanas das relações internacionais.

    O que Painho quer com todo este seu bó?

    Que os EUA quebrem sua secular Democracia pra censurar e perseguir um único cara, seu desafeto, até então quase incógnito, elevado ao estrelato internacional pela puerilidade dos oligarquas da Velha República Tardia.

  4. O Pedro do Coutto, deve ligar urgentemente para o”chefão” do Hamas e passar-lhe um sermão, dizendo que a ação que fez provocou a reação de Israel, e que isto esta prejudicando as crianças palestinas.
    A visão caolha de certos indivíduos, só veem um lado da questão, a cegueira ideológica deixa-os com a mente perturbada.

  5. Na década de 30 o PC/URSS ordenou que o PCB apoiasse e se infiltrasse nos grupos criminosos, para usá-los na tomada do poder. As conversas cabulosas entre o PT e o PCC, a visita da dama do tráfico ao Ministério da Justiça, a ida do Flávio Dino na Favela da Maré, a proibição do ministro Fachin e a criação de ONGs para defender as facções criminosas é o resultado visível dessa política.

    A destruição da infância nas favelas do Rio, depois ampliada para todo o Brasil, é parte do projeto de tomada do poder da esquerda brasileira.

  6. EXPULSÃO DOS PALESTINOS DE GAZA

    líderes autocráticos ao redor do mundo, se sentiram empoderados com as medidas xenófobicas de Trump. Cito seu irmão siamês, o primeiro ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, que além de destruir a infraestrutura da Faixa de Gaza, com o lançamento de bombas que derrubam prédios, escolas e hospitais, além das bombas, que matam mais de 50 vidas palestinas, crianças, idosos e.mulheres.

    LIMPAR A AREA DE GAZA

    O objetivo é a expulsão de todos os palestinos da Faixa de Gaza para possibilitar a construção de Resorts para ricos se banharem nas águas do Mediterrâneo, fazendo a festa dos investidores, donos de hotéis e políticos como Bibi e Trump.

    GUERRA AO JUDICIÁRIO

    Binyamin Netanyahu, assim como Trump nos EUA abriu guerra santa contra o Judiciário de Israel. Os magistrados de Israel ousaram investigar supostos casos de corrupção envolvendo o primeiro ministro.

    Trump também enfrenta processos no Judiciário, suspensos depois que foi eleito. Bibi tentou submeter as decisões judiciais ao vivo da aprovação do Congresso judaico. Não obteve êxito. Restou ao primeiro ministro , continuar com a guerra contra o grupo Hamas e a matança contra a população de civis palestinos, além da maldade extrema, que consiste em impedir a entrada dos caminhões da ONU, trazendo alimentos e água para os palestinos famelicos.

    O ULTRA CONSERVADORISMO

    Donald Trump, personifica esse movimento medieval que toma conta do mundo, inclusive na América

    Guerra Comercial, ataques ao Judiciário, corte de verbas para as Universidades, tentativa de controlar Harvard a maior conceituada , Universidade dos EUA, impedindo estudantes chineses e latinos de frequentar todas as Universidades e um corte brutal dos vistos de entrada no país, se insere nessa política autoritária do trumpismo contra o sistema democrático no mundo.

    TUDO POR DINHEIRO

    Estão governando pelo dinheiro somente. Trump só visita países que oferecem a ele, presentes bilionários. Na a recente visita a RIAD, na Arabia Saudita, conseguiu investimentos na casa do trilhão.
    No Catar, ganhou um Boeing de presente. Nem quis saber de visitar Israel, ali pertinho. Bibi não tem nada para oferecer, nenhum brinde caro. Então, Trump não vai, porque não gosta de perder tempo. Trump dorme e acorda pensando em como ganhar muito dinheiro.

  7. ELEIÇÕES EM 2026

    Ano que vem teremos eleições no Brasil, em Israel e para o Congresso americano. Eleições, a festa da Democracia.

    Bibi, governa hoje, com uma colisão composta por religiosos ortodoxos da direita radical e o Partido Likud. Os religiosos apoiam Netanyahu em troca da expansão dos colonos judeus na Cisjordânia e também da política expansionista do atual governo, em Gaza, no Libano, na Cisjordânia e na Síria. Bibi anexou as colunas de Golan e agora, com a queda do presidente Bachar El Saad , as tropas israelenses adentraram no território sírio em apoio a etnia Drusa.
    O grupo islâmico Hesbolha foi destruído, colocando o regime iraniano na defensiva. O grupo Hamas só não foi aniquilado porque não interessa.
    A Rússia abandonou o regime sírio, governador pela família Assad, porque todo o esforço de guerra da Rússia está voltada para a guerra de anexação da Ucrânia. Israel aproveitou a deixa e avançou nas linhas inimigas, aproveitando a fragilidade do atual governo sírio, comandado pelo ex- jhiadista da Al Quaeda, o ditador Al Shara, que já se encontrou com Trump por ocasião da visita do presidente americano a Arábia Saudita . O príncipe Saudita, Bin Salman foi o anfitrião da conversa entre Trump e Al Shara. Não foi divulgado o teor da conversa.

    PAZ ENTRE JUDEUS E PALESTINOS

    Tanto os judeus quanto os palestinos defendem o fim da guerra em Gaza. O grupo terrorista Hamas precisa dar um passo atrás, entregando todos os reféns, que aínda estão em seu poder. Perder eles já perderam com a brutalidade cometida contra civis judeus. Estão pagando com pesadas perdas de seus integrantes, contudo, o maior perdedor nessa guerra insana, está sendo a população civil da Faixa de Gaza.

    É preciso parar com a guerra, que está provocando uma limpeza étnica, que não se sustenta dentro de um mínimo de razoabilidade.
    O grupo Hamas deve abandonar Gaza para abrir caminho para a instalação do Estado Palestino em convivência pacífica com o Estado de Israel. É a única solução para judeus e palestinos viverem em paz.

  8. Senhor Pedro do Coutto , os países-membros da ” ONU ” deveriam instituir o verdadeiro e real dia do ” extermínio e holocausto ” do povo Palestino , pelos Israelenses x Judeus , e revogar a instituição da farsa do holocausto de judeus na 2ª guerra mundial .

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